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OPINIÃO

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Antonio Carlos Siufi Hindo: "Indicação para a secretaria nacional de Cultura"

Promotor de Justiça aposentado

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Foi desastroso o pronunciamento formalizado pelo secretário nacional da Cultura. Fazer menção a um capítulo triste da história da humanidade consubstanciada pelas ações sórdidas deixadas pelo regime nazista o secretário exonerado conspirou em desfavor do nosso povo amante da paz e da concórdia.  Conspirou ainda em desfavor da nossa rica história. De outro vértice ao se espelhar em um assessor próximo de Hitler para avançar com as suas propostas no campo da cultura nacional cometeu a maior de todas as brutalidades. Cometeu um erro gravíssimo. Reviveu a discórdia, fomentou a perseguição, consolidou os mais nefastos sentimentos de desrespeito ao ser humano. Foi isso o que nazismo deixou como legado nojento. 

O mundo civilizado nunca havia assistido até então tamanha brutalidade como aquela emanada de Hitler, na cidade de Berlim. Suas ações, suas ordens, seus comandos, seus propósitos causaram repugnância em todo o mundo civilizado. A brutalidade com que esse regime de força agia contra os povos subjugados denunciava a estupidez de seu líder acobertado pelo silencio dos seus auxiliares imediatos. O Brasil lutou contra o nazismo durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Mascarenhas de Morais foi o grande comandante em chefe das nossas forças expedicionárias no território italiano.  O soldado brasileiro mostrou sua coragem e a sua bravura nos campos de batalha cumprindo à risca o comando dos seus superiores hierárquicos. Vidas preciosas foram perdidas. O autoritarismo foi derrotado. Os nossos pracinhas foram recebidos como heróis nacionais pelos seus relevantes serviços prestados nos campos de batalha. Homenagem justa. São os nossos sempre festejados heróis nacionais.  O nosso governante de então, pasmem,  não conseguiu entender o resultado final da conflagração mundial e manifestou em concreto o propósito de continuar governando o povo brasileiro sob a égide do autoritarismo. Um brutal contrassenso. O nosso povo se rebelou. Getúlio, foi obrigado a deixar o Catete.  Isso não é pouca coisa. Foi um marco precioso da nossa história política e constitucional.  Representou muito para o exemplo de  honradez, dignidade, caráter e o amor grande à democracia.  Legado precioso para os  vindouros. O secretário tinha a obrigação cívica, moral e patriótica de conhecer essa passagem histórica. Zelar  pela sua força histórica. Era o seu dever maior  interpretar como escorreito esse precioso e indiscutível fato histórico.  

Reviver o nazismo, sob qualquer prisma seria marchar na contramão dos nossos mais elevados princípios democráticos e cristãos. Mas existe outra faceta do abominável discurso. O nosso legado cultural deixado pelos nossos antepassados não precisa ser comparado com nenhum outro do nosso planeta. Sobretudo o nazismo. Não precisamos dessas comparações. A nossa cultura já se sobressai diante de outras tantas pelas suas peculiaridades e grandezas. Os nossos intelectuais, os nossos homens simples que a construíram ao longo das suas atividades profissionais respondem pela sua grandeza. Todo o nosso país possui um caldo precioso de cultura. Aliado à nossa música, ao nosso folclore, às artes cênicas e a outros tantos espetáculos produzidos pelos nossos anônimos estão a representar essa glória e virtude nacional chamada de cultura. Ela não pode nunca ser subestimada, ultrajada, menosprezada. 

Daí a importância das palavras ao se referir aos seus encantos e a outros tantos temas que surgem à nossa frente. Elas precisam ser comedidas e policiadas.  São o nosso céu e  o nosso inferno. As palavras escritas ou ainda as proferidas verbalmente resultam marcadas de forma indelével. Não retroagem. Não podem ser borradas. Machucam os sentimentos, cobrem de vergonha a honra nacional. São essas  as suas marcas indeléveis. No caso vertente esse tipo de cometimento compromete frontalmente a política externa do nosso governo sempre voltado para estreitar as relações de amizade e de cooperação entre as nações civilizadas. Sobretudo, governadas sob a égide do regime democrático. 

