Na última quinzena, a população de Mato Grosso do Sul teve duas boas notícias sobre fatos relacionados à Petrobras.
Dia após dia, o sol parece estar voltando a brilhar no horizonte da economia sul-mato-grossense. A tempestade causada pela crise econômica e pela paralisação de investimentos importantes que transformariam o Estado vai ficando para trás e os bons ventos do desenvolvimento começam a trazer de volta as expectativas interrompidas em 2014.
Na última quinzena, a população de Mato Grosso do Sul teve duas boas notícias sobre fatos relacionados à Petrobras. A primeira delas foi a decisão colegiada do Supremo Tribunal Federal que autoriza a venda de subsidiárias da Petrobras sem o aval do Congresso Nacional. Entre as empresas liberadas para venda está a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) da estatal, em construção na cidade de Três Lagoas e cujas obras foram interrompidas em dezembro de 2014, com pouco mais de 80% dos trabalhos concluídos. A segunda notícia é do início da noite de sexta-feira (14), quando a Justiça Federal do estado do Rio de Janeiro derrubou liminar que impedia que a UFN3 e a Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa) fossem vendidas pela Petrobras à – também estatal russa – Acron. Com a operação liberada, quem ganha é a economia do Estado.
Os detalhes sobre a capacidade de produção e abrangência da UFN3 serão expostos em reportagem publicada nesta edição. Parte das consequências da retomada desta importante obra, porém, pode ser antecipada neste espaço: desenvolvimento para Mato Grosso do Sul. A retomada da unidade de nitrogenados provocará uma revolução no agronegócio não somente no Estado, mas em toda a região central do Brasil, onde o setor mais avança e que ajuda a manter o País imune aos efeitos da crise econômica, graças à demanda por commodities agrícolas no exterior.
Há quatro anos, quando as obras da UFN3 foram interrompidas, Três Lagoas era um eldorado no País. Milhares de pessoas migraram para a cidade em busca das oportunidades que eram oferecidas. Agora, com a retomada das obras, que é planejada para breve, o otimismo deve voltar. Esperamos, porém, que exista cautela e controle na cidade, para evitar novas frustrações. Mas é inegável que as oportunidades que a cidade oferecerá serão muitas. Um novo polo industrial virá na sequência do início das operações da fábrica de matéria-prima para fertilizantes.
Para os cofres de Mato Grosso do Sul, também será uma oportunidade histórica de arrecadar mais. A grande demanda por gás natural – também mostrada em reportagem adiante – deve melhorar a arrecadação. Garantia de mais recursos para investir em serviços e infraestrutura para a população. Que os bons ventos venham.