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BALANÇO

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Em 2019, PF apreendeu 79% mais cocaína em MS

Corporação divulgou dados de apreensões no ano passado em comparação com período anterior

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Em 2019 a Polícia Federal apreendeu 7.405,61 kg de cocaína em Mato Grosso do Sul. Segundo balanço feito pela corporação, isso significa um aumento de 79% no volume de cocaína apreendida no período, se comparado os resultados de 2018.

Por outro lado, as apreensões de maconha tiveram uma queda de 5% no mesmo período, sendo que no ano passado foram 79.834,53 kg de maconha apreendida, segundo a divulgação da PF. A nota lembra que em 2018 havia sido o ano em que a corporação apreendeu o maior volume do entorpecente em Mato Grosso do Sul.

“Ainda, no ano de 2019, ações integradas com outras forças (como a Operação Hórus) e erradicação das plantações de maconha no Paraguai (onde se pode citar a Operação Aliança, uma atuação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Paraguaia, como um fator de grande relevância) têm contribuído para o combate a este tipo de modalidade criminosa”, diz trecho da nota.

De acordo com os dados da Polícia Federal, só no ano passado, por meio de investigações e ações da corporação no combate ao tráfico de drogas foram apreendidos das organizações criminosas aproximadamente R$ 30 milhões e mais de 200 veículos.

Com relação ao contrabando de cigarros vindos do Paraguai a Polícia Federal estima que as apreensões feitas tenham dado prejuízo de R$ 238 milhões às organizações criminosas relacionadas a este crime. Foram apreendidos mais de 31 milhões de maços, aproximadamente trezentos veículos e, em ações conjuntas com outras forças, 280 indivíduos foram presos por contrabando de cigarros.

Apesar do número alto, houve um decréscimo nas apreensões de maços de cigarro por parte da Polícia Federal no Estado, no ano passado em relação a 2018. “Esses números podem ser explicados por dois fatores: pelo incremento de ações ostensivas de combate, as quais dificultaram a entrada de produtos ilícitos no território nacional (sendo que, novamente, cita-se a integração institucional representada pela Operação Hórus como melhor exemplificação) e por ações que desarticularam financeira e estruturalmente organizações criminosas bastante significativas (os exemplos são as Operações Nepsis e suas fases, Teça, Trunk, dentre outras)”.

Outro dado apontado no levantamento da PF foi o número de armas e munições apreendidas, que no ano passado chegaram a 132 armas e 18.188 munições, o que representou um pequeno aumento em relação a 2018. Sendo 2% de aumento em relação aos armamentos e 10% quanto às munições.
“A Superintendência Regional da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul tem como norte a melhoria na qualidade das ações investigativas e operacionais e também visa, com medidas estruturantes, formas de oferecer à sociedade o melhor atendimento possível em suas demandas administrativas”, salientou a corporação.

RONNIE-LESSA

Justiça nega novo pedido para transferência de Ronnie Lessa ao RJ

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande

12/04/2024 15h00

Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos contra Marielle Foto: Reprodução

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A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da defesa de Ronnie Lessa para que ele deixasse a Penitenciária Federal de Campo Grande e fosse transferido para um presídio da PM no Rio de Janeiro.

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande. A informação foi confirmada ao UOL pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.


Defesa é procurada. O UOL tenta contatar o novo advogado de Ronnie Lessa, que assumiu o caso desde que ele assinou acordo de delação e foi abandonado pela defesa anterior. O espaço segue aberto para manifestação.

PRESO EM CAMPO GRANDE DESDE 2020

Ronnie Lessa está preso em Campo Grande desde 2020. O ex-policial foi transferido para o Mato Grosso do Sul após ficar 1 ano e 8 meses no presídio de Porto Velho.

Delação feita pelo ex-PM à PF colocou os Chiquinho e Domingos Brazão na prisão. Além dos irmãos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foi preso em 24 de março e levado para a Papuda.

Lessa disse que os irmãos garantiram lotes em uma zona de tráfico e milícia como pagamento pelo crime. Na ocasião, ele também citou Chiquinho como mentor do assassinato.

Irmãos Brazão negam envolvimento com a morte de Marielle. O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, disse que tem "certeza que ele é inocente". "Ele não tem ligação com a Marielle, não a conhecia". Já Chiquinho disse que foi "surpreendido" com a prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal.

A investigação do caso já foi comandada por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso logo nos primeiro meses do governo Lula (PT).

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Depoimento

Esposa e melhor amigo relembram últimos momentos com entregador atropelado por Porsche

Família busca por justiça após trágico acidente que matou Hudson Ferreira de 39 anos; o autor, um empresário de Campo Grande fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia somente depois de 15 dias

11/04/2024 18h33

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302. Divulgação/Correio do Estado/Gerson Oliveira

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No desdobramento do trágico incidente que culminou na morte do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, na noite de 22 de março, esposa e amigo próximo compartilham os últimos instantes vividos com a vítima.

O fatídico acidente ocorreu na Rua Antônio Maria Coelho, quando Hudson foi brutalmente atingido por um Porsche Cayenne, conduzido pelo empresário, Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 34 anos, que em seguida fugiu do local. Hudson veio a falecer dois dias após o incidente, na Santa Casa da Capital, devido à gravidade de seus ferimentos.

Segundo relatos, Hudson enviou um áudio desesperador à esposa, Kelly Ferreira, pedindo-lhe que fosse até o local do acidente.

"Vem aqui. Vem ligeiro, vida. Acabou com a minha perna, acabou", disse ele.

Kelly, ao responder ao chamado, assegurou que estava a caminho para socorrê-lo e comunicou que outra pessoa também estava se dirigindo ao local para prestar auxílio.

Em seu depoimento, Kelly Ferreira, de 39 anos, atendente no Restaurante Kobe, situado na Artur Jorge, relatou que Hudson, seu esposo, também trabalhava no mesmo estabelecimento, como entregador. Ela descreveu o momento em que recebeu a ligação de Hudson, por volta das 20h08min, informando sobre o acidente e a localização.

"Já estava presente no local uma Unidade do Corpo de Bombeiros prestando o atendimento a Hudson, que apresentava ferimento (fratura e esmagamento) da perna e pé direito", detalhou Kelly em seu depoimento à DEPAC/CEPOL.

Por sua vez, Marcos Ewerton Paulo de Campos, de 35 anos, também entregador e amigo de infância de Hudson, reiterou a proximidade entre eles, inclusive no ambiente profissional, onde ambos trabalhavam como motoentregadores.

Ele descreveu o momento em que encontrou a vítima caída na rua, com graves ferimentos, e ficou ao seu lado tentando acalmá-lo até o encaminhamento de Hudson para o hospital.

“Ele estava assustado com o ferimento e contou que o motorista fugiu do local em alta velocidade. Fiquei com ele e falei pra olhar pra cima, para não ficar olhando a perna. O Corpo de Bombeiros chegou e eu me ofereci para levar a moto dele para casa”, relembra o amigo de Hudson.

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme solicitação da família da vítima.

Enquanto Arthur Torres Rodrigues Navarro se apresentou à polícia após duas semanas do ocorrido, a família clama por justiça e questiona a impunidade diante de casos de irresponsabilidade ao volante, que ceifam vidas e deixam marcas irreversiveis nos que ficam.

“Se o motorista tivesse parado, prestado socorro. Esses minutos foram o diferencial entre a vida e a morte do Hudson”, analisa a advogada da família de Hudson, Janice Andrade.


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