O presidente Jair Bolsonaro agiu corretamente ao exonerar o  secretário. Seu espírito cívico e patriótico não se coaduna com o espírito do pensamento esculpido pelas linhas produzidas pelo seu secretario de cultura. O nosso presidente é um patriota. Amante da democracia. Não admitiria dentro do seu governo proposta escorado em regimes autoritários. Não tinha como se pode observar outra alternativa. Melhor assim. 

O nosso Mato Grosso do Sul  que já ofereceu dois filhos ilustres para formarem o primeiro escalão do atual governo federal, cujos trabalhos que desenvolvem com competência e lisura enriquecem a nação brasileira, cobrindo de orgulho enorme os seus conterrâneos poderia  muito bem oferecer um novo nome para compor as fileiras dos seus principais assessores. Seu nome Marisa Serrano. Tem uma vastíssima experiência na vida pública. Rica em propósitos e ações. A educação e a cultura  sempre  foram suas grandes vertentes. Sua comprovada competência no exercício sempre respeitoso de outras tantas funções públicas que exerceu durante a sua caminhada  poderiam também de forma sobeja responder por um eventual convite presidencial. A condição impar que atualmente exerce como  imortal da nossa Academia de Letras consagraria a bonita indicação.

Claudio Humberto

"Não dá mais para esconder o elefante atrás do arbusto"

Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre denúncias de censura no Brasil feitas nos EUA

20/04/2024 07h00

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'É o pior dos governos Lula', alerta Osmar Terra

Ex-ministro e deputado federal há quase 30 anos, Osmar Terra (MDB-RS) avaliou o terceiro mandato do presidente Lula (PT) como "o pior dos governos Lula". Em entrevista ao podcast Diário do Poder, no ar a partir deste sábado (20) no YouTube, o gaúcho afirmou que o petista promove "descaminho" na economia e "está muito mal assessorado". Disse ainda que Lula poderia ter promovido a pacificação política, como chegou a afirmar na campanha, mas ao invés disso "acirra" a polarização.

Acirramento

"Toda vez que abre a boca, fala mal do [ex-presidente Jair] Bolsonaro", criticou o deputado que foi ministro nos governos Temer e Bolsonaro.

Intento

"Parece proposital, para manter a polarização", analisou Osmar Terra sobre as críticas perenes de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sem resultados

"Não estou vendo resultados concretos para a saúde pública brasileira na gestão (Nísia Trindade, no Ministério da Saúde)", afirmou Terra.

Perigo

Em relação às tensões entre o Legislativo e Supremo Tribunal Federal, Terra disse que "se passa dos limites, pode se tornar incontrolável".

PEC antidrogas 'some', mas vai passar na Câmara

Deputados desconfiam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas vai tramitar a passos de tartaruga na Câmara. Maurício Marcon (Pode-RS) estranha o sumiço da PEC desde a aprovação no Senado, "essa semana nem sequer comentamos". A avaliação geral, mesmo na base de Lula na Casa, é de que o texto vai ser aprovado. "Vai passar tranquilo, pode apostar", crava o vice-líder do governo, deputado José Nelto (PP-GO).

De lavada

No Senado, mesmo aliados de Lula, que é contra o projeto, votaram pela aprovação. O placar ficou em 52 a 9, com larga maioria para criminalizar.

Cenário adverso

Líder da Frente Evangélica, Eli Borges (PL-TO) crê na aprovação, mas com "cenário mais adverso", "aqui vamos ter trabalho", avalia.

Chá de sumiço

Kim Kataguiri (União-SP) diz que nem mesmo ouve-se falar sobre o tema na Câmara, "não sei nem se o [Arthur] Lira pauta. Vamos ver."

Justiça vai decidir

Virou representação na Justiça contra Vinicius Marques de Carvalho (CGU) o contrato entre a Novonor, ex-Odebrecht, e escritório de advogados do ministro. O Partido Novo vê conflito de interesse no caso.

Morte, impostos e...

Relator e principal defensor do Projeto da Censura (PL 2630) no Lula 3, o deputado Orlando Silva (SP), do Partido Comunista do Brasil, chamou de "inevitável" a regulação das redes sociais.

Recados

Até mesmo os indígenas resolveram dar um chega pra lá em Lula, que tem visto a popularidade do governo derreter. O petista não foi convidado para o principal ato indígena em Brasília, o Acampamento Terra Livre.

