Após perder espaço no mercado de motores de busca para o Bing e anunciar mudanças no serviço para tentar retomar a sua pequena fatia no setor, a Yahoo finalmente considera aceitar uma oferta de compra da maior parte de suas ações, diz o site All Things Digital .
Duas fontes que trabalharam na companhia, o ex-presidente do conselho de Administração da Yahoo Roy Bostock e o cofundador do portal Jerry Yang, apontam que um possível interessado em assumir o Yahoo é o ex-presidente da News Corp e COO, Peter Chernin. Os valores das negociações ainda não foram revelados.
Também interessada na aquisição da companhia, a Microsoft, que já ofereceu mais de US$ 44 bilhões para comprar a Yahoo em 2008 e enfrentar o crescimento da Google, está presente no cenário de compra. Na época, a direção da Yahoo rejeitou a proposta por acreditar ser baixa demais, totalizando US$ 31 por ação.
Na atual negociação, a Microsoft faria um acordo com investidores como Chernin e o fundo de investimentos Providence Capital para realizar a compra de muitas ações que dariam ao grupo a oportunidade de assumir o controle da empresa.
Em 2010, quando os acionistas se uniram em busca de lançar uma nova companhia de nome TrafficCo, envolvendo o Myspace, a Yahoo e Microsoft com o portal MSN, a proposta, se concretizada, representaria a maior fusão da história entre empresas de tecnologia.
Peter Chernin, que mostrou um histórico de interesse pela aquisição do portal é a única dúvida durante o processo de negociação. Caso ele desista de comprar a empresa de internet, após ter obtido sucesso com produtos como Flipboard e Pandora e com seus negócios em Hollywood, a Yahoo terá que esperar outro grupo de investidores.
As ações da companhia caíram quase 50% nos últimos cinco anos. Carol Bartz, CEO da Yahoo, vem enfrentando críticas de acionistas embora o lucro da Yahoo tenha superado as expectativas de Wall Street neste primeiro trimestre . Seu contrato expira no fim do ano, e novos nomes de executivos começam a ser especulados.
A parceria no setor de busca com a Microsoft não teria produzido efeitos positivos. O acordo entre as empresas permite que a ferramenta de busca da Microsoft alimente o site de buscas da Yahoo (gerando os mesmos resultados) em troca de um acordo comercial sobre publicidade nos dois sites.
A Yahoo, que figura em quarto lugar no ranking do alexa.com de sites mais visitados é também o maior provedor de anúncios on-line nos Estados Unidos. O site enfrenta a crescente competição da empresa de redes sociais como o Facebook e o Twitter e uma forte pressão contínua da líder em buscas Google, que vem minando seus negócios.