Política

PALÁCIO DA ALVORADA

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Bolsonaro critica ação da PF e diz que não admitirá ‘certas atitudes’

Presidente criticou diligência e inquérito do STF sobre fake news

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou na manhã desta quinta-feira a ação da Polícia Federal (PF) por meio de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a propagação de informações falsas na internet, as chamadas fake news. Segundo a CNN Brasil, o chefe do Executivo garantiu que essa seria a última vez que uma ação dessa magnitude acontecerá.

“O povo tenha certeza, foi o último dia triste. Nós queremos a paz, harmonia, independência e respeito. E democracia acima de tudo”, afirmou o presidente a jornalistas, na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro voltou a frisar que nunca teve intenção de intervir na PF, apesar de ter sido denunciado ao STF. “Obviamente, ordens absurdas não se cumprem e nós temos que botar um limite nessas questões", disse o presidente, criticando a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, ao autorizar a ação.

“Com todo o respeito que eu tenho a todos integrantes do Legislativo, do Judiciário e do meu próprio poder, [mas] invadir casas de pessoas inocentes, submetendo a humilhações perante esposas e filhos, isso é inadmissível”, opinou.

O presidente disse ainda que há magistrados em diversas instâncias que, segundo ele, extrapolam suas funções e devem ser contidos. Ele comparou a situação com seu gabinete.

“Quando alguém, repito, desvirtua no meu meio, eu demito. Quando do outro lado alguém se desvirtua já que é um ser humano como outro qualquer, já que não pode demitir que os outros o procurem e façam com que ele volte a ser humilde e [volte a] usar sua caneta ou seu voto para o bem do nosso País”, explicou.

DECISÕES MONOCRÁTICAS

Bolsonaro prosseguiu afirmando não ser possível um país sem poderes Legislativo e Judiciário independentes. Ele defendeu que decisões judiciais sejam tomadas não por um único juiz, mas por um grupo.

“Para que possam tomar decisões, não monocraticamente, por vezes, mas as questões que interessam ao povo como um todo, que tomem, mas de modo que seja ouvido o colegiado”, disse.

Em seguida, o presidente se exaltou e disse que não iria admitir individualidades. “Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando quase de forma pessoal certas ações. Nós somos um país livre e vamos continuar livres, mesmo com o sacrifício da própria vida”, justificou.

DEMOCRACIA

O presidente ressaltou em sua fala que todos os poderes devem proteger a democracia e que as Forças Armadas a apoiam. “Não vão fazer com que eu transgrida... Me transforme num pseudo-ditador da direita. Isso não existe. Irei às últimas consequências contra qualquer um do meu meio que pense desta maneira”, garantiu Bolsonaro. Ele disse, no entanto, que é preciso que o “outro lado” deixe o seu governo trabalhar.

Ao voltar a falar sobre o inquérito das fake news, o presidente falou que o objetivo foi atingir quem apoia o seu governo. “Se eu tivesse feito algo contra a esquerda, estariam dando pancada em mim. Eu convivo com a esquerda. Posso não suportar, mas convivo. Não persigo a esquerda. Estão perseguindo gente que apoia o governo de graça”, argumentou.

“Querem tirar a mídia que eu tenho a meu favor sobre o argumento mentiroso de fake news. Repito: não teremos outro dia igual ontem. Chega! Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão”, afirmou sem explicar, no entanto, o que quis dizer com essa declaração.

“Eu honro meus compromissos e o juramento que fiz quando assumi a presidência da República. Essa minha cadeira presidencial não é fácil. Confesso, está sendo mais difícil do que eu imaginava porque os inimigos não estão fora do Brasil. Estão aqui dentro”, finalizou.

CAMPO GRANDE

Rose garante que sua pré-candidatura é irreversível e vai deixar Sudeco dia 30

A ex-deputada federal também do acordo que fez com o ex-governador André Puccinelli para as eleições deste ano

23/04/2024 08h00

Rose Modesto (União Brasil) foi a quarta entrevistada pela parceria CBN com Correio do Estado Foto: Eduardo Miranda/Correio do Estado

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A ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que foi a quarta da série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado estão fazendo com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, reforçou, ontem, que sua pré-candidatura é irreversível, tanto que no próximo dia 30 de abril deixará o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).

“Penso que seria bom a turma do ‘deixa disso’ nem tentar atuar dessa vez para fazer eu desistir da minha pré-candidatura, pois não vai dar certo. E não é por uma vaidade, não é por uma obsessão para ser prefeita de Campo Grande.

Eu sinceramente estou aqui, de verdade, com a missão que penso ser a que o eleitor espera.E eu sinto isso nas ruas, andando e, lógico, não é todo mundo, mas uma boa parte espera essa candidatura minha à prefeitura”, reforçou.

Ela argumentou que dessa vez, realmente, é uma decisão tomada. “Eu estou pronta e muito motivada. Tudo tem um tempo e me sinto muito mais preparada, inclusive, do que quando disputei a eleição para prefeita em 2016. Conheço Campo Grande, estudei muito a cidade ao longo desses últimos oito anos e as minhas experiências como gestora pública me deixaram motivada a encarar esse desafio”.

