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Pedro Chaves: "Por um Fórum Permanente
de Segurança para a fronteira de MS"

Pedro Chaves: "Por um Fórum Permanente
de Segurança para a fronteira de MS"

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Sou filho de Mato Grosso do Sul e tenho muito carinho por esse estado. Ao longo da minha vida, tenho feito muito esforço para contribuir com o desenvolvimento econômico e social desta unidade federativa. Como educador e empresário, construí escolas e universidades que ajudaram a mudar a educação estadual e regional.

Agora, como senador da República, continuo comprometido. Em apenas dois anos de mandato, destinei para nossos municípios mais de R$ 100 milhões para serem investidos em saúde, segurança, pavimentação e drenagem, educação, esporte e agricultura. Sem contar os US$ 56 milhões que consegui para Campo Grande com o objetivo de revitalizar o centro da cidade.

Iniciei ultimamente outra importante frente de trabalho em parceria com a OAB/MS e a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande. Queremos ajudar a construir o Fórum Permanente de Segurança na Fronteira de Mato Grosso do Sul, que tem como vizinhos as repúblicas da Bolívia e do Paraguai.

A ideia de criar essa entidade se explica pelo fato de que, infelizmente, nossa fronteira é uma das mais violentas e vulneráveis do Brasil. São exatos 1.100 quilômetros de estradas, em sua grande maioria, pavimentação de chão, passando quase que em sua totalidade por propriedades rurais, sem nenhuma infraestrutura nem algum tipo de policiamento em seu percurso, o que permite que as atividades criminosas trafeguem livremente.

A violência campeia solta nessa área. Os municípios com maiores taxas de homicídio por arma de fogo de Mato Grosso do Sul estão localizados na fronteira. Das 17 cidades que são rota para entrada de armas e drogas em território brasileiro, sete estão localizadas em Mato Grosso do Sul, de acordo com a CPI da Violência Urbana, realizada pela Câmara dos Deputados.

Estudos recentes indicam que os principais crimes na fronteira são: tráfico de entorpecentes, de armas, munições e explosivos, contrabando, pirataria, evasão de divisas, imigração ilegal, tráfico de pessoas e pistolagem. A facilidade com que os crimes acontecem demonstra que o negócio do contrabando é lucrativo para organizações criminosas, que ainda financiam o tráfico de drogas, armas e munições no País.

Esses dados, obviamente, justificam a criação do fórum, que vai se tornar realidade neste dia 19 de julho, em Campo Grande, numa reunião que será realizada no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Uems, no horário das 14 às 18 horas, com a presença de autoridades estaduais e federais, inclusive do ministro de Segurança Pública Raul Jungmann, parlamentares estaduais e federais, Abin, Receita Federal, Polícia Federal, Exército Brasileiro, Marinha e Força Aérea, Judiciário estadual e federal, além de representantes das universidades e da sociedade civil.

Desejamos que o Fórum Permanente de Segurança na Fronteira abra um caminho novo e seguro que permita, com o apoio de muita tecnologia, da inteligência, do desenvolvimento econômico e social e da integração dos povos que escolheram a fronteira para viver e trabalhar, devolver a paz e o progresso que essa importante sub-região precisa e merece.