Política

PP

Bernal se isola e agrava crise
entre integrantes do partido

Ex-prefeito é presidente regional do PP e tem sido criticado por não ouvir colegas de agremiação

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Isolado e sendo alvo de críticas dos integrante do Partido Progressista (PP) o ex-prefeito de Campo Grande e ex-candidato a deputado federal, Alcides Bernal, corre o risco de seguir sozinho na agremiação. Desde o começo da semana lideranças vêm reclamando que não têm reuniões e que a sigla deve se organizar para 2020.

O vereador Valdir Gomes disse que não está contente porque a sigla está à deriva e ainda desabafou que o atual administrador do PP tem feito reuniões para “falar mal” dos integrantes com mandato. 

Um grupo se reuniu na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS) no começo da semana para tratar da atual situação da sigla.

“Reunião faz anos que não se faz. Como tem deputado eleito eu acredito que eles é que vão tomar alguma atitude nessa parte”, declarou Valdir complementando que pode deixar o partido se a situação não melhorar. 

“Estou descontente com o andar do partido. Vim colocar para eles. A porta que eu entrei é a que vou sair. Quem comanda tem que comandar com todos, não fazendo reuniões para falar mal de quem é do partido. Não fazer reunião para falar mal de quem não está. Na hora oportuna eu vou apresentar, tenho gravado”, se referindo ao ex-prefeito Alcides Bernal.

Participaram do encontro o deputado Evander Vendramini, os vereadores Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza, e Valdir Gomes, além do vice-presidente do PP regional Ulisses Duarte, e do ex-secretário de Saúde de Campo Grande e ex-candidato a deputado estadual, Ivandro Fonseca.  

Vendramini defendeu dizendo que a organização do partido é uma ansiedade de todas as lideranças e que nenhum dos integrantes está contra o ex-prefeito, mas que ajustes precisam ser feitos. “Vamos continuar conversando com todo mundo. Ou o partido se organiza ou todos serão obrigados a sair”. 

Durante a sessão de ontem na Câmara Municipal de Campo Grande, a vereadora e ex-secretária de Bernal, Dharleng Campos, ressaltou que não tem falado com presidente da sigla. “A secretária do partido me ligou marcando uma agenda com ele na próxima semana. Mas antes disso a  gente não havia conversado absolutamente nada. Queremos saber quais são os rumos, é verdade que não tem comunicação e está acontecendo desde a época da campanha”. 

Ainda conforme ela, ninguém é chamado para conversar há meses. “ Há uma crise, está bem claro que existe. Estão acontecendo reuniões para pedir o rumo do partido, 2020 está chegando e não sabemos como nos colocar. Se o partido não se organizar tem a possibilidade de eu sair do partido sim. Meu trabalho como parlamentar eu estou fazendo, mas preciso de um partido organizado”, reforçou Dharleng. 

De acordo com o deputado Vendramini, uma comitiva na executiva nacional do PP deve vir para Campo Grande e organizar o partido no Estado.

“A nacional vem a Mato Grosso do Sul para fazer uma avaliação. Um intervenção se for preciso. Eu sou o integrante com mandato mais antigo e muita gente me procura para reclamar da falta de diálogo”, disse. 
O ex-prefeito de Campo Grande vem sendo procurado pelo Correio do Estado desde o começo da semana, mas não atendeu às ligações.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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