Artigos e Opinião

ARTIGO

A+ A-

Gilson Cavalcanti Ricci: "Noite Paraguaia"

Advogado

Continue lendo...

Na sexta-feira retrasada, dia seis de julho, compareci à sede da Associação da Colônia Paraguaia de Campo Grande, onde participei prazerosamente da 6ª Noite Paraguaia, em companhia de amigos que lá estavam a curtir música paraguaia e brasileira, além de deliciosos pratos da tradicional culinária paraguaia. Como sempre, um encontro festivo entre pessoas que se estimam e amam esta terra abençoada por Deus. Na oportunidade, tive o prazer de constatar a alegria contagiante do ilustre presidente da casa, o advogado dr. Albino Romero, recentemente reeleito para mais uma gestão administrativa, junto do vice-presidente, o advogado dr. Silvio Cantero, os quais me receberam com a fidalguia peculiar do povo paraguaio e de seus descendentes. 

Naquela noite agradável, em que se reuniu grande número de pessoas, foi assinado um convênio com o governo estadual no importe de um milhão e quatrocentos mil reais para fins de ampla reforma da sede social da Associação da Colônia Paraguaia. Num painel eletrônico, foi mostrado o projeto das novas dependências sociais do clube, sendo exibido a todos os presentes as modernas linhas arquitetônicas do novo prédio, destacando-se o conforto moderno dos salões destinados à realização dos eventos artísticos e culturais, como também a praça de alimentação anexa. Nessas aprimoradas instalações, o público poderá dispor de modernidade para desfrute de bons momentos com a família e os amigos. Para tanto, foi reservada uma ampla pista de dança, e um local próprio para preparo do tradicional churrasco paraguaio, o que, desde logo, denota a vocação atávica da Colônia Paraguaia para dançar e churrasquear, o que sempre revelou a entidade como endereço certo para o cidadão campo-grandense passar bons momentos de lazer, num confortável ambiente estritamente familiar.

  Num rápido olhar para a história da Associação da Colônia Paraguaia, e seu admirável crescimento material e social, deparamo-nos com o honrado rol dos seus idealizadores do passado, mas me reservo a não declinar nomes, dada a exiguidade de espaço desta coluna. Todavia, diante do notável crescimento social da entidade, não posso deixar de mencionar a figura de seus atuais administradores, que sempre trabalharam – e trabalham – incansavelmente pelo sucesso da Colônia Paraguaia, conseguindo, dessa forma, manter elevada a exemplar qualidade dos eventos ali oferecidos aos frequentadores, o que a destaca com louvor perante todas as demais entidades recreativas e sociais congêneres de Campo Grande. 

 Agora surge a surpreendente e alvissareira notícia: a reforma total do prédio da sede social da entidade dotará nossa amada cidade com um recanto altamente moderno no ramo das artes, da cultura e do lazer, que virá enriquecer a Cidade Morena com mais uma preciosa atração turística, mormente tratando-se de um clube social fundado pelos paraguaios que aqui chegaram a partir dos meados do século 19, atraídos pelo trabalho ofertado na agropecuária. Atualmente, em Campo Grande, soma-se a mais de oitenta mil o número de paraguaios e descendentes que engrandecem o vigoroso progresso da nossa bela terra morena.

Portanto, paraguaios e brasileiros de Campo Grande aplaudem a figura ímpar de Albino Romero, um homem simples oriundo da fronteira, que escolheu Campo Grande para morar e amar. Estendemos também nossos calorosos aplausos aos paraguaios que sempre labutaram incansavelmente junto aos administradores da Colônia Paraguaia, na exaustiva obra de engrandecimento da querida entidade, e não a deixaram sucumbir, mesmo diante dos consectários gerais das várias crises na economia nacional, o que leva a seus sócios a esperança de ter a entidade um futuro de maiores sucessos. Aliás, lutar pelo ideal é próprio do gênio paraguaio, como mostra a história daquele povo heroico, que no seu passado épico mostrou ao mundo o valor humano de um país que já foi grande potência econômica e militar.