Cidades

Finalmente

A+ A-

Venda de bebidas alcoólicas é proibida em Mauá

Venda de bebidas alcoólicas é proibida em Mauá

Continue lendo...

Os postos de combustíveis de Mauá, na Grande São Paulo, estão proibidos de vender bebidas alcoólicas. A medida, que entrou em vigor no sábado (9), agradou moradores da região. “É um grande passo para acabar com os problemas causados por jovens que ficam de madrugada no posto, bebendo, e depois ainda saem dirigindo”, diz a funcionária pública Mônica Campos, que mora com a família há 37 anos em uma casa próxima ao posto na Rua Portugal, um dos locais mais movimentados nas noites da cidade.

“Já faz anos que não conseguimos dormir direito, com tanto barulho e a música alta dos carros. Estamos perdendo a liberdade e a saúde”, diz Mônica, que junto com alguns vizinhos, entrou com ação na Justiça em 2008 para fazer valer a Lei do Silêncio. "Ainda aguardamos o resultado da ação, mas esperamos que o fim da venda nos postos traga um grande alívio, porque é o pessoal que se reúne ali que fica bebendo, usando drogas e fazendo rachas. Já vimos de tudo aqui, é um horror", afirma a moradora.

“É muita bagunça, precisa mesmo tomar alguma medida para amenizar essa situação. Os postos ficam tão lotados que acabam até inibindo quem quer passar para colocar combustível ou precisa comprar alguma coisa”, afirma Vagner Gomes Mendes, que também mora no bairro.

Postos acatam lei. Veja vídeo com imagens de brigas e baladas
Até quem costuma frequentar postos de combustível à noite reconhece que é preciso limite: “Eu acho boa a lei, tem que ter um pouco de ordem. Mas é divertido também ir para o posto, é legal sair com os amigos para curtir um pouco, conversar, ouvir um som e conhecer umas meninas. Tem gente que faz besteira, mas eu sempre me divirto numa boa”, diz Leandro Roberto, que espera que a lei ajude a diminuir os casos de violência e acidentes causados pela imprudência e consumo excessivo de bebidas.

“Agora só precisa ver se vai funcionar mesmo, ou se o pessoal vai comprar bebida em outro lugar e continuar se juntando no posto”, diz um frentista que preferiu não se identificar. Além de proibir a venda, a lei também veta o consumo em lojas e dependências dos postos. Quem não acatar a determinação será multado em R$ 2.600 e, em caso de reincidência, poderá perder o alvará de funcionamento. “Só gostaria de saber como vamos fazer para não deixar o pessoal vir beber aqui no posto. Não adianta avisar que não pode mais porque eles ignoram e pronto”, afirma o frentista.

Segundo o secretário de Segurança Pública de Mauá, Carlos Wilson Tomaz, todos os 39 postos de combustível da cidade estão cumprindo a lei. “Os postos estão sendo fiscalizados desde a zero hora de sábado, quando a lei entrou em vigor, e não há venda de bebidas alcoólicas em nenhum dos postos e lojas de conveniência de Mauá”, afirma Tomaz. O secretário diz que a lei tem “caráter preventivo e visa reduzir o número de brigas e acidentes”.

Mas a medida sozinha não será suficiente para lidar com o consumo excessivo de bebidas em Mauá, cidade com quase 500 mil habitantes e uma renda per capita média de R$ 820 por ano. Segundo Tomaz, a meta da secretaria é ampliar o patrulhamento preventivo na cidade e intensificar a fiscalização de bares – que, pela Lei Seca, só podem ficar abertos até as 23 horas, a menos que possuam licença especial de funcionamento. “É um trabalho conjunto com outras secretarias, para oferecer também opções de educação, emprego e lazer para os jovens”, afirma.

Faturamento menor e demissões

Apesar de aderirem à lei, donos de lojas de conveniência estão preocupados com a expressiva queda no faturamento em resultado do fim das vendas de bebidas alcoólicas. “Vamos ter um recuo de pelo menos 80% no nosso faturamento. Isso significa dizer que vou ter de cortar funcionários, dos sete atuais para três”, afirma Lucy Nogueira, proprietária de uma loja de conveniência em um posto da cidade. Segundo a empresária, antes da lei entrar em vigor, a loja chegava a vender mais de mil latas de cerveja em um dia, com uma receita média diária de R$ 2 mil.

