Polícia

FERIADO NA QUARENTENA

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Polícia Militar inicia Operação Semana Santa neste ano com foco na prevenção ao coronavírus

Pesca e tráfico também serão fiscalizados como de costume

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Batalhões das Polícias Militar Rodoviária Estadual (BPMRv) e Ambiental (PMA) iniciaram a Operação Semana Santa com a intensificação das ações nas rodovias estaduais e rios de Mato Grosso do Sul e neste ano, as ações de conscientização ao combate a disseminação do coronavírus também estão previstas, além dos trabalhos de rotina como tráfico de drogas e descaminho.

Desde terça-feira (7) a PMA aumentou as fiscalizações após perceber o aumento de pescadores que têm procurado ranchos ou propriedades rurais próximos aos rios para se refugiarem durante o período de quarentena em razão da Covid-19. 

No total, 310 policiais estarão mobilizados para a ação que termina às 8 horas do próximo dia 13. Apesar do foco ser a fiscalização da pesca, os policiais estão atentos também a crimes como desmatamento ilegal, exploração ilegal de madeira, bem como a caça ilegal e contra a fauna e flora. 

Já a Polícia Rodoviária começou nesta quarta-feira (8) e reforçou a fiscalização nos mais de 15 mil quilômetros de rodovias estaduais. Por conta das medidas de isolamento social decretado pelo Governo do Estado e também por diversos municípios, a expectativa é que o fluxo de veículos de passeio reduza nos horários comerciais. 

A diminuição no tráfego de veículos ocorre de forma mais intensa no período noturno e nos finais de semana e este fenômeno também já foi sentido nas rodovias de acesso às cidades turísticas do Estado, com Bonito e Corumbá.

Justiça

Ex-militar da Aeronáutica que tirou a vida da esposa é condenado a mais de 24 anos de prisão

O júri ocorreu na tarde desta quarta-feira (27) e pelo crime de feminicídio, entre outras atenuantes, Tamerson irá ficar preso por 24 anos e 8 meses

27/03/2024 18h30

Tamerson foi condenado por feminicídio, ocultação do cadáver e por ter cometido o crime na frente do filha do casal Reprodução Redes Sociais

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O ex-militar da Aeronáutica, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 33 anos, foi condenado, na tarde desta quarta-feira (27), a 24 anos e 8 meses de prisão.

Também terá de pagar a multa de 40 dias no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário-mínimo vigente à época dos fatos. 

O Conselho de Sentença, por maioria de votos revelados, condenou o acusado pelo feminicídio da esposa, Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, com as qualificadoras de asfixia e motivo torpe, com atenuante do crime ter sido cometido na presença de uma criança e a ocultação do cadáver. A sentença foi determinada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª vara do tribunal do júri.

Feminicídio

Tamerson já havia passado por júri popular em novembro de 2022, tendo sido condenado a 23 anos e quatro meses de prisão. A época, o Ministério Público Estadual entrou com recurso de apelação, pedindo a anulação do júri por decisão contrária à prova dos autos. Isto porque os jurados afastaram a qualificadora de feminicídio.

"Contrariando todo o contexto probatório do feito, que comprovou a existência de relacionamento afetivo entre as partes, o cometimento do crime no âmbito doméstico e a relação fática-causal do delito com assuntos ligados à vida conjugal, em clara hipótese de violência doméstica e familiar contra a mulher, envolvendo situação de menosprezo e discriminação à ofendida, elementos aptos a consubstanciar a qualificadora objetiva relacionada às “razões do sexo feminino”.

 

O caso


Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, 22 anos, foi encontrada morta com o pescoço quebrado e uma lesão no braço no dia 6 de fevereiro de 2022.

O marido da vítima, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, 31 anos, então 2º sargento da Aeronáutica, foi preso pelo feminicídio.

Na época, a Polícia Civil informou esclareceu que, após o corpo ser encontrado, equipe foi até a residência da vítima e encontrou o militar e a filha da vítima. Questionado, o suspeito disse que a mulher teria ido embora para outro estado.

Já a criança disse que o pai havia informado a ele que a mãe passou mal e morreu no hospital.

