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Campeões de voto podem ficar com cargos periféricos na Mesa

Com dez parlamentares, bloco de deputados eleitos tenta emplacar vagas importantes da Casa

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O Grupo dos 10, composto, em sua maioria, por deputados eleitos para o primeiro mandato e com dois campeões de voto, poderá ficar apenas com cargos periféricos da mesa diretora da Assembleia Legislativa, como a segunda e terceira-vice-presidência e terceira-secretaria. O G-10, como está sendo chamado, é forte numericamente, mas não tem, no momento, a força política para conquistar a tão sonhada primeira-secretaria, o segundo cargo mais importante do Legislativo depois da presidência.

Esse bloco é integrado por Capitão Contar (PSL), Coronel David (PSL) – os dois campeões de voto –, Herculano Borges (Solidariedade), Lucas de Lima (Solidariedade), Evander Vendramini (PP), Gerson Claro (PP), João Henrique (PR), Londres Machado (PR), Antonio Vaz (PRB) e Neno Razuk (PTB). Mas o grupo deu sinais de insegurança com a manifestação de apoio de alguns deles à recondução de Zé Teixeira (DEM) ao cargo de primeiro-secretário. 

A maioria dos deputados, espalhados nos três grupos, já teria fechado com a recondução de Teixeira para a primeira-secretaria. Mesmo assim, o deputado Herculano Borges – único veterano do bloco, porque o Coronel David (PSL) assumiu mandato temporariamente quando o titular, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM), ocupou a Secretaria Estadual de Segurança Pública – ainda aposta numa reviravolta para conquistar o cargo. “Todo mundo fala com Teixeira, mas eles [integrantes do G-10] estão com a gente”, afirmou Herculano. O deputado eleito para o primeiro mandato Gerson Claro teria declarado voto a Teixeira. Ele faz parte do G-10. Mas Herculano não acredita nessa atitude de Claro. “Na verdade, Teixeira foi quem disse que Gerson está com ele”, rebateu.

“Queremos a primeira-secretaria e não decidimos ainda quem vai concorrer”, afirmou Herculano. O Coronel David tem a mesma posição. Ele assegurou a unidade do grupo para brigar pela primeira-secretaria. “O nosso grupo é maior e até agora não temos nada na mesa [diretora]”, queixou-se o coronel.
Isso porque o MDB com três deputados – Eduardo Rocha, Renato Câmara e Márcio Fernandes – conseguiu a primeira-vice-presidência da Assembleia Legislativa. O PT, com dois, Cabo Almi e Pedro Kemp, ocupará a segunda-secretaria, um cargo de expressão da mesa diretora.

O G-6, composto pelos deputados do MDB e do PT, já fechou com Zé Teixeira. Ainda falta confirmar o voto de Lídio Lopes (Patriota). E, se as eleições fossem hoje, Teixeira levaria 13 votos. Além dos emedebistas e petistas, ele tem voto declarado do seu colega de bancada, Barbosinha, do PSDB – Paulo Corrêa (indicado para presidente do Legislativo), Felipe Orro, Marçal Filho, Rinaldo Modesto e Onevan de Matos –, além do veterano Londres Machado (PSD), que está retornando à Assembleia depois de ficar quatro anos fora.

“Vamos apoiar Teixeira”, afirmou o petista Pedro Kemp. Em troca, o PT continuará ocupando cargo de expressão na direção. “Queremos a permanência na segunda-secretaria. Já temos ela há tempos”, ressaltou Kemp.

O MDB também está satisfeito com a primeira-vice-presidência, depois de comandar o Legislativo, por muitos anos, com Jerson Domingos (hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado) e Junior Mochi, que não concorreu à reeleição por ter disputado o cargo de governador do Estado – ele ficou em terceiro lugar.

“Vamos ficar com a primeira-vice-presidência mesmo. Foi o espaço que deu para a gente ocupar”, afirmou Márcio Fernandes.

Política

Gonet defende extinção de queixa de Bolsonaro contra Lula por injúria e difamação

O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa

18/03/2024 21h00

Carlos Moura/SCO/STF

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu em manifestação na última sexta-feira (15) a extinção de queixa-crime movida no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT) por suposta difamação e injúria. O argumento é que o petista tem imunidade referente ao cargo que ocupa.

Bolsonaro afirma que o petista cometeu os crimes ao sugerir durante discurso que o ex-presidente seria o verdadeiro dono de uma mansão na Califórnia (EUA) ligada ao tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens e agora delator.

A petição de Bolsonaro foi apresentada ao STF em outubro do ano passado e, no início deste mês, o relator do caso, ministro Luiz Fux, pediu a manifestação da PGR sobre o assunto.

Em discurso feito em maio de 2023, durante cerimônia de assinatura do decreto de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, Lula falava de corrupção no governo anterior quando acrescentou:

"Agora mesmo acabaram de descobrir uma casa, uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordem; certamente, é para o paladino da discórdia; o paladino da ignorância; o paladino do negacionismo", disse o petista.

