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Bolsonaro vai oferecer superministério a Moro

Bolsonaro vai oferecer superministério a Moro

FOLHAPRESS

31/10/2018 - 18h27
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), vai oferecer ao juiz Sérgio Moro uma versão turbinada do Ministério da Justiça.

A pasta vai somar as estruturas da Justiça, Segurança Pública, Transparência e Controladoria-Geral da União e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), estrutura hoje ligada ao Ministério da Fazenda.

O convite será feito pessoalmente na manhã de quinta-feira (1º), no Rio de Janeiro. O juiz responsável pela Lava Jato no Paraná visitará o presidente eleito.

Ao remodelar o ministério, Bolsonaro pretende reforçar seu discurso de Segurança Pública e de combate à corrupção.

Moro é visto como juiz linha-dura por sua atuação na Lava Jato. Partiram dele decisões que levaram à cadeia figurões da política e do meio empresarial, como Marcelo Odebrecht, o ex-presidente Lula e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Em entrevista a emissoras de televisão, um dia depois de ser eleito, Bolsonaro disse que gostaria de ter Moro à frente da Justiça ou do STF (Supremo Tribunal Federal).

Bolsonaro ficou chateado com Moro ao ser ignorado por ele em aeroporto em 2017

Hoje convidado para ser ministro do futuro governo, o juiz Sergio Moro deixou Jair Bolsonaro magoado no ano passado.

A razão: o deputado federal, em março de 2017, ainda longe de ser confirmado candidato à Presidência pelo PSL, foi ignorado pelo magistrado depois de cumprimentá-lo no aeroporto de Brasília, como registrado em vídeo que rodou a internet.

A saia justa foi explicada por Moro em uma nota de sua assessoria de imprensa. Ligou para pedir desculpas e disse que não teve a intenção de ofender o parlamentar, mas também não queria que o episódio fosse "explorado poli­ticamente".

"Não há dúvida que eu fiquei chateado. Esperava 30 segundos de conversa com ele", confessaria Bolsonaro seis meses mais tarde, em entrevista à apresentadora Luciana Gimenez no Superpop, da RedeTV!.

Se há mais de um ano foi acusado de ter esnobado o então deputado, Moro agora é criticado por discutir com o presidente eleito o convite para assumir o Ministério da Justiça -a adesão ao governo é vista como um risco para o legado da Lava Jato. A defesa do ex-presidente Lula já estuda usar o caso para reforçar a tese de parcialidade contra o petista.

O juiz responsável pela operação em Curitiba se reunirá com o futuro presidente (e futuro chefe, quem sabe) nesta quinta-feira (1º), na casa dele, no Rio. Por ora, o ministeriável afirmou apenas que ficou honrado com a proposta e vai pensar sobre ela.

Bolsonaro, mesmo quando estava decepcionado com Moro, e aliados próximos seus, como o futuro ministro da Casa Civil Onyx  Lorenzoni (DEM-RS) e o senador Magno Malta (PR-ES), sempre enalteceram o trabalho do juiz no combate à corrupção.

"Eu, como deputado federal, se devesse alguma coisa, jamais se aproximaria [sic] de Sergio Moro", disse o capitão reformado a Gimenez, diante de uma indagação dela sobre a "repercussão louca" do frio encontro no aeroporto: "O que que queriam? Que ele te desse um beijo na boca? Eu não entendi nada!".

A cena foi esta: Moro atendia admiradores perto de uma lanchonete no aeroporto de Brasília quando foi avistado por Bolsonaro, que foi andando na direção dele e o abordou. Bateu continência e exclamou: "doutor Moro!".

O juiz falou um "tudo bem?", deu um leve sorriso e saiu, enquanto o deputado colocava a mão em seu ombro. Só restou ao político acompanhar com o olhar o magistrado partir.

Espalhada nas redes sociais, a gravação rendeu piadas e comentários do tipo: "meu Deus, que vergonha!", "melhor ser rejeitado do que procurado pelo Moro", "Moro, você foi indelicado, grosseiro e arrogante", "nunca namore alguém que te trate como Moro tratou Bolsonaro".

"Quero crer que ele não me reconheceu", disse Bolsonaro à Folha de S.Paulo dois dias depois do ocorrido. "Ele que tem que responder [sobre a reação], até porque eu sou uma pessoa que sempre tratei com dignidade todo mundo."

Diante da controvérsia, o juiz telefonou para o parlamentar. Tiveram uma conversa de "oito, nove minutos" na qual Moro, conforme relatou o capitão a Gimenez, explicou que quis evitar a repetição do constrangimento causado por uma foto sua sorrindo ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em 2016.

"Foi muito explorado negativamente aquele sinal de certa intimidade com Aécio Neves", afirmou o deputado. "Foi desfeito tudo isso [mal-entendido]. Foi muito educado, cortês", contemporizou.

Sem entrar em tantos detalhes, o juiz divulgou na época um comunicado: "Contatei o sr. deputado a fim de esclarecer, em vi­sta da repercussão do episódio no aeropo­rto, que não era min­ha intenção ofendê-lo ou que o ocorrido fosse explorado poli­ticamente. Somente isso".

