Polícia

CASO BRENO

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Filho de desembargadora é condenado a oito anos de prisão por tráfico

Breno já tem outra condenação por organização criminosa e lavagem de dinheiro

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Breno Solon Borges Fernandes, filho da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges foi condenado a 8 anos e 10 dias de prisão por tráfico de drogas e posse ilegal de munições, em regime fechado, e foi absolvido do crime de associação criminosa. Ele já havia sido condenado a 9 anos de prisão por organização criminosa e lavagem de dinheiro em outro processo, no qual foi acusado de participar de quadrilha que iria resgatar criminoso de presídio.

A nova decisão é da juíza Camila de Melo Mattioli Pereira, da Vara de Água Clara, em processo que Breno respondia por ser flagrado transportando 130 quilos de maconha e 270 munições de arma de fogo de calibre restrito.

Conforme a juíza, o Ministério Público Estadual manifestou-se pela condenação do acusado, enquanto a defesa requereu a absolvição do crime de associação para o tráfico e reconhecimento da excludente de ilicitude do estado de necessidade em relação aos delitos de tráfico de drogas e porte de arma/munição de uso restrito.

Conforme a defesa, Breno cometeu os crimes de tráfico de drogas sob estado de necessidade, tendo em vista que tinha dívida de R$ 300 mil com agiota e estaria sofrendo ameaças contra si e sua família.

Juíza afirmou que foram reconhecidas a materialidade e autoria dos crimes e que o acusado não comprovou, nos autos, as ameaças alegadas.

Pena foi fixada em cinco anos e dez meses e pagamento de 583 dias-multa pelo crime de tráfico de drogas e em três anos e dez dias-multa por posse de munições. Penas foram somadas e resultaram em 8 anos e 10 meses de reclusão e pagamento de 593 dias-multa. Ele poderá recorrer em liberdade.

O CASO

Na madrugada de 8 de abril de 2017, por volta da 1 hora, Breno, Cleiton Jean Sanches Chaves e Isabela Lima Vilalva, namorada de Breno, foram presos na BR-262, em Água Clara, com 130 quilos de maconha e 270 munições de arma de fogo nos calibres restritos.

Trio saiu de Campo Grande com destino a Itapirá, no interior de São Paulo. O comboio composto por um Jeep Renegade e por uma camionete Ford F-250 transportava maconha e munições de fuzil calibre 7,62, de uso exclusivo das forças armadas, e de pistola nove milímetros. 

A Polícia Federal monitorava as BRs em Mato Grosso do Sul há cerca de 15 dias, pois existia a suspeita de que um grupo tentaria atravessar com produtos ilícitos da fronteira até o estado de São Paulo.

Na região de Água Clara, as equipes abordaram o Renegade que puxava carreta com uma moto de alta performance Honda CBR-1000. O veículo era conduzido por Breno e a namorada dele era passageira.

Logo atrás vinha a F-250, conduzida pelo serralheiro de 26 anos e que também foi abordada. Os três entrevistados não souberam explicar a origem e o destino da viagem e, por várias vezes, entraram em contradição, levantando suspeita dos agentes federais.

Em busca minuciosa, os policiais encontraram tabletes de maconha em fundos falsos da camionete e na carreta que levava a moto, onde também havia as quase 200 munições. 

Diante do flagrante, o empresário confessou que teria sido contratado para levar o material da Capital até Itapirá, para ser entregue a um desconhecido. A jovem e o serralheiro afirmaram desconhecer a presença dos ilícitos, alegando que acompanhavam o empresário para um encontro de motociclistas que aconteceria em São Paulo

RONNIE-LESSA

Justiça nega novo pedido para transferência de Ronnie Lessa ao RJ

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande

12/04/2024 15h00

Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos contra Marielle Foto: Reprodução

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A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da defesa de Ronnie Lessa para que ele deixasse a Penitenciária Federal de Campo Grande e fosse transferido para um presídio da PM no Rio de Janeiro.

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande. A informação foi confirmada ao UOL pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.


Defesa é procurada. O UOL tenta contatar o novo advogado de Ronnie Lessa, que assumiu o caso desde que ele assinou acordo de delação e foi abandonado pela defesa anterior. O espaço segue aberto para manifestação.