Bomba Pacheco

Problema para Estados e União: será do ministro Fernando Haddad (Fazenda) a missão de convencer senadores a vetarem o quinquênio, penduricalho bilionário para juízes inventado por Rodrigo Pacheco.

VAR Musk

Deltan Dallagnol, um dos principais procuradores da Lava Jato, fez longo apelo, em inglês, ao dono do X, Elon Musk. O ex-deputado denunciou o processo que cassou seu mandato e mais de 344 mil votos, em 2023.

Engana bobo

Reunião de emergência de Lula com ministros para acertar os rumos do governo, nesta sexta (19), foi vista com ceticismo por parlamentares. "Agora vai? Até parece!", duvidou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Viagem, luxo

A Câmara vai convocar a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) para explicar a gastança com viagens mundo afora. Teve até passagem de R$54 mil, denuncia o deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Checagem

Publicação de Sâmia Bomfim (Psol-SP) na rede social X recebeu alerta de que poderia "induzir o leitor" ao erro ao tentar associar a Starlink, que leva internet a locais remotos da Amazônia, ao garimpo ilegal.

Pensando bem...

...meio acerto é meio erro.

PODER SEM PUDOR

Reunião espírita

Leonel Brizola confiou ao economista Marlan Rocha a missão de percorrer o interior do País para organizar o PDT, que acabara de fundar. Ao chegar em Barreiras, na Bahia profunda, Marlan procurou um militante getulista histórico, Aluízio Mármore, e pediu para organizar uma reunião com velhos trabalhistas das redondezas. Mármore apenas sorriu: "Amanhã cedo pego você no hotel e vamos ao cemitério. Estão todos lá."

 

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ARTIGO

Vacinação: um pilar da saúde

18/04/2024 07h30

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Entre os muitos desafios enfrentados pelo sistema de saúde no Brasil, as estratégias de imunização se destacam como um pilar fundamental para a prevenção de diversas doenças. Reconhecer a relevância deste assunto e informar sobre a vacinação são ações essenciais para garantir o bem-estar coletivo e evitar novas epidemias e mais mortes.

Esta mobilização é urgente. Segundo dados do IBGE, mais de 60% dos municípios brasileiros não conseguiram atingir a meta de cobertura vacinal estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2023. Este déficit é especialmente alarmante quando falamos das vacinas administradas durante o primeiro ano de vida, para a proteção dos bebês.

Um dos principais obstáculos para alcançarmos a taxas ideais de vacinação é a disseminação de informações incorretas e falsas, as fake news, amplificadas pelas redes sociais. Teorias infundadas e mitos sobre os efeitos colaterais das vacinas e de outros medicamentos têm afastado muitos brasileiros da imunização, comprometendo seriamente as estratégias de saúde pública.

Mais do que nunca, as informações claras e objetivas devem ser o propósito de todas e todos que trabalham pela Educação em Saúde em nosso país.

Diante desse cenário, iniciativas da sociedade civil desempenham um papel vital no apoio à incorporação de novas vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS). A recente inclusão do imunizante contra a dengue é um exemplo do impacto positivo que a mobilização social pode ter na ampliação do acesso à prevenção e tratamento de doenças.

A Colabore com o Futuro, primeiro negócio social criado para atuar com advocacy em saúde da América Latina, trabalhou ativamente para a inserção da vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O mesmo empenho está sendo colocado para a inclusão da vacina contra a Influenza Quadrivalente no Programa Nacional de Imunização (PNI), visando a proteção de pessoas com 80 anos ou mais. Além disso, defendemos a implantação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma medida fundamental para prevenir infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças.

Devemos fortalecer os esforços de conscientização e educação sobre a importância da vacinação e lutar contra a desinformação. Por meio das consultas públicas, um processo simples de participação popular nas decisões estratégicas em Saúde, é possível opinar e contribuir para definição do que vai ser oferecido pelo SUS e pelos planos particulares.

A saúde é um direito básico de todos os cidadãos, e a imunização é uma ferramenta poderosa para proteger indivíduos e comunidades contra doenças evitáveis. Juntos, podemos construir um futuro mais saudável para o Brasil.

 

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