Com cavalos, carro de som e vestidos de verde e amarelo, os manifestantes contrários à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou a prisão segunda instância, se reuniram no final da tarde de hoje (9), em frente a sede do Ministério Público Federal (MPF), em Campo Grande.
Um dos manifestantes, o engenheiro elétrico, Miguel Alan Santos, 40 anos, o protesto é contra a decisão do STF, que para ele não pode legislar e deve seguir a lei. “Eu vim pelos meus filhos, desde criança eu ouço que o Brasil não tem jeito. Precisamos mudar isso”, explica Miguel, que levou o filho de apenas dois anos para a manifestação.
Os protestos pelo país ocorrem dois dias após a decisão do STF, que derrubou a prisão em segunda instância e determinou que ninguém pode ser preso antes do fim do processo, o chamado trânsito em julgado. Segundo os ministros, a decisão está de acordo com a Constituição Federal de 1998.
Movimento
A porta-voz do movimento Nas Ruas de MS, Fabrícia Salles, explica que o protesto vai além da soltura do ex-presidente Lula. “Estamos indignados e com uma sensação de impotência. O que o Lula disse de retomar às ruas e o poder é uma afronta. O governo, o Moro e o Paulo Guedes estão fazendo um trabalho maravilhoso, levantando a moral do país”, ressalta.
Alguns políticos participaram do ato em Campo Grande, entre eles, o vereador André Salineiro (PSDB) e o deputado estadual, Capitão Contar (PSL). “Eu vim como cidadão, essa decisão foi armada para soltar o Lula e os seus comparsas presos pela Lava Jato. Tem que pensar lá na frente e alterar à lei”, acredita Salineiro.
Já para Contar, o país merece mudança. “Estou hoje como cidadão, apoiando a causa popular de descontentamento com a decisão do STF. Precisamos desfazer o aparelhamento que o governo antigo fez, essa é a nossa missão, estamos apoiando essa causa”, ressalta.