Estudar direito não é tudo, mas é muito. A vida é assim, nunca nos habilita a ponto de imaginarmos ser “o suprassumo do limão galego”. Ao contrário, nos oferece muito, até anos de vida, mas é preciso que façamos jus a tal privilégio. Portanto, a cada batimento cardíaco, um agradecimento!
Digo que me perfilo aos que veem no Direito o curso universitário ideal mesmo àqueles que já possuem outra graduação. Sempre que oportuno manifestar, o faço de maneira a estimular esse caminho como direção a seguir. Penso que a formação no Curso de Direito deveria ser um privilégio estendido se não alcançável a todos, sem, claro, nenhuma pretensão ou leviandade.
Nesse sentido, tenho que não haja época ideal para o aprendizado permanente em se tratando dessa escala universitária. Quem obviamente tiver a oportunidade que dela possa fazer uso e gozo sem nenhuma limitação. Estudos científicos demonstram que pessoas mais velhas têm uma capacidade semelhante às das pessoas mais jovens de produzir milhares de novos neurônios do hipocampo a partir de células progenitoras. Fato é que idade não é nem tampouco será impeditivo a ninguém na busca dos seus ideais.
Demais disso, ainda que a escala ao direito esteja à disposição de todos, fato é que, per si, não se revela suficiente para garantia de êxito tampouco de revés após o alcance da graduação. Seria necessário então que, além do período que abarca 5 anos em sala de aula, o acadêmico se dispusesse a enfrentar com garra e dedicação eventuais percalços que às vezes surgem para desviá-lo do foco projetado. Fraqueza é palavra que não deve fazer parte do dicionário de quem se propõe a estudar o direito.
Nesse diapasão, uma forma de melhor aproveitar o tempo disponível visando atingir objetivos na carreira jurídica seja, além do próprio empenho individual, é buscar novos desafios, a exemplo da participação em audiências, julgamentos judicias, estágios internos e externos, enfim, experimentar na prática o vivenciado na teoria. O estudo que antecede a graduação é assaz suficiente para a conquista do diploma de bacharel, o que, convenhamos, ainda não é tudo. Brota daí a perspectiva para o exame de ordem, concursos públicos e aquela que denota ser a mais fascinante das profissões: advogar. Cuidar dos interesses jurídicos, da liberdade, do patrimônio e da vida de alguém é algo que somente o direito confere a poucos. Aproveitem, portanto!
O tempo é curto e a jornada é longa. As chances são poucas e impõem sacrifícios. A escolha é livre e fundamental para colocar o formando no patamar que mereça, como realizar um sonho distante ou satisfazer-se apenas com a conclusão do curso escolhido.
Os docentes e discentes são responsáveis pelo êxito e pelo fracasso conquistados. Àqueles, o inegociável comprometimento no exercício da vocação recebida, ensinando e demonstrando os caminhos do sucesso, e a esses, a expectativa de que não se limitarão à conquista atingida ao fim do 5º ano.
Avante!