Política

ELEIÇÕES 2018

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Alckmin divulga programa de governo enxuto e genérico de 15 páginas

Alckmin divulga programa de governo enxuto e genérico de 15 páginas

FOLHAPRESS

10/08/2018 - 20h30
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Candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin divulgou em sua página na internet nesta semana um plano de governo enxuto e genérico. São apenas 15 páginas, mas apenas seis delas trazem 43 propostas sem muitos detalhes.

Em 2006, quando disputou o Palácio do Planalto pela última vez, seu plano de governo era mais de 11 vezes maior, com 170 páginas.

A assessoria de imprensa do PSDB informou que nesta semana foi entregue apenas um documento resumido em função do registro da candidatura. De acordo com a campanha do tucano, o programa detalhado será apresentado na próxima semana.

Na versão atual, com fotos de Alckmin sorrindo na capa e na terceira página, a equipe do tucano divide as propostas em três eixos sob o título Diretrizes Gerais - Julho de 2018: o Brasil da indignação; o Brasil da solidariedade; e o Brasil da esperança.

Na primeira seção, o tucano propõe coisas como "tolerância zero com a corrupção", promover a reforma política e reduzir o número de ministérios, sem detalhar quantos.

Em entrevista ao programa Mariana Godoy Entrevista, da RedeTV, em 20 de julho, ele foi mais detalhista e afirmou que cortaria 10 ministérios.

O presidenciável oficializa no documento a promessa de eliminar o déficit  público em dois anos -embora, em algumas entrevistas tenha defendido atingir esta meta em menos tempo.

Também registra a proposta de unificar cinco impostos no IVA (imposto sobre valor agregado), se compromete a criar  um sistema único de aposentadoria, igualando direitos e abolindo privilégios, e a garantir a segurança jurídica por meio da desburocratização de processos, simplificação de regras e despolitização de agências reguladoras.

Sobre privatização, o candidato diz que fará isso "de maneira criteriosa", mas também não entra em detalhes. Em palestra a empresários da construção civil no dia 6 de agosto, ele disse que não privatizaria Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e a prospecção de petróleo em águas profundas.

Na área de segurança, diz que vai reduzir o número de homicídios, engajando estados e municípios para baixar a taxa de assassinatos para ao menos 20/100 mil habitantes. Em 2016, o país registrou taxa de 30,3 mortes intencionais por cada 100 mil habitantes.

Ele também promete integrar inteligência de todas as polícias para combater o crime organizado e o tráfico de armas e drogas e criar a Guarda Nacional como polícia militar federal para atuar em todo território brasileiro.

Alckmin também diz que vai apoiar, se eleito, a revisão da lei de execuções penais para dificultar a progressão de penas para quem cometer crimes violentos e com envolvimento com o crime organizado.

No eixo social, promete "incrementar" o Bolsa Família, "aumentando os benefícios para os mais necessitados".

O tucano diz que vai garantir que todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas até 2027.

Ele afirma também que vai estabelecer um pacto nacional para a redução de violência contra idosos, mulheres e LGBTI e incentivar a criação de redes não-governamentais de apoio ao atendimento de vítimas de violência racial e contra tráfico sexual e de crianças.

Na terceira e última seção, Alckmin diz que priorizará políticas que permitam ao Norte e Nordeste "desenvolver plenamente as suas potencialidades em áreas como energias renováveis, turismo, indústria, agricultura e economia criativa".

O tucano afirma que abrirá a economia para fazer com que o comércio exterior represente 50% do PIB e diz que vai priorizar investimentos em infraestrutura e PPPs (parcerias público-privadas).

Ao agronegócio, sinaliza com a transformação do Plano Safra em um plano plurianual que daria previsibilidade às regras da política agrícola, pela garantia da paz e da segurança jurídica no campo e pela consolidação dos programas de seguro agrícola e rural.

