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J.Bandeira: Vitória da Direita Radical contra Esquerda Petista

J.Bandeira é economista e bacharel em Direito

Redação

09/11/2018 - 01h00
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A despeito dos treze anos em que o PT comandou o país e, mesmo assim, tornar-se possuído de uma admiração extática, isto é, encantado com os seus arroubos autoritários, concretamente, em nada resultou, para o bem do país. Até o STF, resistiu aos ataques de Lula ao afirmar de que havia se “acovardado” diante da Lava-Jato, enfim, acusações de fazer “juízo político”.

Agora, entretanto, ao manter a serenidade na sustentação já cristalizada de sua política governamental, que é a de DEFENDER A DEMOCRACIA DE INVESTIDAS AUTORITÁRIAS, Bolsonaro foi bastante claro, recentemente, no jornal Correio do Estado, em um de seus arroubos: “Sou uma ameaça aos corruptos. Se essa for à vontade de Deus, estarei pronto”.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, até concorda que a corrupção é inerente ao Homem, porém, não é uma contingência humana, diz ele. Ao contrário, a corrupção é uma deformação da atividade humana e, que, portanto não pode ser característica de uma sociedade.

Sob meu ponto de vista, eu defino o PATRIOTA, como uma pessoa que ama e procura servir a Pátria. O patriota é passivo. Seu afeto, sua exaltação não tem objetivo pragmático. O patriota, entretanto, não ameaça ninguém.

Então, leitor (a), perguntar-me-á, ora, se o presidente Bolsonaro não é patriota, ele vem a ser o quê, então? Respondo: “Ele, é um NACIONALISTA”, isto é, uma pessoa necessariamente inconformista. É um estado dinâmico. Busca necessariamente a mudança. O nacionalista serve a construção de uma nação.

Quando Bolsonaro se alvora de ser uma ameaça aos corruptos, é bafejando até com os encômios do padre de 57 anos, Nivaldo Ceron, que assim pondera: “Hoje em dia se privilegia demais o bandido. O inocente fica em segundo plano. Concordo plenamente com Bolsonaro”.

Realmente, com a eleição do capitão reformado do Exército, Jair Messias Bolsonaro, os militares farão sua reentrada, em grande estilo, na política brasileira. Além do civil, o economista Paulo Guedes, conta com o general Hamilton Mourão e, mais, outros três auxiliares: Augusto Heleno Ribeiro Pereira e Oswaldo Ferreira de quatro estrelas, e Aléssio Ribeiro Souto, de três estrelas.

O economista Paulo Guedes, praticamente, indicado para o Ministério da Fazenda, já elaborou um plano radical para privatizar 1 trilhão de reais em ativos, além de passar para a iniciativa privada varias obras de infraestrutura, tudo visando abater a dívida pública, hoje ascendendo a cifra de 300 bilhões de reais.

Outra notícia foi o convite aceito pelo Juiz Federal Sérgio Moro, para assumir a superpasta, que englobará não somente o Ministério da Justiça, mas, também: Segurança Pública, Controladoria-Geral da União, Conselho de Atividades Financeiras (COAF), hoje, sob o âmbito do Ministério da Fazenda, Polícia Rodoviária Federal, além do Departamento Penitenciário Nacional. Caberá, ainda, ao superministro Moro, a política de proteção ao consumidor, sobre drogas, tráfico de pessoas, combate à pirataria, enfim, combate à corrupção.

Dir-se-ia que Bolsonaro teve êxito na indicação de Moro. Entretanto, convém, apenas, salientar, que o Ministério da Justiça não deixa se der um órgão político. Daí, talvez, um mínimo de embaraço, para concretizar os anseios do povo brasileiro e os da sua superpasta. Desejo-lhe que suas ações como Juiz Federal, se repitam no âmbito do Ministério do Trabalho.

Os militares perderam espaço na política brasileira, na mesma medida em que avançou a redemocratização. Numa pesquisa feita pelo Data Folha em Junho/18, demonstra que 78% dos brasileiros consideram as Forças Armadas a instituição mais confiável do país. É um percentual altamente positivo para o momento político nacional, se, levarmos em linha de conta, que 67% dos brasileiros declaram não confiar no Congresso Nacional.

O presidente Bolsonaro não nega que, ao assumir o governo, em 2019, pegará um gancho animador para a economia brasileira. Hoje, o presidente Temer, já deixa para o próximo governo um superávit da Balança Comercial, de US$6,1 bilhão.

Por outro lado, no setor econômico, eu até digo, graças a Deus, a Rússia retomou as importações de carne suína e bovina do Brasil, ainda no governo Temer. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, recebeu no dia 31/10/18, o comunicado oficial russo, do reinicio das importações da carne suína e bovina do Brasil e, rejubilou-se.

O que resta ao presidente Bolsonaro, no momento, à evidência, além de outros problemas, é a reforma da previdência, que, em hipótese nenhuma, pode ser postergada, sob pena, de reverter um crescimento positivo, para 2019.