É fato que o estado de Mato Grosso do Sul tem no agronegócio uma de suas maiores forças econômicas. Além da diversidade de atividades rurais, também é notável os vários parceiros comerciais do Estado, com demandas diferenciadas e personalizadas.
Conversei recentemente com Jaime Verruck, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul. Ele revelou que o maior destino das exportações é a Ásia. De acordo com o secretário, a China importa grande parte dessa produção, que engloba soja, milho, celulose e carnes (suína, de aves, bovina). Bem interessante!
Durante o papo, Verruck revelou o desejo em expandir estas exportações. Este objetivo é bem fundamentado. Se fizermos uma breve análise, veremos que a Ásia se consolidou como um grande parceiro comercial do Brasil. Vários fatores contribuíram: a qualidade de nossos produtos, a dedicação do produtor brasileiro durante sua rotina diária e também a necessidade de importação de muitos países.
Apesar deste contexto favorável, o que mais me chamou atenção durante a conversa foram os projetos regionais. O secretário destacou as iniciativas para suínos e novilhos precoces, entre outras mais. Fiquei imaginando se em nosso Brasil não poderíamos ter mais projetos estaduais focados por atividades, beneficiando os produtores de acordo com necessidades, dilemas e desafios diários. Afinal, o agronegócio é muito complexo. Quando generalizamos, perdemos assertividade.
Quase no final do bate-papo, Verruck destacou que uma das metas destas iniciativas regionais é proporcionar uma melhor remuneração para o produtor rural. Bingo! É disso que eles realmente precisam. “Nós entendemos que, em médio e longo prazo, só ficará na atividade quem investir em tecnologia”, disse ele. E eu concordo. Inovação não é mais um diferencial, é uma necessidade. Mas, para ela existir, o produtor rural precisa de recursos financeiros. Tecnologia não nasce em árvore. Pelo menos as que eu conheço.