Eles foram encaminhados à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), com o militar sempre mantendo a versão de que a mulher se mudou de estado e ele não sabia o que tinha acontecido. Depois, ele mudou a versão e confessou que matou a mulher.

Segundo versão dele à polícia, no dia do crime a mulher havia saído com amigos e ele ficou sozinho cuidando da filha;

Ainda conforme a versão do suspeito, a mulher voltou alcoolizada e o agrediu. Para se defender, ele alega que deu um golpe de mata leão e a matou sem intenção.

O corpo foi escondido no porta-malas do carro do militar, que levou a criança para a escola com o corpo da vítima no carro e, em seguida, desovou na rodovia. A vítima estava com o braço fraturado e o corpo enrolado em um lençol.

Para tentar encobrir o crime, o homem pegou o celular da mulher e mandou mensagens para amigos dela, com um texto simulando que ela tivesse ido embora e deixado a filha.

Na sequência, ele resetou o aparelho e colocou à venda no Facebook.

Testemunhas disseram à polícia que brigas do casal eram constantes.

Em julho de 2022, ele foi excluído da Aeronáutica, após processo administrativo interno.

** Colaborou Glaucea Vaccari

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Operação Murder

Irmãos Brazão prometeram loteamento e comando de milícia para assassino de Marielle, diz PF

Ainda de acordo com o delator, a implementação da infraestrutura e urbanização da área seria Major Ronald, empreiteiro de construções irregulares em áreas de milícia

24/03/2024 20h00

Os detalhes constam do relatório da Polícia Federal que resultou na prisão dos irmãos Brazão neste domingo, 24. Divulgação/ Polícia Federal

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A contrapartida para a proposta dos irmãos Brazão, de matar a vereadora Marielle Franco 'em pleno exercício de seu mandato' era um loteamento nas imediações da Rua Comandante Luís Souto, Tanque, Rio de Janeiro. A promessa de recompensa pelo homicídio foi detalhada pelo ex-PM Ronnie Lessa, que ainda apontou à Polícia Federal o 'maior atrativo da iniciativa': 'a exploração dos serviços típicos de milícia decorrentes da ocupação dos loteamentos, como exploração de "gatonet", gás, transporte alternativo'. Segundo os investigadores,

Os detalhes constam do relatório da Polícia Federal que resultou na prisão dos irmãos Brazão neste domingo, 24, assim como a detenção do ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Segundo a corporação, a 'torpeza' das condutas dos executores de Marielle e Anderson está diretamente ligada à promessa de recompensa: 'a implementação e o comando de um grupo paramilitar em uma grande extensão de terras vinculada à família Brazão'.

"Ronnie Lessa narrou que receberia, juntamente com Macalé, uma grande extensão de terras que os Irmãos Brazão estavam planejando invadir para promover o parcelamento do solo para posterior revenda dos lotes. Ressaltou que, pelas dimensões das terras, se tratava de uma empreitada milionária. Contudo, asseverou que o maior atrativo da iniciativa residia na exploração dos serviços típicos de milícia decorrentes da ocupação dos loteamentos, como exploração de "gatonet", gás, transporte alternativo, dentre outros, pelos quais o colaborador e seu comparsa seriam os responsáveis", anotou a PF ao pedir a abertura da Operação Murder Inc.

Ainda de acordo com o delator, a implementação da infraestrutura e urbanização da área seria Major Ronald, empreiteiro de construções irregulares em áreas de milícia, notadamente Rio das Pedras.

Segundo a PF, Lessa queria 'uma área para chamar de sua e explorá-la economicamente sem ter que abaixar a cabeça para outras lideranças. Apesar de atuar em atividades de milícia há pelo menos dez anos, o delator 'não tinha um reduto onde pudesse dar as cartas'.

"A promessa de recompensa materializada pelos Irmãos Brazão era a oportunidade que ele precisava para colocar isso em prática. Ademais, essa sanha para ser alçado ao patamar do Capitão Adriano se alastrou para a tentativa de tentar se consolidar no cenário da contravenção carioca, oportunidade na qual se reaproximou de Rogério de Andrade, notório contraventor da Zona Oeste do Rio"

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