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Luiz Fernando Mirault Pinto: "Verde, maduro e podre!"

Físico e administrador

Redação

19/08/2017 - 01h00
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As notícias informam tendenciosamente, no intervalo da Lava Jato, as quantas andam as manifestações venezuelanas promovidas pela oposição na tentativa de derrubar o presidente venezuelano, com inúmeras baixas de civis, acusando o governo de represálias cruéis e da tentativa de manter-se no poder por meio de manobras políticas, ao convocar uma constituinte cuja “verdadeira” intenção seria a instalação de uma ditadura, ou de protelar a permanência do projeto de Chaves, intitulado Revolução Bolivariana, um regime socialista que pôs em risco o desequilíbrio e controle da força hegemônica nas Américas. 

O País está polarizado. De um lado, a oposição diz que se trata de uma luta contra a fome e o empobrecimento da classe média e visa impedir a continuidade do governo.

Do outro, a situação diz ser representante dos pobres, acusando o empresariado do desabastecimento alimentar, como forma de desestabilizar um governo sucessor de uma política vitoriosa, contrária à oligarquia conservadora.

A história da Venezuela mostra uma tumultuada reviravolta e alternância de poder, envolvendo golpes, ditaduras, governos despóticos, impedimentos, personalismos e populismos, assim como subserviência a potências estrangeiras e sucessivas lutas pela autonomia e independência do controle do capital.

A política neoliberal de privatizações que rondava a América Latina (1990) – e ainda ronda – sofreu um baque com a decisão de alguns países originários, cenários das lutas do “unificador” ou “libertador” Simón Bolívar dos autóctones, inspirador da revolução cubana, ao se declararem regimes de esquerda, desequilibrando o status quo do conservadorismo de direita dominante.  

Hugo Chávez, um verde-oliva de família camponesa, inverteu a lógica da política, transformando a história social reinante em uma visão de esquerda, ao criticar que não era possível um país com a 2ª maior reserva de petróleo do mundo e sendo o 5º maior exportador do ouro negro manter a maioria da população na pobreza.  

Na prática, criou o “movimento revolucionário bolivariano”, fracassando numa tentativa de golpe com apoio dos militares, o que resultou em sua prisão.

No entanto, eleito presidente (1999), promoveu numa Assembleia Constituinte as bases para seu projeto político nacionalista, contra os latifúndios e a favor de nacionalizações estratégicas, como do petróleo, da siderurgia, das telecomunicações e da eletricidade, áreas exploradas e controladas por estrangeiros.

Essas medidas assustaram as multinacionais com ascendência sobre o empresariado nacional, aconselhando-os ao desinvestimento e alertando-os sobre o temor do comunismo e da ditadura.

Chávez foi visto como “justiceiro” ao redistribuir a renda do petróleo, antes privilégio de uma minoria. Seus opositores dizem que dividiu o país e atentou contra a propriedade privada, a liberdade de imprensa e a democracia.

Críticos dizem que ao combater antigo regime de exclusão social dominante desenvolveu um novo sistema de exclusão política, deixando em seu lugar um sucessor maduro na política e no nome para continuar suas expectativas.  

Viria a falecer de câncer, deixando um seguidor que assume o governo constitucionalmente, embora já acusado de querer manter-se no poder e de sufocar os movimentos oposicionistas por meio de manobras constitucionais.

Ele se defende declarando que a medida visa garantir os direitos e avanços sociais conquistados pela revolução bolivariana, erradicar a impunidade, evitar o ódio social e a ingerência estrangeira. 

Esse déjà vu da intolerância, do preconceito, do desabastecimento provocado, da desestabilização do governo, da convocação e morte de militantes e manifestantes nas ruas de Caracas, da falta de diálogo, da divulgação tendenciosa dos noticiários, dos palpites dos reacionários, da ingerência externa, da destituição presidencial e da falta de união entre os países das Américas levará a oposição ao poder, elegendo seu representante, que comprará os partidos, responsabilizará o governo anterior pelas mazelas, esquecerá os mortos, prometerá reformas, desmontará postos de trabalho, venderá estatais e continuará utilizando o petróleo para interesses particulares, instalando-se assim novamente a oligarquia conservadora dos senhores (a parte podre da história), antes de engenho, agora de empresas aliadas à política do capital de mercado, pelo menos até a próxima reviravolta.

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

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‘É o pior dos governos Lula’, alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como “o pior dos governos Lula”. Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove “descaminho” na economia e “está muito mal assessorado”. Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso “acirra” a polarização.

Acirramento

“Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro”, criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

“Parece proposital, para manter a polarização”, analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

“Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)”, afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que “se passa dos limites, pode se tornar incontrolável”.

PEC antidrogas ‘some’, mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, “essa semana nem sequer comentamos”. A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. “Vai passar tranquilo, pode apostar”, crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com “cenário mais adverso”, “aqui vamos ter trabalho”, avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, “não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver.”

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de “inevitável” a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. “Agora vai? Até parece!”, duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia “induzir o leitor” ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: “Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá.”

 

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ARTIGO

Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

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Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

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