É bom avaliar que, muito antes da divisão territorial, o nosso Estado já sofria as agruras da paralisia política, com reflexos profundos na sua organização social e econômica, uma vez que os políticos de então, como caciques de tribos, dominavam o poder.
Entretanto, eis que, no antigo Mato Grosso, surgiu um homem, mais que um homem, uma filosofia política, implantada pelo jovem governador Pedrossian, que de forma audaciosa e, sobretudo, corajosa começou a combater e destruir o caciquismo de então, o que lhe valeu ameaças concretas de CASSAÇÃO DO SEU MANDATO, comandadas pelos grupos dominantes, que não aceitavam a revolução de ideias, enfim, que não aceitavam a inauguração de NOVOS TEMPOS.
Pedrossian foi governador por três vezes do Estado (1966/71-MT e 1980/82 e 1991/1995-MS).
Já foi no seu primeiro mandato, Pedrossian assombrou administrativamente o povo cuiabano, com incontáveis obras, como a nova ponte Júlio Müller sobre o rio Cuiabá; a moderna estação de abastecimento d’água e serviço de captação; criação do Centro Educacional, criação do Instituto de Ciências e Letras; Faculdade de Filosofia e a Universidade Federal de Cuiabá, além da implantação da Usina Hidroelétrica nº 3, do rio da Casca; reorganização do Corpo de Bombeiros; criação da Rádio Patrulha e modernização da Polícia Militar.
No Sul, não foi diferente, com implantação da Universidade Federal de Campo Grande e a construção do estádio de futebol que leva o seu nome e mais uma Universidade em Paranaíba e o Anel Rodoviário de Aparecida do Taboado. É oportuno que se alevante, a elevada preocupação do Pedro pela educação.
Leitor (a), em todos os municípios, tanto norte como nos do sul, Pedro implantou um CENTRO EDUCACIONAL. Assim, dizia ele: “Mais que plantar uma agricultura, uma indústria ou um comércio, é preciso plantar um povo culto, bem formado, e o resto será consequência, uma vez que é por meio da educação que a humanidade pode caminhar para um novo padrão de vida, enfim, é por meio do saber que o homem pode despertar a sua consequência”.
Interrompendo, por algumas linhas, a guerra do subdesenvolvimento implantada pelo engenheiro Pedrossian, abro um parêntese para relatar que, antes de assumir o governo/1966, Pedro foi Diretor Geral da Estrada de Ferro Moroeste do Brasil, com a sua administração central em Bauru (SP).
Pois bem, para o homem que QUER, não há obstáculos que ele não sobrepuje, não há tropeço que ele não vença, não há barreira que ele não transponha, não há força que o detenha, não há corrente política contraria que o desbarate e, assim, com seu elevado poder lampejante, transformou a estrada de ferro NOB, num orgulho dos seus funcionários e de Mato Grosso.
Já governador, Pedro se antecipou com o lançamento de uma estrutura social, criando o PANELÃO, projeto de sentimento coletivo e do espírito de cooperação aos menos favorecidos, ATO SOCIAL, que somente depois, no governo FHC, Ruth Cardoso, articulou e fomentou a criação da COMUNIDADE SOLIDÁRIA, que, por capricho ideológico, Lula batizou de BOLSA FAMÍLIA.
Não poderia deixar de fundamentar a participação de Dona Maria Pedrossian, que, ingressando no ideário filosófico do seu marido, implantou as HORTAS COMUNITÁRIAS, tendente a enriquecer a dieta alimentar da comunidade dos bairros carentes e, ao mesmo tempo, criando o Centro de Reabilitação e o LAR DO MIGRANTE, na Vila Nasser, em nossa Capital.
Substanciando as minhas assertivas, eu diria: “É inútil deter um homem detentor de irredutível determinação, pois as dúvidas e os receios fogem diante de uma VONTADE FIRME E DECIDIDA. Sinto que há, no interior do Pedro, forças latentes, verdadeiras válvulas de propulsão, que lhe permitem realizar as suas mais elevadas aspirações”.
Pedro sabe o motivo das minhas considerações em torno de sua pessoa? Porque o ELOGIO é o remédio que salva, é o favo que adoça, enfim, é o abraço que engrandece. Pedro ides ao encontro do Poderoso. Aqui, na Terra, fico para homenageá-lo enquanto viver.