É possível que a sociedade em geral pouco saiba sobre a atuação dos conselhos profissionais e talvez saibam mais sobre a atuação dos não profissionais, aqueles criados por ato pelo governo.
Segundo o Tribunal de Contas da União, os conselhos profissionais exercem influência porque se revelam de extrema importância para o desenvolvimento sustentável de nosso País, na medida em que asseguram o exercício daquela profissão com atribuições previstas em lei. Portanto, ao fiscalizar a atividade profissional, ele opõe-se, como se um guerreiro fosse, ao exercício ilegal de profissão regulamentada.
Qual a razão de se chamar a atenção para isso? A criação dessas entidades, com naturezas jurídicas de autarquias especiais, além dessa segurança, se reveste da preocupação de preservar a sociedade dos possíveis aventureiros, que sem hesitação alguma de consciência atuam como se profissionais habilitados fossem. Portanto, inescrupulosos, causando danos graves à sociedade.
Entre os conselhos de fiscalização das atividades profissionais, destaco a atuação do Conselho Federal dos Profissionais de Educação Física e seus pertinentes conselhos regionais pela consecução de uma Educação Física de qualidade, integrada à educação e à saúde com dimensões sociais, econômicas e políticas, sem desconsiderar o grande mérito dos demais.
Trata-se de um conselho “jovem”, isto é, de pouco tempo na relação com outros demais que fazem tradição, criado por força da Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998, que regulamentou a profissão Educação Física, prerrogativa do profissional graduado em Curso Superior de Educação Física com atuação destinada à educação e/ou à saúde.
Em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o Conselho Regional – Cref11/MS-MT tem promovido, de forma pedagógica e construtiva, a fiscalização em academias e escolas; o combate ao exercício ilegal da profissão; o convencimento dos profissionais de Educação Física a fim de observar a ética profissional; e sua atualização técnica.
Mas sabe-se que, para tanto, ele há de se envolver também na naquela dimensão cultural, econômica e política da realidade, que ocorre, naturalmente, em nossa sociedade. Isso significa dizer que o foco é, em síntese, a responsabilidade social no exercício profissional.
Nesse sentido, fazer com que não só a sociedade beneficiada pelo serviço prestado pelo profissional de Educação, e este devidamente habilitado e inscrito no Cref, conheça a nobre tarefa deste conselho, mas cada um, na proporção da sua responsabilidade individual e coletiva, promova o entendimento de que com relação à saúde, educação e cidadania a boa orientação faz a diferença, de modo que é fundamental para a prática de atividades físicas o entendimento que esta proporciona bem-estar e melhoria da qualidade de vida, adoção de hábitos positivos e saudáveis.
A mídia, em todas as suas formas de expressão, os pesquisadores, médicos e demais profissionais da saúde são equânimes diante da prosperidade e relevância da atividade física, assim como uma consciência coletiva começa a se forjar contra o atual estilo de vida moderno, em que impera várias práticas que conduzem o indivíduo a uma forma de vida mais passiva e cômoda.
Nesse paradoxo, a questão da prevenção é consenso, hoje, como também é o papel do profissional de Educação para compensar tais comodismos, e ele é o único habilitado a promover os benefícios do exercício corporal.
Não é demais destacar, nesta oportunidade, que a Organização Mundial de Saúde afirma que as doenças chamadas “não-comunicáveis” (cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças crônicas respiratórias) estão aumentando quantitativamente, causando mais morbidade e deficiências, num quadro de projeções negativas para o ano de 2020.
Por conta desta reflexão, é de bom alvitre provocar o desejo de saber à sociedade do Mato Grosso do Sul, que duas relevantes circunstâncias para a Profissão Educação Física estarão ocorrendo neste próximo setembro: o dia do Profissional de Educação Física comemorado em 1º de setembro.