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Benedito Rodrigues da Costa:
"A logística no transporte de MS"

Economista

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Houve um paradoxo em nosso Estado quando falamos de um termo tão propalado no setor empresarial, notadamente, nos setores de produção, quer de produtos primários ou acabados que devem ser escoados para o consumo ou industrialização para outros estados da federação, mas, e principalmente, para a exportação. Os sistemas de transportes que, até a década de 60, como a ferrovia, a hidrovia e aerovias, sofreram uma inexplicável decadência, prejudicando diversos municípios, tiveram suas economias afetadas tragicamente.

A logística significa planejamento e realização de vários projetos ao mesmo tempo. Interligando-os, foi concebido durante as grandes guerras pelos militares, que tinham como fundamento o armazenamento, a distribuição e a manutenção de armas, roupas, alimentos, saúde e meios de transportes. Após a última guerra mundial, esse sistema foi adotado pelas grandes organizações empresariais. A Rede Ferroviária Federal – Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), no trecho compreendido entre Baurú-SP e Corumbá-MT, depois, MS – desempenhava um relevante serviço de transporte de cargas e passageiros de maneira constante e a preços competitivos, levando os produtos até o vizinho país de nossa fronteira, a Bolívia, e, ainda mais, utilizando-se o Rio Paraguai, em que o sistema de transporte hidroviário se encarregava de transportar nossas riquezas ao Paraguai, à Argentina e ao Uruguai. No aeroporto de Corumbá, os aviões de passageiros e de cargas tinham intensa movimentação pelas companhias aéreas nacionais e internacionais. O abandono dos sistemas de transportes acabou por afetar economicamente toda a região pantaneira, pela estagnação das atividades existentes.

Tal situação não é recente, porém, a crise econômica que afetou o mundo globalizado, dificultou ao governo estabelecer ações que pudessem contribuir com o sistema modal de transportes, que seria a redenção dos municípios abrangidos pela Rede Ferroviária e hidroviária. Os postulantes aos cargos eletivos devem focar suas campanhas nisso que representa o entravamento de nossa economia, ou seja, na recuperação da malha ferroviária e hidroviária.