Política

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Após crise, executiva do PSDB
prefere silêncio sobre acordo

Procurados, integrantes do ninho preferiram não se manifestar com relação a situação do partido para outubro

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Após a polêmica envolvendo uma possível expulsão da deputada federal Rose Modesto e do pedido do presidente regional, Sérgio de Paula, para que a mesma evitasse conturbar o ambiente político, integrantes da executiva do partido preferiu o silêncio e a discrição ao serem procurados pelo Correio do Estado.

Em mais um capítulo envolvendo o acordo entre o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), e o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), na semana passada boatos que a deputada federal e ex-adversária de Trad nas urnas em 2016 seria expulsa do partido para que pudesse concorrer novamente ao Executivo municipal, porém a situação foi contornada e desmentida pelo presidente do PSDB. 

Durante coletiva de imprensa, Sérgio de Paula disse mesmo com essa declaração de que Rose poderia se candidatar por meio de outra sigla e que o PSDB “respeitaria” a decisão dela, ele instruiu a tucana a não se manifestar sobre o assunto. “Como a Rose atende todo órgão de imprensa, ela fala com todos, eu disse pra ela evitar algumas coisas, que isso é importante pra gente agora, para não conturbar o ambiente político”, alertou o presidente regional dos tucanos.

O recado de Sérgio parece que valeu para todos os integrantes da executiva tucana. Nos bastidores alguns afirmam que apenas Reinaldo Azambuja e Sérgio de Paula são favoráveis a uma aliança com Marcos Trad e que os demais preferem que o partido lance uma candidatura própria, cumprindo a resolução da Executiva Nacional, que pede candidatura própria na disputa pelas prefeituras de cidades com mais de 100 mil eleitores. 

Durante coletiva de imprensa, Sérgio de Paula disse que deve fazer uma votação com os integrantes da Executiva para decidirem os rumos do partido. Ele ressaltou que até o momento o ninho não foi procurado por Marcos Trad e reforçou o prazo de conversarem em março. 

Discretos, alguns integrantes da cúpula tucana manifestaram sua opinião sobre a situação e um possível voto. “Acho que devemos cumprir o que o governador combinou e retribuir o apoio ao Marquinhos. Então, minha posição é de cumprir o compromisso assumido. Voto pela palavra que foi dada. Só voto no compromisso do governador, apoio Marquinhos”, disse Felipe Orro. 

O prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina, disse que tem boa relação com os três possíveis nomes do PSDB para disputar a prefeitura, além de Rose, Beto Pereira e Eduardo Riedel estão entre os possíveis candidatos. “Eu tenho bom relacionamento com os três, mas ninguém é candidato por si mesmo. O caminho é a pesquisa qualitativa e quantitativa para saber quem está melhor para representar o partido. A Rose é um dos nomes fortes dentro do partido, sem dúvida, ela já disputou a prefeitura, mas temos que fazer um mapeamento detalhado”. 

Geraldo Resende declarou que a situação não deve ser resolvida através da imprensa, mas dentro da cúpula. “Isso não se resolve com votos internos, isso precisa ser levado para a população avaliar (pesquisas). Mas não quero discutir isso através da imprensa, isso é um desserviço ao partido, vou me posicionar internamente”. 

O deputado Onevan de Matos  ressaltou que a situação deve ser revolvida em breve. “A Rose teve bom desempenho, mas eu não conversei nada com ninguém, isso deve ser analisado a partir do mês que vem”.

 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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