Política

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Conversa de Zezé Perrella e Aécio
tem menção sobre tráfico de drogas

Conversa de Zezé Perrella e Aécio
tem menção sobre tráfico de drogas

SITE SUL 21

30/05/2017 - 15h51
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Um grampo da Polícia Federal no âmbito da Lava Jato registrou Aécio Neves (PSDB) dando uma bronca em Zezé Perrella por falta de lealdade, na época em que o senador tucano apareceu como um dos mais implicados na chamada lista de Janot 2.0 – um pacote de pedidos de inquérito ao Supremo Tribunal Federal bom base nas delações da Odebrecht.

O grampo foi divulgado por alguns portais na noite de segunda (29), mas a maioria usou o áudio editado. Na íntegra da gravação, Perrella diz que só se vangloriou de não estar na lista de Janot porque poderia usar isso para dizer que estava “limpo” àqueles que até hoje questionam seu envolvimento com o episódio do helicóptero apreendido com quase meia tonelada de pasta de cocaína, em 2013.

Por volta dos 2 minutos e 50 segundos, Perrella diz: “Eu não faço nada de errado, eu só trafico drogas”, e Aécio, em resposta, dá uma risada tímida.

Em seguida, Aécio diz que buscou Perrella para conversar porque eles estão no “mesmo campo político” e precisam manter a união. “Se a gente começar a nos separar e começar cada um achar que se salva sozinho, acabou amigo.”

Aécio disse a Perrela que poucas vezes viu uma declação “tão escrota” quanto a que foi publicada pela Rádio Itatiaia. “Colocou todo mundo no mesmo mar de lama”, disse Aécio.

“Não fica chateado, não, você sabe que eu te adoro”, afirmou Perrella, prometendo dar uma declaração à rádio em favor de Aécio e Antonio Anastasia. “Tá bom. Mas foi por isso que eu te liguei. Eu te adoro também. Se na hora que a gente tá tomando porrada pra caralho não aparecer um amigo, olha…”, rebateu Aécio.

No início da conversa – no trecho divulgado por alguns portais – Aécio diz a Perrella que ele não pode se distanciar dos investigados por caixa 2 na Lava Jato porque sua campanha foi financiada “exatamente como a minha e do Anastasia”.

“A não ser, Zezé, que a sua campanha foi financiada na Lua, ou pela [empresa de] semente lá sua, ou pela quentinha do Alvimar. Nossa campanha foi a mesma, Zeze”, disse.

“A expressão ‘quentinha do Alvimar’ refere-se à empresa de Alvimar Perrella, irmão de Zezé, a Stillus Alimentação. A companhia foi denunciada pelo Ministério Público em 2014 por suspeita de participação em esquema de fraude em licitações de fornecimento de comida a presídios em Minas Gerais.”

Já a “sementinha” também diz respeito a um suposto esquema de corrupção envolvendo o fornecimento de sementes pela Epamig, do governo mineiro, para fazenda da Limeira, empresa de Perrella. Além de fornecer a matéria prima, a empresa pública comprava a produção da família Perrella para que os alimentos fossem usados no programa “Minas Sem Fome”. A contratação, sem licitação, é investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais.

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Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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