Segundo o Datafolha, o “Governo de Bolsonaro acabou antes de começar”, pois apontam que os brasileiros rejeitam armas de fogo, reforma trabalhista e privatizações. Conforme a mesma instituição, a rejeição será muito maior quando perguntar aos brasileiros sobre a reforma da Previdência. Por outro lado, a queda do dólar e a reação das bolsas parecem mostrar outro cenário mais promissor do que este.
Denise Campos de Toledo, comentarista econômica, deixa claro que o cenário externo influencia diretamente o movimento tanto do dólar como da bolsa de valores. No entanto, não há dúvidas de que as medidas apontadas pelo novo governo têm gerado repercussão positiva. Segurança para os investidores. E, quando se fala de investidores, estamos falando também daqueles que não têm dólares nem ações, mas estão com dinheiro aplicado na poupança, têm um imóvel ou crédito e, com maior segurança, resolvem desengavetar um projeto que gerará investimentos e contratação de mão de obra.
Ninguém quer perder dinheiro! Se o medo de perder for maior do que o de ganhar, então a economia estagna ou entra em recessão. O fato é que o real ante o dólar está mais valorizado, e a bolsa só não está melhor por causa da questão externa, como os impasses dos Estados Unidos e da China. A postura do novo governo deixa as pessoas mais dispostas a empreender e investir em seus sonhos, com menos receios e mais esperanças. Apesar de o Datafolha apontar que o brasileiro rejeita as ideias do atual governo, sabemos, na prática, que as medidas são amargas, mas necessárias.
Não se sabe exatamente quais serão as propostas, mas as atitudes do governo e as diversas medidas para redução de despesas anunciados pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, como a venda de imóveis, corte de pessoal, renovação política, auditoria do dinheiro liberado no governo anterior, têm gerado excelentes expectativas para os investidores que buscam maior segurança para os seus investimentos. A consequência é a maior geração de empregos e retomada do crescimento!
Os cortes dos excessos são importantes, mas, segundo Denise Campos de Toledo, a atenção deve estar nas reformas da Previdência e a tributária. A tendência no momento é da conta da Previdência ficar cada vez mais negativa com o passar do tempo, portanto esta direção precisa ser mudada. É como o nariz de um avião, que se estiver apontando para baixo, é questão de tempo até que o pior aconteça. O desafio do governo é mudar a direção do bico do avião para cima e assim termos esperanças quanto ao futuro que nos espera. E muitos de nós estamos realmente confiantes e precisamos acreditar que o governo será capaz de evitar um desastre anunciado, mudando a direção do bico deste avião chamado Brasil.