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LABURU

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Homem com passagem por duplo homicídio é detido por receptação; veja vídeo

Suspeito foi encontrado em hotel e polícia desconfiava que ele tivesse engolido droga durante abordagem

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Um homem de 29 anos foi detido por receptação pela polícia na manhã desta sexta-feira (22) e encaminhado para a delegacia. Ele foi encontrado com dois celulares novos, alguns produtos ainda embalados e várias capinhas de aparelhos diferentes em um hotel localizado na região da rodoviária antiga de Campo Grande. O suspeito tem passagem por duplo homicídio em Rio Brilhante e passou 10 anos preso.

De acordo com o comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar de Campo Grande, tenente-coronel Claudemir de Melo Domingos Braz, o rapaz foi recentemente liberado da cadeia e a suspeita é de que ele pratique pequenos furtos na região central da Capital.

Além disso, no momento da abordagem feita no quarto onde o rapaz estava há mais de um mês, no Hotel Chaparro´s, há a suspeita de que ele tenha engolido uma porção de entorpecente que estaria em sua posse para que os policiais não encontrassem a droga, já que ele saiu da prisão na condicional e não poderia ser pego com a substância.

“Ele estava trêmulo e com a boca branca, então acreditamos que ele tenha ingerido a droga. Provavelmente, depois da delegacia, ele será encaminhado para atendimento médico”, informou o tenente-coronel, que acrescentou que o rapaz seria membro de uma organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios brasileiros.

A prisão foi feita durante a oitava edição da Operação Laburu, que está sendo feita quase que semanalmente na região central de Campo Grande, com o objetivo de coibir a venda e o uso de drogas no entorno da antiga rodoviária e também na Orla Ferroviária e Orla Morena.

No bojo da ação também foram presos um traficante de 20 anos que tentou escapar da polícia. Segundo os agentes, quando as viaturas chegaram na rodoviária antiga, ele correu pelo lado oposto, mas acabou sendo alcançado já na rua Marechal Rondon e preso. Com ele foram encontrados várias trouxinhas de pasta base de cocaína para venda.

Além dele, Keytiane Anastácio dos Santos, 27 anos, que estava foragida do sistema penal também foi presa, assim como um terceiro rapaz, não identificado, que estava com drogas para consumo. Um quarto rapaz precisou ser contido por um policial armado depois que tentou agredir um comerciante da região que via a movimentação da operação. O rapaz, que estava bastante alterado, perguntava ao senhor “quem era vascilão” e tentou bater no homem, momento em que um policial sacou a arma e revistou o rapaz. Como ele não estava armado e não tinha entorpecentes consigo acabou liberado.

Nas abordagens também foram recolhidos vários alicates e petrechos que a polícia acredita que seriam usados para praticarem pequenos furtos a comércios da região.

Participaram da operação cerca de 60 policiais, alguns à paisana. Conforme o comandante do 1º Batalhão, apesar da maioria dos moradores de rua permanecerem na região, boa parte tem deixado o local. “Quando começamos a operação tinham cerca de 300 usuários, agora encontramos de 80 a 50, então temos tido êxito aos poucos”.

 

VEJA VÍDEO DA OPERAÇÃO:

 

RONNIE-LESSA

Justiça nega novo pedido para transferência de Ronnie Lessa ao RJ

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande

12/04/2024 15h00

Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos contra Marielle Foto: Reprodução

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A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da defesa de Ronnie Lessa para que ele deixasse a Penitenciária Federal de Campo Grande e fosse transferido para um presídio da PM no Rio de Janeiro.

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande. A informação foi confirmada ao UOL pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.


Defesa é procurada. O UOL tenta contatar o novo advogado de Ronnie Lessa, que assumiu o caso desde que ele assinou acordo de delação e foi abandonado pela defesa anterior. O espaço segue aberto para manifestação.

