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'Cabeça preta' declara apoio a Alckmin
e tenta aproximá-lo do MBL

'Cabeça preta' declara apoio a Alckmin
e tenta aproximá-lo do MBL

FOLHAPRESS

15/09/2017 - 22h00
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Membro da nova safra do PSDB, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) viajou a São Paulo na quinta-feira (14) para declarar apoio a Geraldo Alckmin (PSDB).

O gesto ocorre no momento em que o governador paulista tenta se firmar candidato a presidente em meio à projeção nacional do prefeito João Doria (PSDB).

Coelho levou consigo o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM), um dos representantes do MBL (Movimento Brasil Livre), que declara apoio a Doria na disputa presidencial de 2018.

A iniciativa de Coelho foi até agora a mais incisiva entre os "cabeças pretas", grupo de deputados jovens que se notabilizou ao cobrar a saída do PSDB do governo de Michel Temer (PMDB).

Justamente a posição mais crítica de Alckmin à permanência do partido no governo foi um dos fatores que contaram a seu favor no grupo.

Além disso, a disposição de Doria de se notabilizar nacionalmente, com viagens e declarações ambíguas, despertou um sinal de alerta.

"Eu acho que é delicado, mas a conquista de espaços partidários é legítima", disse a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO). "Não sei se havia algum acordo entre eles, mas, até pelo bem do partido, acho que os dois devem chegar a um consenso."

Coelho disse a Alckmin que essa disputa tem de ser tratada como superada e que ele tem apoio da maioria da bancada tucana na Câmara.

Ao discutir estratégias para 2018, o "cabeça preta" sugeriu que, no Nordeste, o governador paulista trate como prioridade o problema da segurança. Até hoje, o tucano vem batendo na tecla do emprego e da renda.

"São Paulo é bem diferente da matança no Nordeste", notou. Pernambuco tem a pior taxa de assassinatos por cem mil habitantes do país (35), segundo o Atlas da Violência. São Paulo, com 12, foi o Estado com a maior redução de homicídios de 2005 a 2015.

Coelho argumentou que Alckmin tem de explorar esse desempenho, em contraponto a discursos, em sua avaliação, menos fundamentados na área da segurança como o de Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

DORIA E MBL

Em ambiente inóspito à classe política tradicional, Doria galgou posições com o apoio público do MBL, movimento que liderou protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), e de pelo menos um cabeça preta, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB). "Ele tem aderência no PSDB e consegue dialogar com a sociedade", justificou.

Holiday disse que se restringiu a temas de governo na audiência com o governador. "Eu não entrei em questões relacionadas a 2018, até porque o movimento é mais próximo a Doria e nessa briga não entramos de cabeça ainda", disse o vereador.

"A menos que Alckmin mude de perfil, isto é, faça uma campanha mais inovadora, creio que a imagem dele será naturalmente ligada à classe política já estabelecida. Do ponto de vista do eleitorado e da popularidade, ele já começa com dificuldade, não sei se terá grandes chances", conclui Holiday.

O PSDB e outros partidos como o DEM de Holiday têm tentado se aproximar de movimentos civis como o MBL.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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