SIDROLÂNDIA

Vereadores abrem comissão que pode cassar mandato de prefeita

Prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo é sogra do vereador Claudinho Serra, preso em operação do Gaeco

23/04/2024 13h00

Vanda Camilo é prefeita de Sidrolândia Foto: Marcelo Victor / Arquivo

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Vereadores da Câmara Municipal de Sidrolândia, aprovaram, na sessão desta terça-feira (23), a abertura de uma Comissão Processante para investigar a prefeita do município, Vanda Camillo (PP), por possíveis infrações político-administrativas.

Na denúncia apresentada na Casa de Leis, os parlamentares afirmam citam a operação desencadeada pelo  Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no dia 3 de abril, que apontou a existência de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia, em esquema que funcionava desde 2017.

Na ocasião, foram cumpridos vários mandatos de prisão, entre eles contra o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), genro de Vanda Camilo.

A prefeita não estava entre os alvos do Gaeco, no entanto, pelo fato do esquema criminoso funcionar no Executivo Municipal, vereadores querem investigar se há conhecimento ou participação de Vanda na organização.

No requerimento para abertura da Comissão Processante, é citado que "é de conhecimento público as recentes denúncias de irregularidades que recaem sobre a administração municipal liderada pela prefeita Vanda. Tais denúncias levantam sérias questões sobre a conduta da chefe do Executivo Municipal e a questão dos recursos públicos e requer uma investigação detalhada".

Parlamentares também apontam que, mesmo após as prisões e constatação de envolvimento de empresas no esquema, a prefeita não rompeu contratos com as investigadas.

"Surge a preocupação sobre tais atividades ilícitas pudessem ocorrer sem o conhecimento da chefe do Executivo", diz a denúncia.

"Há indícios de desvio de recursos públicos e má gestão financeira por parte da prefeita, o que configura possível infração aos princípios da administração pública, suspeita de irregularidade em contratos firmados, o que demanda analise minuciosa", diz a denúncia lida em plenário.

Desta forma, por 12 votos a 1, os vereadores aprovaram a abertura da Comissão Processante para investigar a conduta da prefeita e, ao final, restando demonstrada a prática das infrações, a perda do mandato.

Denúncia do MP

O vereador Claudinho Serra e mais 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MPMS) pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações e concurso material de crimes. 

Conforme o Ministério Públicos, os denunciados faziam parte de uma organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro públicos em Sidrolândia.

A organização era formada por agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado.

"Um meio para isso foi a criação ou a utilização de pessoas jurídicas já existentes para a participação conjunta nos mesmos processos licitatórios, com o prévio incremento do objeto social sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal", diz a denúncia.

Todos são apontados como integrantes do esquema criminoso, cada qual a seu modo e com estrutura ordenada, caracterizada pela divisão de tarefas.

Claudinho Serra era o chefe do esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, de onde foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate) e é genro da prefeita Vanda Camilo (PP).

POLÍTICA

Campo Grande fica fora da lista durante visita de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul

Ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, ex-presidente confirmou que pousará seu avião em Ponta Porã, de onde seguirá rumo à Dourados entre os dias 14 e 15 de maio

23/04/2024 09h12

Vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro Reprodução

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Esperado para a Exposição Agropecuária de Dourados, Jair Bolsonaro não passará por Campo Grande durante sua visita a Mato Grosso do Sul, entre os dias 14 e 15. 

O ex-presidente confirmou sua vinda, ao lado de Gianni e Rodolfo Nogueira, dizendo que seu avião pousará em Ponta Porã, de onde se dirige para Dourados. 

Confira abaixo a agenda confirmada pela assessoria do ex-presidente para o próximo mês: 

  • 03 e 04- Manaus/AM.
  • 07 e 08- Pará. 
  • 10 e 11- Minas Gerais
  • 14 e 15- Dourados/MS.
  • 17 e 18- Santa Maria/RS.

Cotada como pré-candidata a prefeita de Dourados pelo PL-Mulher, Gianni busca despontar na corrida pelo segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 

"É um convite de toda a bancada desse estado para nós fortalecermos os nossos laços, discutirmos política, conversar com o povo que é muito importante e vamos levando avante essa proposta de fazer um Brasil diferente e tendo um partido político com esse objetivo, temos quatro linhas, quatro palavras que nos marcam: Deus, pátria, família e liberdade, e a gente vai em frente, então até breve se Deus quiser aí em Ponta Porã pousando e aí em Dourados em um grande evento com esse casal aqui", destaca Jair Bolsonaro em sua fala. 

Visita prometida

A vinda de Bolsonaro a Mato Grosso do Sul é esperada entre seus apoiadores desde o dia 24 de fevereiro, quando a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, esteve em Campo Grande para o encontro do PL Mulher na Capital. 

Na ocasião, enquanto Michelle ocupava o palco, o ex-mandatário apareceu por meio de uma "videoconferência", rememorando mais uma vez seus tempos como militar em Mato Grosso do Sul. 

"Esse estado que me acolheu por três anos lá em nossa querida Nioaque. Ela [Michelle] está presente aí não só levando o nome do Partido Liberal, bem como a importância das mulheres participarem da política, não por cotas, mas com vontade de ajudar o seu município, seu estado e seu País", argumentou. 

Esse evento em Campo Grande antecedeu o ato realizado no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista (SP), quando o ex-presidente. 
**(Colaborou Leo Ribeiro)

 

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