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Carlos Lopes Dos Santos: "Apologia do bibliófilo amador ao livro"

Advogado

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Como escrever e o que escrever sobre o livro? Não quero escrever um livro agora. Nem contar a história do livro, pois não estou à altura de tamanha envergadura. Desejo descrever um milímetro sobre o que é uma das minhas grandes paixões, a leitura de um bom livro. Um bem dos mais importantes na história da humanidade, que é quase impossível relatar toda sua grandeza e colaboração no desenvolvimento e aperfeiçoamento da engrenagem do conhecimento científico, intelectual, cultural etc. O livro, entretanto, não vive, nesses tempos atuais, toda glória que merece e que deveria sempre desfrutar. Não me refiro, simplesmente, ao emaranhado de páginas compiladas numa singela encadernação. Não quero tratar apenas das banais compilações do códex. Vislumbro o que considero o refratário do saber, a destilação da inspiração, o conteúdo do livro e a sua forma, a sua materialização. Tenho demasiado apreço ao livro, que até a menor das ideias equivocadas que expõe, eu respeito, desde que se configure nele a honra ao vernáculo e a decência da virtude honestidade. Enfim, para mim, não existem livros maus. Existem, sim, os bons, os ótimos, os imprescindíveis, os essenciais e outros.

De bom alvitre, ressaltar que não menciono a desglorificação do livro levando em consideração somente o seu aspecto econômico. Não se trata disso, inobstante, os dados divulgados pela Câmara Brasileira de Livros relativos ao ano base de 2017, apresentem uma relativa queda na produção e vendas do setor editorial. Em 2017, foram comercializados 354 mil exemplares, contudo, num total menor do que em 2016 (dados da CBL). Penso que não se pode medir o valor de um livro pelo preço nem pela sua quantidade vendida, todavia num País tão gigantesco, com mais de 200 milhões de habitantes, é lamentável constatar que os brasileiros não são apreciadores, em sua maioria, da leitura, quanto mais da aquisição de um livro. Ainda bem que, em muitos milhões, existem algumas centenas de milhares ou poucos milhões que se destoam dessa estatística triste.

Quem sabe, toda essa admiração desmedida pelo livro me leve a cometer uma ambiguidade. Entretanto, quase me soa incompreensível, a troca do antigo prazer de se adentrar a uma livraria, apreciar as obras visíveis, escolher o preferido e sorver fisicamente a boa e velha leitura, de preferência sob um velho alpendre estendido num belo jardim e, se possível, acolhendo todo o calor da Toscana, saboreando uma dolce taça de vinho rosso, na Itália, evidentemente, pela leitura do mesmo livro num computador, celular etc. Quer dizer, ler o e-book. Assim agora querem chamar o livro: e-book. Quem gosta de verdade do livro, o tradicional, aprecia sua configuração física, sua arte estampada na capa, contracapa e toda sua formatação. Alguns, e nem estou afirmando que isso seja correto, compram livros, às vezes, só pela beleza da capa. Para estes, um computador não é um livro. O e-book também não, em que pese toda comodidade que ele ofereça na leitura. Mas ler um bom livro é ótimo em qualquer lugar, não só na Itália, óbvio. Seja manuseando o volume ou digitando as teclas. Que fique consignado que este missivista nutre todo o respeito do mundo pelo leitor que aderiu ao e-book e o prefere, ao velho livro de papel. Aliás, oxalá esse novo (nem tanto) nome do livro, com sua denominação gringa, “e-book”, possa despertar em nossa gente o amor definitivo pela leitura, para o bem de todos e do País, e que os livros recebam, enfim, toda glória que fazem jus.

Quem conhece a história do livro certamente tem ciência de todo o perrengue que ele passou na sua trajetória, desde as dificuldades iniciais para sua produção em diversos tipos de materiais, a proibição e regulação para o público na idade média, ser queimado em épocas de guerras, até a sua consagração conclusiva como um grande bem da humanidade e agora o e-book. A leitura é tão edificante e a gente deve tanto ao livro por isso, que é impossível em poucas linhas descrever o seu valor. Nada disso seria possível sem os escritores, de quem falaremos em outra hora. Por hoje, basta encerrar, recordando-me dos meus antigos livros “Programa de Admissão” (Domingos P. Cegalla e Outros) e do “Malba Tahan” (Júlio C. de M Souza), onde tudo começou nos anos 60.

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

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'É o pior dos governos Lula', alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como "o pior dos governos Lula". Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove "descaminho" na economia e "está muito mal assessorado". Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso "acirra" a polarização.

Acirramento

"Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro", criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

"Parece proposital, para manter a polarização", analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

"Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)", afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que "se passa dos limites, pode se tornar incontrolável".

PEC antidrogas 'some', mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, "essa semana nem sequer comentamos". A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. "Vai passar tranquilo, pode apostar", crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com "cenário mais adverso", "aqui vamos ter trabalho", avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, "não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver."

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de "inevitável" a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. "Agora vai? Até parece!", duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia "induzir o leitor" ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: "Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá."

 

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Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

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Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

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