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Quarto motorista de APP é morto em 15 dias

Quarto motorista de APP é morto em 15 dias

ESTADÃO CONTEÚDO

29/09/2019 - 21h00
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Um motorista de aplicativo foi assassinado em Suzano, na Grande São Paulo, na madrugada de domingo, dia 29. Esse é o quarto caso de morte envolvendo motoristas de aplicativo em menos de 15 dias.

O motorista Osmar de Souza Prado, de 36 anos, foi morto em uma tentativa de roubo por volta das 3h da manhã, na Avenida Governador Mario Covas, na cidade de Suzano, na região metropolitana de São Paulo.

As duas passageiras, de 40 e 66 anos, que ocupavam o Fiat/Palio da vítima contaram que um veículo GM/Monza se aproximou e fechou a passagem de Osmar, obrigando a vítima a parar o carro, momento em que um homem teria saído do veículo.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o acusado apontou uma arma de fogo em direção ao motorista, que acelerou na tentativa de fugir, mas acabou sendo atingido por um disparo. Os suspeitos fugiram em seguida sem levar nada. Não foi localizada qualquer cápsula de projétil no local.

Uma equipe da PM foi acionada e compareceu ao local, assim como o Setor de Homicídios da Seccional de Mogi das Cruzes. A área foi periciada e os dois celulares da vítima apreendidos. O caso foi registrado na Delegacia de Suzano.

Outros casos

Elvis Souza Leite, de 41 anos, foi enforcado com um cinto de segurança na noite do último dia 18, em Itaquaquecetuba. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, policiais militares faziam patrulhamento no Jardim do Carmo, quando desconfiaram de dois homens parados ao lado de um carro na Rua Valparaíso. Ao notarem a aproximação da viatura, ambos fugiram.

Já no dia 15 de setembro, dois motoristas de aplicativo foram mortos.

Na Pedreira, zona sul da capital, Marco Aurélio Roncoli Filho, de 30 anos, foi assassinado durante uma tentativa de assalto por dois homens em uma motocicleta. A vítima foi alvejada na cabeça. Segundo a SSP, ao chegar ao local do crime, a PM encontrou um Chevrolet Onix preto que havia colidido entre um muro e um poste de iluminação. O condutor estava com ferimentos na cabeça. O Samu foi acionado e levou a vítima até o Hospital do Campo Limpo, também na zona sul, onde morreu.

Em outro caso, no mesmo dia, a motorista Adriana Márcia de Almeida, de 46 anos, foi morta quando buscava duas passageiras que saíam de um baile funk, em Diadema, no ABC paulista. O crime aconteceu por volta das 23 horas, na Avenida Fundibem, no Jardim Casa Grande. Adriana tentou acelerar o carro para fugir da abordagem criminosa, mas foi atingida com um tiro no pescoço.

RONNIE-LESSA

Justiça nega novo pedido para transferência de Ronnie Lessa ao RJ

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande

12/04/2024 15h00

Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos contra Marielle Foto: Reprodução

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A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da defesa de Ronnie Lessa para que ele deixasse a Penitenciária Federal de Campo Grande e fosse transferido para um presídio da PM no Rio de Janeiro.

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande. A informação foi confirmada ao UOL pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.


Defesa é procurada. O UOL tenta contatar o novo advogado de Ronnie Lessa, que assumiu o caso desde que ele assinou acordo de delação e foi abandonado pela defesa anterior. O espaço segue aberto para manifestação.

PRESO EM CAMPO GRANDE DESDE 2020

Ronnie Lessa está preso em Campo Grande desde 2020. O ex-policial foi transferido para o Mato Grosso do Sul após ficar 1 ano e 8 meses no presídio de Porto Velho.

Delação feita pelo ex-PM à PF colocou os Chiquinho e Domingos Brazão na prisão. Além dos irmãos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foi preso em 24 de março e levado para a Papuda.

Lessa disse que os irmãos garantiram lotes em uma zona de tráfico e milícia como pagamento pelo crime. Na ocasião, ele também citou Chiquinho como mentor do assassinato.

Irmãos Brazão negam envolvimento com a morte de Marielle. O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, disse que tem "certeza que ele é inocente". "Ele não tem ligação com a Marielle, não a conhecia". Já Chiquinho disse que foi "surpreendido" com a prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal.

A investigação do caso já foi comandada por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso logo nos primeiro meses do governo Lula (PT).

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Depoimento

Esposa e melhor amigo relembram últimos momentos com entregador atropelado por Porsche

Família busca por justiça após trágico acidente que matou Hudson Ferreira de 39 anos; o autor, um empresário de Campo Grande fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia somente depois de 15 dias

11/04/2024 18h33

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302. Divulgação/Correio do Estado/Gerson Oliveira

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No desdobramento do trágico incidente que culminou na morte do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, na noite de 22 de março, esposa e amigo próximo compartilham os últimos instantes vividos com a vítima.

O fatídico acidente ocorreu na Rua Antônio Maria Coelho, quando Hudson foi brutalmente atingido por um Porsche Cayenne, conduzido pelo empresário, Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 34 anos, que em seguida fugiu do local. Hudson veio a falecer dois dias após o incidente, na Santa Casa da Capital, devido à gravidade de seus ferimentos.

Segundo relatos, Hudson enviou um áudio desesperador à esposa, Kelly Ferreira, pedindo-lhe que fosse até o local do acidente.

"Vem aqui. Vem ligeiro, vida. Acabou com a minha perna, acabou", disse ele.

Kelly, ao responder ao chamado, assegurou que estava a caminho para socorrê-lo e comunicou que outra pessoa também estava se dirigindo ao local para prestar auxílio.

Em seu depoimento, Kelly Ferreira, de 39 anos, atendente no Restaurante Kobe, situado na Artur Jorge, relatou que Hudson, seu esposo, também trabalhava no mesmo estabelecimento, como entregador. Ela descreveu o momento em que recebeu a ligação de Hudson, por volta das 20h08min, informando sobre o acidente e a localização.

"Já estava presente no local uma Unidade do Corpo de Bombeiros prestando o atendimento a Hudson, que apresentava ferimento (fratura e esmagamento) da perna e pé direito", detalhou Kelly em seu depoimento à DEPAC/CEPOL.

Por sua vez, Marcos Ewerton Paulo de Campos, de 35 anos, também entregador e amigo de infância de Hudson, reiterou a proximidade entre eles, inclusive no ambiente profissional, onde ambos trabalhavam como motoentregadores.

Ele descreveu o momento em que encontrou a vítima caída na rua, com graves ferimentos, e ficou ao seu lado tentando acalmá-lo até o encaminhamento de Hudson para o hospital.

“Ele estava assustado com o ferimento e contou que o motorista fugiu do local em alta velocidade. Fiquei com ele e falei pra olhar pra cima, para não ficar olhando a perna. O Corpo de Bombeiros chegou e eu me ofereci para levar a moto dele para casa”, relembra o amigo de Hudson.

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme solicitação da família da vítima.

Enquanto Arthur Torres Rodrigues Navarro se apresentou à polícia após duas semanas do ocorrido, a família clama por justiça e questiona a impunidade diante de casos de irresponsabilidade ao volante, que ceifam vidas e deixam marcas irreversiveis nos que ficam.

“Se o motorista tivesse parado, prestado socorro. Esses minutos foram o diferencial entre a vida e a morte do Hudson”, analisa a advogada da família de Hudson, Janice Andrade.


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