Rose completou que é uma “honra poder ser prefeita de uma cidade tão linda, mas é um desafio muito grande pegar essa cidade linda, mas tão judiada e precisando de cuidados em todas as áreas”.

“Por isso, a importância de alguém com experiência e com preparo. Vou escolher a melhor equipe pra poder fazer de Campo Grande uma cidade com mais oportunidades para todo mundo, quero resgatar o nosso orgulho”, afirmou.

POLARIZAÇÃO

Questionada sobre a polarização nacional entre direita, representada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e esquerda, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a pré-candidata garantiu que sempre foi e sempre será de centro. 

“Olha só, na eleição de 2022, nós tínhamos dois candidatos da direita no segundo turno e o Eduardo Riedel (PSDB) venceu. Ele ganhou porque compreendeu que, para vencer era importante fazer política com a direita e esquerda, mas sem abrir mão das bandeiras que defendia, independentemente se eram da esquerda ou da direita”, ressaltou.

A ex-deputada federal garantiu que sua vida pública sempre foi pautada nesse sentido.

“Fui eleita deputada federal, não tive o apoio do Bolsonaro, mas votei nas pautas da direita. Votei, por exemplo, pelo voto auditável, que é uma pauta de direita, como votei a favor do Vale Gás, que é da esquerda. Votei em ambos porque os dois interessavam a maioria da população, então, é dessa forma tem de fazer”, disse.

Segundo Rose Modesto, na questão de alianças políticas, não importa se é da esquerda, se é da direita, o que importa é que, ao longo dos 14 anos de vida pública, sempre foi a mesma.

“Uma mulher cristã e que defende as pautas de direita que são importantes para a cidade avançar e as da esquerda que são importantes no campo social, ajudando a transformar a vida de quem mais precisa”, afirmou.

“Hoje eu estou no governo federal, apesar de inclusive não ter apoiado o Lula, mesmo assim, ele me deu uma oportunidade de comandar a Sudeco. Fui indicada pelos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado, do Mato Grosso, Mauro Mendes, e de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, mesmo tendo disputado a eleição contra ele. Entretanto, os três entenderam que o meu nome era importante para estar no governo federal. E é dessa forma que vou buscar as alianças, tanto no primeiro, quanto no segundo turno, para poder fazer de Campo Grande uma cidade melhor”, disse.
 

TRATO COM ANDRÉ

Ainda na entrevista, a pré-candidata foi questionada sobre o fato de o ex-governador André Puccinelli (MDB), que também é pré-candidato a prefeito da Capital, ter afirmado que ela não teria cumprido o combinado de que um apoiaria o outro que estivesse melhor nas pesquisas.

“Na verdade, eu tenho sempre um bom diálogo com toda a classe política e com o André não é diferente. E, em uma das reuniões que a gente teve, ele falou, ainda decidindo se seria ou não pré-candidato, que, quem estivesse melhor nas pesquisas, teria o apoio do outro. E aí é preciso entender o que é estar melhor, pois nem sempre quando você está com três, quatro, cinco ou seis pontos percentuais na frente, representa estar melhor”, detalhou.

Rose completou que pesquisas internas encomendadas pelo União Brasil mostraram que a rejeição dela era pequena, ou seja, que teria poder de crescimento nas intenções de votos.

“A capacidade de pessoas que podem votar em mim é maior do que o percentual de pessoas que poderiam votar no André. Então, na minha avaliação pessoal e técnica, acredito que estou melhor e, por isso, vou buscar o apoio dele”, garantiu.

 

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Política

Lula pede um disque-reclamação de seu próprio governo

Presidente pediu que seus auxiliares criem um canal de reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando" em público

22/04/2024 22h00

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (22) que os seus auxiliares criem uma espécie de disque-reclamação, para que as pessoas possam telefonar e assim não ficar "xingando a gente" em público.

O pedido do presidente foi feito durante discurso, por ocasião do lançamento do Acredita, um programa para estimular o crédito para empreendedores e famílias de baixa renda, além de renegociar dívidas de pequenos negócios.

O presidente não deu detalhes de sua proposta. "Duas coisas que nós temos que fazer, [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad. Uma, e eu não sei se é no ministério do Márcio [França], que a gente deveria criar uma espécie de um 190, de um 180, um telefone para que as pessoas pudessem telefonar e se queixar se as coisas não estão acontecendo", afirmou o presidente.

"Porque muitas vezes as pessoas não têm a receptividade que elas imaginavam e não tem para quem reclamar. Então, ao invés de as pessoas ficarem xingando a gente, é importante que a gente tenha ao menos um ouvidor para que as pessoas possam se queixar que o Sebrae, não é tudo aquilo que o Décio [Lima] prometeu, que o seu ministério não é tudo aquilo que se prometeu", completou.

O governo federal conta com a plataforma FalaBR, onde os usuários podem fazer denúncias, pedir providências via ouvidoria e registrar reclamações, elogios e sugestões.

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