Polícia

GRUPO DE EXTERMÍNIO

Jamil Name Filho pode ter cometido crimes também no Uruguai

Em diálogo interceptado, funcionário da família fala em prática de fato grave no país

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A conversão da prisão temporária em prisão preventiva de policiais, guardas municipais e funcionário que davam suporte à família de Jamil Name e Jamil Name Filho está apontando para mais um item de desdobramento das investigações em torno da organização criminosa ligada à prática de crimes de pistolagem e outros delitos: Jamil Name Filho pode ter cometido crimes também no Uruguai.

No relatório para o decreto das prisões de oito supostos envolvidos com o esquema, o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Criminal de Campo Grande, cita Luís Fernando Fonseca, apontado pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na Operação Omertà, como integrante do núcleo de gerência da organização criminosa. 

Para os investigadores, Luís Fernando era visto como pessoa de confiança da família de Jamil Name Filho, para quem trabalha há mais de 35 anos, e figura como interlocutor em vários diálogos captados em gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça, com o próprio Jamil Name, agindo, muitas vezes, como porta-voz deste.

Ainda de acordo com as justificativas para a decretação das prisões preventivas, “em algumas das conversas interceptadas, o representado Luís Fernando da Fonseca demonstra conhecer a fundo os negócios da família, inclusive os ilícitos praticados, tanto que em uma delas afirma categoricamente que as armas apreendidas em 19 de maio de 2019 pertenciam ao líder da organização criminosa, Jamil Name Filho”.

URUGUAI

Ainda segundo as informações, em diálogo interceptado com autorização judicial e datado de 25 de junho de 2019, Fernando teria afirmado a respeito de Jamil Name Filho que “tem muita coisa, não é pouca coisa não. Se explodir mais coisa, Deus me livre, nossa”, o que complicaria, na avaliação policial, a situação da família Name pelo envolvimento em homicídios ocorridos na Capital.

Fernando também teria sido identificado em outra conversa telefônica interceptada, em que falou sobre Jamil Name Filho nos seguintes termos: “Rapaz, se eu te contar o que ele fez no Uruguai”, demonstrando, na análise, ter conhecimento de algum fato grave.

Em outro período de interceptação, os investigadores teriam detectado conversa de Fernando com um homem conhecido como Cezinha, no dia 23 de setembro, em que novamente fala sobre algum ato ilegal cometido por Jamil Name Filho no Uruguai. 

As citações serão objeto de investigações complementares. Informações dão conta de que Jamil Name Filho fazia viagens ao Uruguai, ligadas ao comércio de cavalos de raça.

PRISÕES

O juiz Marcelo Ivo atendeu a requerimento do Gaeco e transformou em prisões preventivas as temporárias anteriormente decretadas contra Elvis Elir Camargo Lima, Eronaldo Vieira da Silva, Euzébio de Jesus Araújo, Everaldo Monteiro de Assis, Frederico Maldonado Arruda, Igor Cunha de Souza, Luís Fernando da Fonseca e Rafael Carmo Peixoto Ribeiro.

Por outro lado, a 9ª Região Militar solicitou ao juiz Marcelo Ivo uma cópia do material em que figura o soldado reformado do Exército Andrison Correia, apontado como corréu em uma das ações criminosas. O material será usado para instruir procedimento administrativo (Conselho de Disciplina) contra ele, que já foi denunciado em dois processos, por crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça. Em outra acusação, é citado por organização criminosa armada, milícia armada, corrupção de agentes públicos e extorsão.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

Operação Fake Bill

Polícias de MS e BA esclarecem "golpe do falso boleto" e desmantelam fraude eletrônica

Vítima de boleto bancário falsificado em janeiro de 2025, em MS, deu início as investigações

02/12/2025 10h45

Policiais do Garras em Salvador (BA)

Policiais do Garras em Salvador (BA) DIVULGAÇÃO/PCMS

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Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (GARRAS) – Polícia Civil de Mato Grosso do Sul – e o Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC) – Polícia Civil da Bahia – cumpriram três mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão domiciliar, na manhã desta terça-feira (2), em Salvador (BA).

A.F.S, de 33 anos; T.N.B., de 28 anos e L.V.B.A., de 25 anos estão custodiados, em prisão temporária, na Capital Baiana, onde ficarão à disposição das investigações.

Eles respondem pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de capitais. Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos celulares, computadores, notebooks, todos compatíveis na prática dos crimes investigados. A ação é chamada de Operação Fake Bill.

Conforme apurado pela reportagem, uma pessoa foi vítima de um boleto bancário falsificado, em janeiro de 2025, em Mato Grosso do Sul, com prejuízo financeiro gigantesco. Na época, o caso repercutiu na mídia sul-mato-grossense como "golpe do falso boleto".

A partir disso, o GARRAS iniciou a apuração e identificou uma associação criminosa, sediada na Bahia, responsável pela prática de inúmeras fraudes envolvendo boletos bancários falsos encaminhados por meios virtuais.

Durante as investigações, foi possível verificar que o grupo criminoso tinha seu núcleo principal na Bahia, apesar de praticar os delitos em diversos estados do Brasil.

De acordo com a Polícia Civil de MS, a associação criminosa se valia de vasta gama de informações de terceiros, necessária para a prática das fraudes, bem como realizava a conversão dos valores obtidos com os ilícitos em criptomoedas, com o intuito de dificultar sua recuperação e dificultar as investigações.

FRAUDE ELETRÔNICA

Fraude eletrônica é uma atividade criminosa que utiliza tecnologias digitais para obter benefícios financeiros de forma ilícita.

Essa prática envolve o uso de informações falsas, manipulação e engano para lesar indivíduos ou instituições.

pode ocorrer em diversas formas, como phishing, golpes de cartão de crédito, e outras atividades maliciosas no ambiente digital.

O objetivo principal dos fraudadores é obter ganhos financeiros de maneira fraudulenta, explorando vulnerabilidades nos sistemas de segurança e confiança dos usuários.

 

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