Política

CAMPANHA

Aliados em 2018, DEM e PSDB defendem interesses próprios

Partidos podem se enfrentar nas urnas para conseguirem maior parte das prefeituras do Estado

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Unidos em 2018 para a reeleição do tucano Reinaldo Azambuja, o PSDB e o DEM estão buscando defender seus próprios interesses para o pleito de outubro. Ao contrário das eleições gerais onde os partidos formaram a chapa executiva com Azambuja para governador e Murilo Zauith (DEM) como vice, o mesmo não deve acontecer  no pleito municipal das principais cidades de Mato Grosso do Sul este ano.  

Em Dourados as agremiações devem ser enfrentar, os deputados estaduais Marçal Filho (PSDB) e José Carlos Barbosa (DEM) - o Barbosinha -, querem o Executivo municipal e caso não tenha um acordo a disputa vai para as urnas. E segundo o vice-governador e secretário de Infraestrutura, Murilo Zauith, onde não tiver consenso para unir as agremiações eles podem concorrer separados.  

A situação entre as siglas não deve atrapalhar o que está sendo feito no Governo do Estado, segundo Murilo reuniões com Azambuja estão sendo feitas semanalmente para alinhar o máximo possível as agremiações.  

O vice-governador e uma das lideranças dos democratas destacou que em Campo Grande o partido não deve abrir mão de disputar a prefeitura, mesmo com o PSDB tendo um acordo com para a reeleição de Marcos Trad (PSDB). “Combinei de conversar semanalmente com o Reinaldo para alinhar o máximo possível. A situação em Campo Grande é atípica, o governador já tem um compromisso e vai manter esse compromisso. Vamos construir uma candidatura para a Capital. O partido precisa ter protagonismo aqui”, ressaltou lembrando do acordo de Azambuja em apoiar a reeleição de Marcos Trad em contribuição do prefeito ter feito o mesmo na disputa de 2018.

Durante agenda em Campo  Grande o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou que deve começar a cuidar do partido na Capital. “O que eu vejo: Dourados já tinha feito uma discussão a mais tempo, tinha uma pré-candidatura do Barbosinha, então já está mais solucionado a maneira como vão trabalhar. E aqui em Campo Grande, com toda sobrecarga de ministério e de tudo, eu vou iniciar agora, me foi solicitado pelo partido iniciar a organização em Campo Grande a partir de hoje”.  

Questionado se pode ser o nome da agremiação para disputar a prefeitura, o ministro disse que ainda não está definido e “todas as possibilidades são possíveis”.  

Barbosinha afirma que a orientação do DEM é que tenha candidatos na maior parte dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, mas não descarta a possibilidade de compor nas chapas majoritárias.

“A ideia é concorrer no maior número de municípios, a determinação é colocar candidato na maioria dos municípios, mas em alguns lugares vamos compor”, disse o deputado lembrando que as coligações nas chapa proporcionais estão proibidas. “Estamos conversando, dialogando com os partidos. Temos 14 prefeitos filiados, alguns já reeleitos e outros que podem disputar a eleição”, lembrou Barbosinha sem citar as cidades que são administradas pelos Democratas.  

Em 2017, conforme lista divulgada pela Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul-Geral (Assomasul), apenas as cidades de Alcinópolis, Bandeirantes e Naviraí eram comandadas pelo partido.  

Com a eleição de 2018 a agremiação ganhou força e destaque nacional com três ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania), Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde), sendo os dois últimos de Mato Grosso do Sul. Em Brasília o partido ainda comanda as duas casas legislativas, sendo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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