Este cenário positivo do mercado imobiliário, depois de dois anos de recessão, deve servir de estímulo para que o trabalho se mantenha na mesma intensidade.
Nada dura para sempre, nem mesmo os momentos ruins. Na letra de “November Rain”, da banda norte-americana Guns N' Roses, é dito que “nem mesmo a chuva fria de novembro, dura para sempre. O mesmo se pode afirmar sobre a recessão dos últimos dois anos. O momento agora é de os resilientes - aqueles que mantiveram o otimismo durante os piores momentos da crise, e trabalharam duro para superá-la - encherem o peito de orgulho para afirmar: “eu disse que ia passar”. Aparentemente, passou.
Os indicativos de que a economia saiu do fundo poço (apesar de ainda não ter retornado à superfície) estão por todos os lados. Passam pela queda da taxa básica de juros do Banco Central, que em 7% ao ano, está no menor patamar da história. A situação permite uma abertura mais consistente de crédito, pelos bancos públicos e privados, a condições mais favoráveis.
Os juros baixos permitem não somente a tomada de empréstimo (sobretudo os do setor de habitação) a condições mais favoráveis, mas também fazem com que seja mais interessante o investir os excedentes em coisas reais (como na construção civil) que em fundos e aplicações bancárias.
O cenário descrito acima nos leva a outros indicativos importantes: maior atividade econômica e aumento do Produto Interno Bruto (PIB), como apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recentemente; e o tema de uma das principais reportagens desta edição: a retomada do mercado imobiliário depois de dois anos de recessão. Em todo o Brasil, as vendas estão 4,2% maiores e o percentual de lançamentos - que demonstra o otimismo das incorporadoras - a situação é ainda melhor: 14,7% de crescimento.
É importante lembrar que o setor da construção civil é um dos maiores multiplicadores de investimento e oportunidades da economia. Primeiro, porque é um dos segmentos da indústria que mais emprega, por precisar de grande quantidade de trabalhadores, dos canteiros de obras às imobiliárias, passando por atividades importantes como decoração, acabamento, entre outras. Com um número expressivo de lançamentos de empreendimentos, é possível deduzir que no médio prazo, os empregos formais, os serviços prestados por profissionais liberais, também serão maiores. Consequentemente, haverá mais dinheiro em circulação na praça, e a incidência de mais impostos sobre todas estas atividades.
Este cenário positivo depois de dois anos de crise deve ser estímulo para que o trabalho continue na mesma intensidade do que proporcionou aumento nas vendas, surgimento de novos empreendimentos e até mesmo levou à reação do Produto Interno Bruto. A boa notícia também veio em excelente hora: no fim de ano, período em que as pessoas são mais otimistas e esperançosas. Indicativo de que 2018 poderá ser um ano muito bom para todos.