O advogado Renê Siufi, contratado para defender o ex-governador, André Puccinelli (PMDB), declarou que ainda não tem informações sobre a ordem de prisão preventiva cumprida no início desta terça-feira (14), durante a quinta fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Papiros de Lama.
"Essa é a terceira vez que eles estão aqui, porém, levaram apenas alguns papéis. Estou indo até a Polícia Federal para me inteirar do que aconteceu e então, entrar com pedido de habeas corpus", argumentou o advogado.
Parte da ação policial foi realizada no condomínio onde vive o ex-governador, no Jardim dos Estados, a fim de cumprir o mandado da Justiça.
A última fase da operação aconteceu em maio deste ano, quando Puccinelli foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande, e, depois para Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen). Na ocasião, o líder do PMDB regional teve que colocar tornozeleira eletrônica.
INVESTIGAÇÕES
De acordo com a Polícia Federal, as investigações da Lama Asfáltica começaram em 2013 e apontaram existência de esquema de superfaturamento de obras “mediante prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos”.
As ações tiveram início a partir de três obras: Aterro sanitário de Campo Grande – vencido pela Solurb e a pavimentação da rodovia MS-430 (inaugurada ano passado, ela liga Rio Negro a São Gabriel do Oeste) e Avenida Lúdio Coelho, na Capital.
Esta nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, confrontados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas e, ainda, corroborados por depoimentos de colaboradores, os quais participaram do esquema delituoso. As provas colhidas permitiram ratificar a linha investigativa adotada pela força-tarefa acerca do modo de atuação dos envolvidos.