O vetor do crescimento econômico planetário está na Ásia. Apesar da grande distância do Brasil daquele continente, é inteligente cultivar boas relações com os países do Oriente.
Uma das características das economias liberais é o pragmatismo. Isso ocorre porque esta mesma corrente, que valoriza o êxito atingido por meios práticos e simples, e não complexos, melhora o desempenho de qualquer sistema. É por meio da rapidez na tomada de decisões – não menos pensadas, é bom que se fique claro – que se economiza tempo para produzir mais.
Nas relações internacionais, o pragmatismo é um modo importante de se buscar bons resultados – para ambos os lados – nas negociações envolvendo nações soberanas. O soft power e o pragmatismo sempre foram características marcantes da diplomacia brasileira. Desde o início do ano, o soft power deixou de ser protagonista, mas, ao contráriodo que muitos pensam, o pragmatismo em nossas relações internacionais continua extremamente presente.
A viagem do presidente da República, Jair Bolsonaro, à China, acompanhado de vários integrantes do primeiro escalão, entre eles a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, simboliza a manutenção do pragmatismo do Brasil nas relações internacionais. Se fosse por causa de preferências ideológicas, certamente que o atual presidente preferiria reduzir suas relações com um país administrado por um partido comunista há décadas. Mas, certamente, o Brasil não seria ingênuo o suficiente para romper alguma relação com seu maior parceiro comercial e além: um dos países que mais investem em empreendimentos por aqui.
Em meio a uma tensão comercial nas negociações envolvendo os Estados Unidos e a China, as duas maiores potências econômicas do planeta, a viagem de Bolsonaro à China é simbólica, sobretudo, porque mostra que o Brasil continua mantendo firme o interesse de manter as boas relações com seu grande parceiro. Também é importantíssimo o papel da ministra Tereza Cristina, de manter o pragmatismo acima de tudo e os bons resultados do Brasil acima de todos, quando se trata de estratégia comercial para um dos setores mais fortes de nossa economia: o agronegócio.
Os números não mentem. O vetor do crescimento econômico planetário (assim como o populacional) está na Ásia. Apesar da grande distância do Brasil daquele continente, é inteligente cultivar boas relações com os países do Oriente e também estreitar estes milhares de quilômetros que nos separam.
Neste aspecto, Mato Grosso do Sul e os entusiastas da Rota Bioceânica também terão papel fundamental. A saída pelo Oceano Pacífico encurta o caminho rumo ao nosso maior parceiro comercial.