Política

dívida grande

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Com dinheiro bloqueado até 2018, PT em MS segue sem pagar funcionários

De nove empregados, atual presidente demitiu oito

RODOLFO CÉSAR

19/07/2017 - 19h03
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A Justiça eleitoral determinou o bloqueio do repasse do fundo partidário petista por um ano, até abril de 2018, devido a erros na prestação de contas da campanha de Zeca do PT ao governo do Estado em 2010.  A parcela do Fundo Partidário é de R$ 70 mil.

Como o partido assumiu as dívidas da campanha de Zeca, agora o atual presidente da sigla, o próprio José Orcírio Miranda dos Santos, terá de obter recursos para cobri-las. Soma-se a isso a demissão em massa no diretório e a falta de pagamento de direitos trabalhistas, que agora já soma cinco dias vencidos e sem previsão de quitação.

"O pior que teremos de cobrir as dívidas de campanha do Delcídio também", afirmou o deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, à Folhapress.

Ele foi eleito presidente do PT para o diretório estadual em junho. Em crise, o partido no Estado demitiu oito dos nove funcionários e também não pagou a folha de pagamento, de cerca de R$ 30 mil mensais. Zeca disse ainda que herdou dívida superior a R$ 600 mil com folha de pagamentos, incluídos salários e encargos.

Os recursos do partido atualmente são a partir da contribuição de quatro deputados federais, que totaliza R$ 12 mil por mês e não é suficiente para cobrir os custos.

Os servidores demitidos acusam Zeca do PT de perseguição política, má vontade e falta de respeito. “Hoje (14 de julho) era o dia em que eles deviam nos pagar. Assinamos o curso indenizatório no dia 3, para recebermos hoje o que nos é de direito, mas, além de não nos pagarem, ninguém nos convidou para dar alguma satisfação”, disse Marquinhos Nogueira, ex-assistente financeiro do partido, em entrevista concedida no dia 15 de julho., que atuou anteriormente como assessor do Zeca do PT.

"Não pagamos porque não temos dinheiro. Estamos renegociando", disse ele, acrescentando que desde 2015 o PT não pagava as contribuições ao INSS.

Em nota, os funcionários demitidos emitiram nota. "O ex-governador, o Zeca do PT, parece estar em outro mundo bem diferente do que vive a presidente nacional do Partido, a senadora Gleisi Hoffmann. Enquanto ela ocupou a Mesa Diretora do Senado na tentativa de evitar a aprovação da Reforma Trabalhista, cena que marcou o auge da luta das mulheres guerreiras naquela Casa em favor dos trabalhadores contra o sepultamento da CLT, ele faz demissão em massa e, pior, dá o calote nos direitos trabalhistas dos funcionários", informou documento enviado à Folhapress.

Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

Campo Grande

Riedel confirma apoio a Beto Pereira: "é o pré-candidato deste grupo político"

Embora ambos pertençam ao PSDB, governador vinha evitando se manifestar sobre as eleições deste ano

22/04/2024 20h44

Governador Eduardo Riedel Gerson Oliveira

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), confirmou na noite desta segunda-feira (22) seu apoio à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Apesar de a confirmação soar óbvia, o governador do Estado vinha adiando o máximo possível o anúncio. 

“Nós estamos em plena pré-discussão eleitoral. Nós temos um grupo político, e na campanha ainda não está definido quem serão os candidatos ou as candidatas. Existem aqueles que todos vocês sabem, existe a prefeita Adriane (Lopes, PP) pré-candidata à reeleição; aí você tem o Beto, deste nosso grupo político, o pré-candidato à eleição; a Rose (União Brasil) que se coloca como pré-candidata hoje a eleição, e não sei se terão candidatos do PT ou do PL, ainda há uma discussão”, disse Eduardo Riedel. 

“A nossa posição é muito clara. Nós devemos apoiar o Beto. Ele é o pré-candidato deste grupo político à prefeitura de Campo Grande”, confirmou o governador. 

O próprio governador, ao ser perguntado pelo Correio do Estado, lembrou que em 31 de dezembro, ao conceder uma entrevista para uma rádio, foi perguntado da mesma forma, e disse na ocasião que só se manifestaria neste ano. 

A decisão de Riedel também serve para baixar a poeira no grupo político de Eduardo Riedel e de seu antecessor Reinaldo Azambuja (PSDB). Desde que o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, filiou-se ao PSD, uma pré-candidatura dele passou a ser cogitada à prefeitura da Capital. 

Riedel e Beto Pereira estavam comparecendo junto a vários eventos, mas em nenhum deles o governador falava formalmente da aliança. A aparição mais recente foi na decisão do campeonato Estadual, no último domingo, na Moreninhas, em Campo Grande. 

Grupos diferentes

A pré-candidatura de Beto Pereira à prefeitura de Campo Grande também deve dividir o grupo político até então liderado pelo PSDB. É que o PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, deve lançar a prefeitura Adriane Lopes à reeleição. Tereza Cristina sempre foi aliada de primeira hora de Eduardo Riedel e de Reinaldo Azambuja. 

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