PRESO EM CAMPO GRANDE DESDE 2020

Ronnie Lessa está preso em Campo Grande desde 2020. O ex-policial foi transferido para o Mato Grosso do Sul após ficar 1 ano e 8 meses no presídio de Porto Velho.

Delação feita pelo ex-PM à PF colocou os Chiquinho e Domingos Brazão na prisão. Além dos irmãos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foi preso em 24 de março e levado para a Papuda.

Lessa disse que os irmãos garantiram lotes em uma zona de tráfico e milícia como pagamento pelo crime. Na ocasião, ele também citou Chiquinho como mentor do assassinato.

Irmãos Brazão negam envolvimento com a morte de Marielle. O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, disse que tem "certeza que ele é inocente". "Ele não tem ligação com a Marielle, não a conhecia". Já Chiquinho disse que foi "surpreendido" com a prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal.

A investigação do caso já foi comandada por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso logo nos primeiro meses do governo Lula (PT).

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Depoimento

Esposa e melhor amigo relembram últimos momentos com entregador atropelado por Porsche

Família busca por justiça após trágico acidente que matou Hudson Ferreira de 39 anos; o autor, um empresário de Campo Grande fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia somente depois de 15 dias

11/04/2024 18h33

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302. Divulgação/Correio do Estado/Gerson Oliveira

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No desdobramento do trágico incidente que culminou na morte do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, na noite de 22 de março, esposa e amigo próximo compartilham os últimos instantes vividos com a vítima.

O fatídico acidente ocorreu na Rua Antônio Maria Coelho, quando Hudson foi brutalmente atingido por um Porsche Cayenne, conduzido pelo empresário, Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 34 anos, que em seguida fugiu do local. Hudson veio a falecer dois dias após o incidente, na Santa Casa da Capital, devido à gravidade de seus ferimentos.

Segundo relatos, Hudson enviou um áudio desesperador à esposa, Kelly Ferreira, pedindo-lhe que fosse até o local do acidente.

"Vem aqui. Vem ligeiro, vida. Acabou com a minha perna, acabou", disse ele.

Kelly, ao responder ao chamado, assegurou que estava a caminho para socorrê-lo e comunicou que outra pessoa também estava se dirigindo ao local para prestar auxílio.

Em seu depoimento, Kelly Ferreira, de 39 anos, atendente no Restaurante Kobe, situado na Artur Jorge, relatou que Hudson, seu esposo, também trabalhava no mesmo estabelecimento, como entregador. Ela descreveu o momento em que recebeu a ligação de Hudson, por volta das 20h08min, informando sobre o acidente e a localização.

"Já estava presente no local uma Unidade do Corpo de Bombeiros prestando o atendimento a Hudson, que apresentava ferimento (fratura e esmagamento) da perna e pé direito", detalhou Kelly em seu depoimento à DEPAC/CEPOL.

Por sua vez, Marcos Ewerton Paulo de Campos, de 35 anos, também entregador e amigo de infância de Hudson, reiterou a proximidade entre eles, inclusive no ambiente profissional, onde ambos trabalhavam como motoentregadores.

Ele descreveu o momento em que encontrou a vítima caída na rua, com graves ferimentos, e ficou ao seu lado tentando acalmá-lo até o encaminhamento de Hudson para o hospital.

“Ele estava assustado com o ferimento e contou que o motorista fugiu do local em alta velocidade. Fiquei com ele e falei pra olhar pra cima, para não ficar olhando a perna. O Corpo de Bombeiros chegou e eu me ofereci para levar a moto dele para casa”, relembra o amigo de Hudson.

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme solicitação da família da vítima.

Enquanto Arthur Torres Rodrigues Navarro se apresentou à polícia após duas semanas do ocorrido, a família clama por justiça e questiona a impunidade diante de casos de irresponsabilidade ao volante, que ceifam vidas e deixam marcas irreversiveis nos que ficam.

“Se o motorista tivesse parado, prestado socorro. Esses minutos foram o diferencial entre a vida e a morte do Hudson”, analisa a advogada da família de Hudson, Janice Andrade.


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