É para acalmar os ânimos que os acordos existem. Esperamos que as instituições e os cidadãos busquem mais o entendimento; ele é fundamental para que todos – inclusive o País – cresçam.
Para que algo possa se desenvolver é necessário retirar os fatores que impedem o crescimento, assim como para fazer um carro se locomover é necessário – no mínimo – soltar o freio de mão. Neste mês de setembro, várias medidas vêm sendo tomadas pelo poder público para que se possa criar meios para a economia voltar a crescer. Algumas delas, que ocorrem nesta semana, merecem destaque.
A primeira das medidas é o destravamento do contencioso judicial envolvendo o consórcio UFN3 – formado por Petrobras, Galvão Engenharia e a chinesa Sinopec – e os trabalhadores que atuavam na obra, paralisada em 2015. Trata-se de um acordo de aproximadamente R$ 150 milhões, que vai permitir que a estrutura, que está 80% concluída, seja assumida pela sociedade firmada entre a empresa russa Acron (majoritária no negócio) e a boliviana YPFB.
Nesta mesma edição, também continuamos mostrando as iniciativas da Justiça do Trabalho para mediar contenciosos para chegar a um acordo. São centenas de processos, com pagamentos milionários, que serão viabilizados em breve. Certamente, quando há acordo entre as partes, fica mais descomplicado continuar com o cotidiano, independentemente da parte envolvida. É como limpar algo, resolver um problema. A carga negativa vai embora e abre-se espaço para planos e projetos, nem que seja para começar do zero.
Também nesta edição, falamos de outras oportunidades de destravamento. Desta vez, trata-se do setor da habitação. A Agência Estadual de Habitação de Mato Grosso do Sul (Agehab) oferecerá condições vantajosas para regularização dos imóveis que estão em posse de mutuários inadimplentes. O resultado deste programa de renegociação de contratos e de novação de dívidas poderá ser bom para o órgão habitacional do governo, pois proporcionará recursos em caixa para investir em novos projetos habitacionais; também poderá ser bom para o morador, que poderá dormir em sua casa – comprada por intermédio da Agehab – mais tranquilamente, sem medo de perdê-la.
Em 2015 o Brasil, começou a passar por uma de suas maiores crises – política, econômica e estrutural (com consequências em todas as áreas, como educação e saúde). As implicações dos momentos de tensão são muitas. Até mesmo as famílias entraram em conflito. Cidadãos tiveram de mudar seus planos de vida, e o mesmo se aplica às empresas.
É para acalmar os ânimos que os acordos existem. Esperamos que as instituições e os cidadãos busquem mais o entendimento; ele é fundamental para que todos – inclusive o País – cresçam.