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Wagner Cordeiro Chagas: "As eleições de
1994 em MS"

Wagner Cordeiro Chagas: "As eleições de
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No ano de 1994, o Brasil era governado pelo presidente Itamar Franco (PMDB), o vice de Fernando Collor (PRN), que renunciou em dezembro de 1992, após o processo de impeachment por escândalo de corrupção no seu governo. Itamar assumiu, em setembro de 1992, um país com sérios problemas, dos quais o mais complexo era a inflação descontrolada.

Porém, a partir de fevereiro de 1994, com a adoção da unidade real de valor (URV), elaborada pela equipe do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, a inflação começou a deixar de ser um problema do povo brasileiro.

Por outro lado, as medidas tomadas para contê-la, como elevação da taxa de juros, desencadearam a desaceleração do crescimento econômico e o consequente aumento do desemprego. Em julho daquele mesmo ano, o governo apresentou à nação uma nova moeda, o real.

Nesse contexto, em Mato Grosso do Sul, o então governador Pedro Pedrossian (PTB) tentava pôr em prática sua tese do pacto político, uma ideia segundo a qual as lideranças partidárias do Estado chegariam a um consenso e indicariam apenas um candidato a governador para disputar sua sucessão. Ocorre que o próprio governador já tinha um nome de preferência, o do ex-deputado federal João Leite Schimidt, do PMDB.

No entanto, outros membros do PMDB, como o então senador Wilson Barbosa Martins, não aceitavam a ideia. Assim, o partido realizou prévias entre Wilson e Schimidt e o primeiro saiu vitorioso para disputar o governo.

Pedro Pedrossian não obteve êxito com seu pacto político e indicou para disputar o Executivo estadual o ex-secretário de Fazenda de sua administração Valdemar Justus. Este não decolou e, meses depois, foi substituído pelo então senador Levy Dias.

Desse modo, concorreram ao governo de Mato Grosso do Sul em 1994: o advogado e ex-governador Wilson Martins (PMDB), o empresário Levy Dias (PPR), o vereador por Campo Grande e engenheiro mecânico Pedro Teruel (PT) e a primeira mulher a disputar o governo do Estado, a professora Rita de Cássia Lima (Prona).

Um dado curioso deste pleito eleitoral foi o fato de ser o primeiro em Mato Grosso do Sul em que os eleitores votariam ao mesmo tempo para os cargos de deputados estaduais e federais, senador, governador e presidente da República. Com isso, os candidatos a governador apoiavam os seguintes candidatos a presidente:

Wilson Martins – Orestes Quércia (PMDB) presidente; Levy Dias – Fernando Henrique (PSDB); Pedro Teruel – Lula (PT); e Rita de Cássia – Enéas Carneiro (Prona). A vitória, no primeiro turno, foi de Wilson Barbosa Martins. Pedro Pedrossian, mesmo com a popularidade em alta em Mato Grosso do Sul (governador mais popular do Brasil, segundo o Datafolha), não conseguiu eleger seu candidato. O presidente escolhido, também no primeiro turno, foi Fernando Henrique Cardoso, que alcançou forte popularidade graças à liderança na elaboração do Real.

Para deputado estadual, os eleitos, pelo PMDB, foram: Celina Jallad, Waldemir Moka, Murilo Zauith, Jercé Eusébio e Nelito Câmara. Do PTB: Valdomiro Gonçalves, Antônio Carlos Arroyo, Paulo Estevão e Eder Brambilla. O PFL foi representado por Zé Teixeira, Hosne Esgaib, Londres Machado e Cícero de Souza. O PT elegeu 3: Ben-Hur Ferreira, Zeca do PT e Anilson Prego. Pelo PP: Maurício Picarelli, Jerson Domingos e Waldir Neves. Do PDT: Franklin Masruha e Valdenir Machado. Do PSDB: Akira Otsubo e Roberto Orro. Moysés Nery foi o único eleito pelo PL.

Para deputado federal foram escolhidos: André Puccinelli, Marisa Serrano e Dilso Sperafico, todos do PMDB. Os demais sufragados foram: Nelson Trad (PTB), Marilu Guimarães (PFL), Flávio Derzi (PP) e Oscar Goldoni (PDT).

Ao Senado Federal venceram, para as duas vagas abertas, o ex-governador Ramez Tebet (PMDB) e o ex-prefeito de Campo Grande Lúdio Coelho (PSDB). Ambos concorreram com Ary Rigo (PTB), Rachid Saldanha Derzi (PP), Ricardo Brandão (PT), Alan Pitthan (PPS) e Francisca Escobar (Prona).

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

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'É o pior dos governos Lula', alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como "o pior dos governos Lula". Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove "descaminho" na economia e "está muito mal assessorado". Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso "acirra" a polarização.

Acirramento

"Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro", criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

"Parece proposital, para manter a polarização", analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

"Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)", afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que "se passa dos limites, pode se tornar incontrolável".

PEC antidrogas 'some', mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, "essa semana nem sequer comentamos". A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. "Vai passar tranquilo, pode apostar", crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com "cenário mais adverso", "aqui vamos ter trabalho", avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, "não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver."

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de "inevitável" a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. "Agora vai? Até parece!", duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia "induzir o leitor" ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: "Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá."

 

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Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

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Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

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