PRESO EM CAMPO GRANDE DESDE 2020

Ronnie Lessa está preso em Campo Grande desde 2020. O ex-policial foi transferido para o Mato Grosso do Sul após ficar 1 ano e 8 meses no presídio de Porto Velho.

Delação feita pelo ex-PM à PF colocou os Chiquinho e Domingos Brazão na prisão. Além dos irmãos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foi preso em 24 de março e levado para a Papuda.

Lessa disse que os irmãos garantiram lotes em uma zona de tráfico e milícia como pagamento pelo crime. Na ocasião, ele também citou Chiquinho como mentor do assassinato.

Irmãos Brazão negam envolvimento com a morte de Marielle. O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, disse que tem "certeza que ele é inocente". "Ele não tem ligação com a Marielle, não a conhecia". Já Chiquinho disse que foi "surpreendido" com a prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal.

A investigação do caso já foi comandada por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso logo nos primeiro meses do governo Lula (PT).

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Depoimento

Esposa e melhor amigo relembram últimos momentos com entregador atropelado por Porsche

Família busca por justiça após trágico acidente que matou Hudson Ferreira de 39 anos; o autor, um empresário de Campo Grande fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia somente depois de 15 dias

11/04/2024 18h33

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302. Divulgação/Correio do Estado/Gerson Oliveira

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No desdobramento do trágico incidente que culminou na morte do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, na noite de 22 de março, esposa e amigo próximo compartilham os últimos instantes vividos com a vítima.

O fatídico acidente ocorreu na Rua Antônio Maria Coelho, quando Hudson foi brutalmente atingido por um Porsche Cayenne, conduzido pelo empresário, Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 34 anos, que em seguida fugiu do local. Hudson veio a falecer dois dias após o incidente, na Santa Casa da Capital, devido à gravidade de seus ferimentos.

Segundo relatos, Hudson enviou um áudio desesperador à esposa, Kelly Ferreira, pedindo-lhe que fosse até o local do acidente.

"Vem aqui. Vem ligeiro, vida. Acabou com a minha perna, acabou", disse ele.

Kelly, ao responder ao chamado, assegurou que estava a caminho para socorrê-lo e comunicou que outra pessoa também estava se dirigindo ao local para prestar auxílio.

Em seu depoimento, Kelly Ferreira, de 39 anos, atendente no Restaurante Kobe, situado na Artur Jorge, relatou que Hudson, seu esposo, também trabalhava no mesmo estabelecimento, como entregador. Ela descreveu o momento em que recebeu a ligação de Hudson, por volta das 20h08min, informando sobre o acidente e a localização.

"Já estava presente no local uma Unidade do Corpo de Bombeiros prestando o atendimento a Hudson, que apresentava ferimento (fratura e esmagamento) da perna e pé direito", detalhou Kelly em seu depoimento à DEPAC/CEPOL.

Por sua vez, Marcos Ewerton Paulo de Campos, de 35 anos, também entregador e amigo de infância de Hudson, reiterou a proximidade entre eles, inclusive no ambiente profissional, onde ambos trabalhavam como motoentregadores.

Ele descreveu o momento em que encontrou a vítima caída na rua, com graves ferimentos, e ficou ao seu lado tentando acalmá-lo até o encaminhamento de Hudson para o hospital.

“Ele estava assustado com o ferimento e contou que o motorista fugiu do local em alta velocidade. Fiquei com ele e falei pra olhar pra cima, para não ficar olhando a perna. O Corpo de Bombeiros chegou e eu me ofereci para levar a moto dele para casa”, relembra o amigo de Hudson.

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme solicitação da família da vítima.

Enquanto Arthur Torres Rodrigues Navarro se apresentou à polícia após duas semanas do ocorrido, a família clama por justiça e questiona a impunidade diante de casos de irresponsabilidade ao volante, que ceifam vidas e deixam marcas irreversiveis nos que ficam.

“Se o motorista tivesse parado, prestado socorro. Esses minutos foram o diferencial entre a vida e a morte do Hudson”, analisa a advogada da família de Hudson, Janice Andrade.


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