Temas recorrentes em discursos e entrevistas ficaram de fora desta primeira versão do plano de governo como dobrar a renda do brasileiro, trazer mais bancos para quebrar o monopólio existente, criar empresa para concluir obras paradas com participação da iniciativa privada, usar a TLP para corrigir o FGTS e destinar os recursos do fundo exclusivamente para moradia, infraestrutura, saneamento e mobilidade, devolver R$ 3 bilhões de Pasep e Cofins pagos pelas empresas de saneamento.

Também ficaram de fora os compromissos de tributar dividendos, reduzir o número de senadores de 81 para 54 e o de deputados de 513 para 293, a correção da tabela do SUS, a cobrança de R$ 2 bilhões das seguradoras de saúde e a reabertura de 23 mil leitos fechados por falta de recursos.

CHIQUINHO-BRAZÃO

Processo de cassação de Chiquinho Brazão será instaurado na Câmara em abril

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários acordaram que não vai haver sessões na próxima semana

27/03/2024 15h00

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O pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) apresentado pela bancada do PSOL já está no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, segundo o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA).

O deputado diz que o processo chegou no colegiado nesta quarta-feira (27) e que a ideia é que ele possa começar a ser analisado na segunda semana de abril, quando haverá novas sessões na Câmara.

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários acordaram que não vai haver sessões na próxima semana, por causa do prazo final da janela partidária (quando os vereadores que querem concorrer às eleições de 2024 podem trocar de partido).

"Como a semana que vem está prejudicada pelo prazo das filiações partidárias, os membros do conselho não estarão em Brasília. Então a reunião será feita na semana seguinte. Para instaurar o processo e o sorteio do relator", diz Lomanto Júnior.

Ele afirma que a matéria seguirá o trâmite normal, como todas as outras representações que são analisadas pelo colegiado. "Mas, obviamente, por envolver prisão de parlamentar tem que ter uma atenção maior", diz.

Brazão foi preso na manhã de domingo (24) sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). À noite, a executiva nacional da União Brasil determinou a expulsão do parlamentar do partido com o cancelamento de filiação partidária, numa decisão unânime entre os presentes.
A bancada do PSOL na Câmara protocolou a representação por quebra de decoro parlamentar na segunda (25).

"O autor intelectual da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes não pode estar como representante da Câmara dos Deputados. Sua cassação é urgente e sua presença, uma vergonha para a Casa", diz o documento.

Os parlamentares afirmam também que Brazão "desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogativas asseguradas para cometer as ilegalidades e irregularidades" expostas na representação.

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ELEIÇÕES 2024

PSD convida o vice-governador para se filiar e disputar prefeitura de Dourados

O senador Nelsinho Trad, presidente estadual do partido, confirmou as negociações com Barbosinha para a filiação

27/03/2024 08h00

O vice-governador Barbosinha, durante evento político no interior do Estado com o senador Nelsinho Trad Reprodução

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O vice-governador José Carlos Barbosa, mais conhecido como “Barbosinha”, deve trocar o PP pelo PSD para concorrer à prefeitura de Dourados nas eleições do próximo dia 6 de outubro.

A informação foi confirmada pelo senador Nelsinho Trad, presidente estadual do PSD, ao Correio do Estado, explicando que as negociações do partido com o vice-governador já estão bem adiantadas e podem ser concretizadas nos próximos dias.

“Sim, existe essa tratativa, que foi iniciada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, mas, ainda não se concretizou, só se concretiza depois que o Barbosinha assinar a ficha de filiação ao PSD”, pontuou, explicando que o governador Eduardo Riedel (PSDB) está ciente do convite feito ao vice-governador.

O senador completou para o Correio do Estado que Barbosinha é um quadro importante para o PSD e para qualquer outro partido do Estado, pois se trata do vice-governador.

“Por onde ele passou sempre se destacou e fez um bom mandato, então, nada mais natural que o PSD fosse buscar a sua filiação”, ressaltou, completando que já comunicou sobre o convite o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. 

“Não tem como em uma situação dessa o presidente Kassab não estar participando das tratativas e de forma ativa no processo. Temos até o dia 6 de abril para fazer essa troca partidária e, até lá, vamos ter de aguardar a resposta do Barbosinha”, adiantou.