Na explicação dada pelos advogados de Bolsonaro ao STF, a mansão localizada no sul da Califórnia, comprada por US$ 1,7 milhão, está registrada em nome de Cid Family Trust, empresa de propriedade de Daniel Cid, irmão de Mauro Cid.

Os advogados afirmam que Daniel Cid tem "uma longa e consolidada carreira no setor de tecnologia e segurança digital na Califórnia, com a qual fez fortuna de maneira completamente lícita".

"O patrimônio de Daniel não foi construído subitamente, sendo calcado em um extenso histórico profissional que não guarda qualquer relação com seu irmão, Mauro Cid", continuam eles.

Bolsonaro afirma que a declaração de Lula foi leviana e falaciosa e, além de pedir a condenação por injúria e difamação, o ex-presidente cobra uma retratação pública, sob pena de multa.

Ao analisar a queixa-crime, o ministro Luiz Fux abriu prazo para manifestação da PGR, mas antecipou que o artigo 86 da Constituição Federal atribui imunidade processual temporária ao presidente da República durante o exercício do mandato, em relação a crimes comuns e sem relação com as funções no Planalto.

Gonet também citou o artigo e defendeu a extinção da queixa-crime "por ausência de condição de procedibilidade", em parecer assinado nesta sexta-feira (15).

Segundo o procurador-geral da República, não se trata de "irresponsabilidade penal", e sim de "imunidade temporária à persecução penal".

"As condutas narradas, por serem estranhas às suas funções, invocam a aplicação da imunidade constitucionalmente conferida ao presidente da República e impedem a instauração da ação penal, enquanto não cessar o respectivo mandato", escreve Gonet.

    

Política

Pedrossian Neto abandona sonho e menciona sentimento de traição após apoio de Nelsinho Trad ao PSDB

Até então pré-candidato pelo PSD, deputado estadual publicou nota após descobrir que o presidente estadual da sigla apoiaria outro partido

18/03/2024 17h50

Divulgação

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Após o presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, anunciar apoio ao PSDB para a disputa pela prefeitura de Campo Grande, o até então pré-candidato, deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, publicou uma nota anunciando o adiamento do sonho de assumir a Prefeitura de Campo Grande e apontando traição à militância do partido.

Ao iniciar o texto, o deputado destaca que a política é feita de "sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes", e relata que apresentou a pré-candidatura por acreditar que Campo Grande poderia ser "tratada com mais dignidade e respeito" e que ela "pudesse voltar a ser capital onde todos sentimos orulho de morar".

No entanto, nas palavras de Pedrossian Neto, "esse sonho terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos".

Isso porque Nelsinho Trad declarou apoio à pré-candidatura do deputado federal tucano Beto Pereira.

Segundo a nota, Pedrossian Neto ficou sabendo da mudança de apoio do partido através da imprensa, já que o Correio do Estado havia adiantado a composição no dia 11 deste mês.

"Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria", afirmou.

O deputado estadual declarou ainda que a falta de confiança no trabalho por parte do partido "trai" o sentimento de grande parte da militância. Confira:

"E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas. Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força", diz texto.

A nota acrescenta ainda que o apoio de Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral só será definido "após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados".

Confira a nota na íntegra

"A política é feita de sonhos e de lutas, de vitórias e de revezes. 

Apresentei minha pré-candidatura a prefeito de Campo Grande por acreditar que a cidade que eu amo, o lugar onde eu nasci e onde crio meus filhos, poderia ser tratada com mais dignidade e respeito. E que sobretudo ela pudesse voltar a ser a capital onde todos sentimos orgulho de morar. 

Unifiquei o meu partido, o PSD, em torno desse projeto, buscando quadros novos, lideranças promissoras, gente que pudesse não apenas disputar e vencer eleições, mas sobretudo contribuir com a construção de uma cidade melhor. 

Esse sonho, no entanto, terá que ser adiado diante dos últimos acontecimentos. 

Fui surpreendido, pela imprensa, com declarações individuais e prematuras que, a revelia do que pensa e deseja a base do partido, inviabilizam na prática a construção de uma chapa majoritária própria. 

E pior: traem o sentimento da maioria de nossa militância, que acredita nesse projeto coletivo, que ganhava projeções de crescimento nas últimas pesquisas.

Política, é bom lembrar, se faz com convencimento e com diálogo, não com imposições ou atos de força.

Diante disso, nos termos do estatuto do partido, em obediência a lei eleitoral, e na qualidade de presidente municipal do PSD, afirmo que o apoio do deputado estadual Pedrossian Neto e de seu grupo político a qualquer outro projeto eleitoral somente será definido, em momento oportuno, após ouvida e consultada a vontade coletiva e soberana de nossos filiados. 

Ademais, temos uma chapa de pré-candidatos a vereador, com fortes lideranças em inúmeros segmentos, que precisa ser consultada e preservada. Política se faz coletivamente.

Manteremos o diálogo e as portas abertas, como sempre fizemos, com todos aqueles que saibam respeitar o partido e que partilhem de nossas visões e projetos para a nossa cidade. 

Pedrossian Neto,
Campo Grande, 18 de março de 2024."

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