O celular já faz parte do dia a dia da maioria, pode-se até arriscar a dizer que faz parte da família. Ugh! Em tudo ele está presente e tem até um papel importante, porque conecta as pessoas, passa informação, faz pagamentos, tira fotos, faz vídeos, sem falar no WhatsApp, que agiliza ainda mais a comunicação.
Dia desses ao tomar um cafezinho num local aconchegante e badalado, verifiquei que na mesa ao lado havia um grupo de quatro amigas: duas delas conversavam animadas e entrosadamente, sem se referir às demais; a outra moça ao lado permaneceu calada o tempo todo, sem participação, e a quarta estava teclando no celular e também permaneceu o tempo todo no aparelho. Em resumo só duas estavam presentes...
Em outra mesa, estavam apenas duas amigas e a conversa fluiu animada e interessante, sem desvios de olhar e atenção. E assim permaneceram por bom tempo, até que depois de uns minutos chegou uma terceira e juntou-se ao grupo. Foi nesse momento que a conversa se dispersou e, então mais uma vez, a terceira ficou na ponta do triângulo.
Curioso o relacionamento entre as pessoas hoje em dia! A maioria estabelece parâmetros de comunicação e entrosamento, mas quem sempre ganha a parada e nunca sai da conversa é o celular, afinal, se alguém estiver no grupo e o aparelho tocar imediatamente, interrompe-se a conversa para atender quem está do outro lado da linha.
Mas que poder é esse? Repare na falta que ele faz se você sair e esquecer o aparelho. Hummm... Ele é o seu chefe! Vai ter que voltar para pegá-lo. Com ele você fala, escuta, opina, recebe ordens, trabalha, envia mensagens, entre outras funções. Ele já faz parte da sua rotina e está sempre ao seu lado, na bolsa, no carro, no escritório, nas compras, aonde você for.
Há pouco tempo passeando no shopping em São Paulo uma cena me chamou atenção: uma criança de uns três anos, aproximadamente, estava no carrinho e passeava tranquilamente com a mãe e o irmãozinho caminhando ao lado, mas não participava de nada. Estava totalmente envolvida nos joguinhos do tablet que trazia entre as mãozinhas.
Olhei para aquela cena e fiquei atenta. A criança estava totalmente hipnotizada pela tela do aparelho e o passeio pra ela não fez a menor diferença. De nada valeu sair ou ficar em casa, uma vez que a atenção estava voltada totalmente para o tablet.
Curiosa, me aproximei e perguntei para a mãe se a criança já sabia manusear o aparelho e ela me disse que sim, ela assiste a filminhos infantis e manipula joguinhos fáceis. E completou dizendo que desde menor ela entretém a criança com o tablet, porque assim ela fica quietinha. Uau!
Agora imagina a relação de um casal de namorados se um dos dois quiser dar uma “olhada” nas fotos ou mensagens do outro: vai dar problema! É claro que cada qual tem lá os seus motivos para conservar a privacidade e nada melhor do que um aparelho celular para tentar descobrir algum deslize ou mensagem inconveniente recebida por outra pessoa.
Muitos casos de romance sério terminaram porque, ao pegar escondido o celular do parceiro, descobriu-se que havia uma relação antiga com outra pessoa e a troca de palavras amorosas era feita pelo WhatsApp... Viu só?
Proteja o aparelho, a sua relação, e lembre-se: “Todo cuidado é pouco, mas o que sobra é a certeza de que se há algo de errado o melhor a fazer é deixar o celular em casa, ou mudar a relação...”.
O aparelho além de tudo é amigo fiel, esconde segredos, desde que não seja invadido, portanto, lembre-se de deixar a senha ativada porque senão você pode se deparar com a descoberta de seus segredos “nunca antes revelados”. Tenham todos ótimos dias e grandes realizações. Ops! Com licença, vou atender o celular! Ah, tem senha...