O comportamento dos que têm o poder de fazer a lei ser cumprida deve ser exemplar. Sempre! É deles a capacidade de punir, e de buscar os meios de se fazer justiça.
O que faz uma democracia forte é justamente o poder que as instituições têm de se reciclarem, e de fazer valer o peso da lei. O que estiver na legislação, deve estar acima dos cidadãos. Só a busca constante pelo devido cumprimento do que estiver estabelecido no ordenamento jurídico é que o fará uma sociedade mais organizada, ordeira e saudável.
As instituições ligadas ao Poder Judiciário, revestidas de poderes capazes de prender, acusar e condenar pessoas, devem ser isentas. Quando se fala em isenção, a paixão deve ser deixada de lado. Paixão, só pelo trabalho, mas não para sair dos limites estabelecidos pela legislação.
O comportamento dos que têm o poder de fazer a lei ser cumprida deve ser exemplar. Sempre! É deles a capacidade de punir, e de buscar os meios de se fazer justiça. Existem vários mecanismos para se cobrar este tipo de atuação dentro dos limites legais. O primeiro deles é por meio de uma fiscalização social das atividades do Poder Judiciário, do Ministério Público e, claro, das polícias, exercida de forma mais difusa. Estamos falando de análises e reflexões sobre alguns casos concretos, de estudos sobre a devida aplicação da lei, e do aperfeiçoamento das técnicas de investigação e identificação de criminosos, que resguardem direitos fundamentais. É um controle de alto nível, que tempo o objetivo manter o mesmo nível alto do trabalho das forças ligadas ao sistema judiciário.
O segundo controle é administrativo e deve ser exercido pelo Estado. O principal deles é o exercido das corregedorias. É inadmissível que policiais, os servidores que têm o dever de investigar e impedir crimes e prender que os comete, estejam envolvidos em algo que eles têm de combater. São maios respeitadas e responsáveis, instituições que corrigem os erros dos seus, e que impedem que injustiçam ocorram para abrir caminho para um caminho mais justo e eficiente de combate ao crime.
O destaque desta edição é mais um caso de crimes e irregularidades que podem ter sido cometidos dentro de uma instituição policial. Casos como estes merecem atuação severa da corregedoria. Assim parece estar ocorrendo com a Polícia Civil. O mesmo deve ocorrer com a Polícia Militar, que nos últimosanos também teve de atuar contra dezenas de policiais apontados por envolvimento com o contrabando de cigarros.
Para punir e prender bandidos, algo muito celebrado nos tempos atuais, é preciso, em primeiro lugar, não ter o mesmo comportamento dos que são colocados diariamente atrás das grades.