"Existe essa tratativa, que foi iniciada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, mas, ainda não se concretizou, só se concretiza depois que o Barbosinha assinar a ficha de filiação ao PSD”, Nelsinho Trad explicando o convite ao vice-governador para se filiar ao partido

Nelsinho acrescentou que a confirmação do convite ao vice-governador aconteceu em uma agenda política no município de Deodápolis (MS) no início deste mês. 

O presidente estadual do PSD pontuou que a vinda de Barbosinha não é apenas para disputar a prefeitura de Dourados, mas também para ajudar na reestruturação da legenda, que perdeu e está perdendo nomes importantes nos últimos dias.

PRÉ-CANDIDATURA

No início do mês deste mês, em entrevista ao programa “A Hora da Verdade”, da Rádio Grande FM, o vice-governador já tinha confirmado que seria pré-candidato a prefeito de Dourados nas eleições municipais deste ano e inclusive informou sua pretensão ao governador Eduardo Riedel.

Ele explicou que não tinha confirmado antes a sua pré-candidatura porque como vice-governador não poderia deixar questões políticas locais sobreporem o desenvolvimento de Dourados e os vínculos do município com o governo do Estado.

“Eu entendia que, me posicionando politicamente de forma antecipada, poderia colocar o assunto político acima do desenvolvimento de Dourados. Por essa razão e para, sob nenhum aspecto de eventual discordância política local, prejudicar o relacionamento do município de Dourados com o governo do Estado, não falava da minha intenção de sair candidato”, disse.

No entanto, ressaltou o vice-governador, chegou o momento de falar que o seu nome está à disposição para participar do processo eleitoral municipal.

“Porém, agora, a população de Dourados terá de se manifestar sobre isso porque eu não posso ser candidato de mim mesmo. Eu não posso postular essa condição só por minha vontade, é preciso que a população seja consultada”, argumentou.

Barbosinha lembrou que na eleição passada, quando disputou o cargo de prefeito, era considerado o velho e o atual prefeito Alan Guedes (PP) “era o novo, o douradense de nascimento e criou-se essa grande expectativa em torno dele”. 

“Penso que, quem se dispõe a ocupar um cargo Executivo, precisa ter histórico de vida, ter um legado de prefeito aos 23 anos de idade, de advogado, de professor universitário, de cidadão sul-mato-grossense de coração, mas goiano de nascimento e que escolheu Dourados para poder viver”, pontuou, referindo-se ao próprio currículo.

Ele completou também a experiência como presidente da Sanesul, quanto teria pegado a estatal quebrada e a transformou em uma das maiores companhias de saneamento do Brasil, bem como da modernização da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sob a sua gestão e dos dois mandatos como deputado estadual. 

“Coloquei tudo isso à disposição de Dourado na eleição passada, mas o eleitor optou por outro caminho e, com o respeito que tenho ao eleitor, quando proclamaram o resultado, eu parabenizei o prefeito eleito, desejei que Deus o abençoasse e cuidasse do seu mandato, além de agradecer aos votos que recebi e penso que é assim que todo político tem de se comportar. Agora, mais uma vez estou colocando o meu nome à disposição para que o eleitor de Dourados diga se deseja me manter como vice-governador lá em Campo Grande ao lado do governador Riedel, ou se quer essa experiência na administração da cidade”, reforçou.

Barbosinha também fez questão de dizer que não é candidato por vingança ao resultado da última eleição.

“Minha candidatura é porque acredito que a população deseja mudança e quero apresentar projetos qualificados para poder promover essas mudanças que Dourados precisa. Há muito tempo o município precisa de um choque de gestão”, garantiu.

O vice-governador revelou que conversou com o governador Eduardo Riedel e ele teria respeitado a decisão de colocar o seu nome para disputar a prefeitura de Dourados. 

“Agora, eu sei que isso depende da resposta que a população vai dar nas pesquisas e nos indicadores eleitorais porque a população pode entender que o Barbosinha tem de continuar em Campo Grande como vice-governador. Ou que o Barbosinha tem de disputar as eleições para que possa, na eventualidade, colocar toda essa experiência a serviço do município”, assegurou.

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