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Assembleia aciona Câmara dos Deputados contra parlamentar

Legislativo estadual protocolou, em Brasília, requerimento contra ofensas feitas na internet

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) encaminhou à Câmara dos Deputados uma representação contra o deputado federal Loester Trutis (PSL) por três vídeos publicados em suas redes sociais usandos termos de baixo calão para se referir ao parlamentares estaduais que não assinaram o requerimento do seu colega de partido Capitão Contar para a instalação Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue possíveis irregularidades da concessionária Energisa.

O documento assinado pelo presidente da Alems, Paulo Corrêa (PSDB), oferece uma “representação para apuração de condutas incompatíveis com o decoro parlamentar, em desfavor do senhor Loester Trutis, (Loester Carlos Gomes de Souza), requerendo que seja recebida e encaminhada ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar desta Casa”. 

O documento é encaminhado a Mesa da Câmara dos Deputados, que deve aliasar os fatos e encaminhar ou não para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A Alems esclarece que “já que comprovado fartamente através de imagens de vídeos divulgados pela mídia em geral, o Representado, em total descompostura, simplesmente atacou os representantes eleitos pela população do Estado de Mato Grosso do Sul que, devidamente fundamentados técnica e juridicamente, deixaram de votar favoravelmente à instalação da indigitada CPI”.

O jurídico da Alems pondera  ainda que a postura - ou falta dela -  adotada pelo deputado afronta a própria Constituição Federal. 

No trecho do artigo 55 onde elenca os motivos pelo quais o deputado pode perder o mandato são grifados os incisos II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar e o parágrafo primeiro  do inciso VI pontua que se pode perder o mandato  quando “é incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional”. 

No documento de 14 páginas a Alems cita ainda o Regimento Interno da Câmara do Deputados: “Art. 244. O deputado que praticar ato contrário ao decoro parlamentar ou que afete a dignidade do mandato estará sujeito às penalidades e ao processo disciplinar previstos no Código de Ética e Decoro Parlamentar, que definirá também as condutas puníveis. (Artigo com redação dada pela Resolução nº 25, de 2001)”.

Na peça é pontuado que Loester Trutis tinha capacidade de instalar uma CPI na Câmara dos Deputados s com o mesmo propósito – já que a União Federal de igual forma tem competência para legislar sobre direito do consumidor e, em consequência, investigar por meio de CPI supostas ofensas a consumidores –, o que não fez e nem por isso sua omissão foi objeto de ofensa pelos membros da Alems. 

O Legislativo estadual pede a a instauração de procedimento ético-disciplinar contra o Loester Trutis para apuração das infrações a ele imputadas. A Alems ressalta que é “inaceitável que um agente público, investido de mandato parlamentar, possa efetivamente concretizar os direitos fundamentais e satisfazer as necessidades coletivas, se não pautar sua conduta pelo respeito à Constituição Federal e aos regramentos de moral e ética no exercício de sua atuação e sua vida pública, sendo protagonista de descalabros éticos e morais e atentatórios às leis que jurou defender”.

As declarações de Trutis na internet causaram uma crise no Legislativo estadual, na terça-feira (5) a sessão ficou suspensa em uma hora onde os 23 deputados, apenas Contar não estava presente, definiram as ações que seriam tomadas contra as declarações. 

Nos bastidores do Legislativo veicula a informação que o parlamentar pode ainda responder na Justiça em processos Cíveis e Criminais. 

 

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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