“O problema não é a venda de bebidas no posto, mas a falta de fiscalização. O resultado seria muito melhor se houvesse mais policiamento, para impedir as pessoas de ficarem nas ruas bebendo e dirigindo embriagadas”, diz Lucy. “Estamos trabalhando honestamente, pagamos todos os impostos. A situação é séria, mas não temos culpa do que acontece fora daqui”, completa. Segundo a empresária, o Sindicato dos Comerciantes Varejistas de Derivados de Petróleo participará de reunião com a prefeitura na próxima quinta-feira (14) para tentar reverter a lei.

Em outro posto, o clima também era de apreensão quanto aos efeitos da proibição da venda de bebidas. “A maior parte do movimento é por conta disso. Agora, não sei o que vai acontecer. É possível que cortem o turno da noite, acho difícil não ter demissão”, diz a gerente de uma loja de conveniência que não quis se identificar.

Apesar da preocupação com o emprego, um funcionário se diz aliviado com a perspectiva de que suas noites sejam mais tranquilas daqui para frente. “É difícil trabalhar aqui no turno da noite, não temos sossego. E vira e mexe sai confusão. Brigas, acidentes de carro, atropelamento, até tiroteio já teve”, conta um frentista. “A primeira noite da proibição da venda de bebidas foi bem mais calma. Agora é torcer para continuar assim”, diz.

Segundo Humberto Cruz, proprietário de um bar próximo ao posto de combustível da rua Portugal, a lei foi um “alívio”. “No sábado, a rua ficou muito mais sossegada”, diz. O empresário acredita que o “clima mais calmo” pode ajudar a trazer novos clientes para o bar – pessoas e famílias que antes não frenquentavam a rua.

Mas a lei não deve trazer um aumento imediato das vendas de bebidas do bar. “Estamos falando de públicos diferentes, e o bar acaba saindo mais que o dobro do preço do posto. Não acho que eles vão começar a comprar comigo”, diz Cruz.

Alternativas

Para a modelo Alessandra Faria, a decisão não vai diminuir o problema da “bagunça dos jovens em postos de gasolina”. “Sou contra a lei. A bebida não vai mais ser vendida em postos, mas vai continuar nos supermercados. Na minha opinião, cada um vai andar com seu próprio estoque”, diz. Segundo ela, a saída seria investir em educação e proporcionar mais opções de cultura e lazer para os jovens da cidade.

Outra ideia, na avaliação do estudante de comunicação Rodrigo da Silva, é proibir apenas o consumo de bebidas em postos, mas não a venda. “Com isso você evitaria que as pessoas ficassem ali na rua consumindo e dirigindo bêbadas, mas também não criaria um monopólio de só os bares poderem vender bebida”, diz Silva.

A proposta de acabar com a venda de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis não é nova, mas Mauá foi a primeira cidade da Grande São Paulo a conseguir aprovar a lei, segundo a Secretaria de Segurança da cidade. Em São Paulo, por exemplo, desde a década de 80 tramitaram ao menos nove projetos de lei para proibir a venda de bebida alcoólica em postos, mas todos foram arquivados, segundo consulta ao acervo digital da Câmara.

O Rio de Janeiro chegou a aprovar um decreto para impedir a venda em 2007, mas os estabelecimentos continuaram a comercializar o produto com base em liminar. Dois anos depois, a Justiça deu ganho de causa ao Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio.

Em sua sentença, a juíza que analisou o caso afirmou que "a iniciativa do município demonstra uma tentativa de desonerar-se do dever de adotar medidas públicas sérias e eficazes de fiscalização, educação e implementação de segurança no trânsito. Não pode o município transferir ao particular, no caso os associados do Sindicato, uma responsabilidade que é sua. Realmente, a proibição desta atividade, por si só, não atingirá o fim almejado. Somente através de medidas educativas, o Município conseguiria educar o motorista e reduzir o índice de acidentes automobilísticos".

Servidores

Governo Lula amplia proposta de reajuste para 9,5% para servidores federais da educação

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%

19/04/2024 14h00

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira. Foto: Gerson Oliveira

Continue Lendo...

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (19) uma contraproposta a técnicos e servidores da educação para 2025 e 2026 em numa nova mesa de negociação.

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%. Além disso, os pagamentos já seriam feitos em janeiro de 2026, não em maio, como é praxe.

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira.

A proposta foi feita em reunião de lideranças sindicais no Ministério da Gestão e Inovação com integrantes do governo. Em frente à sede da pasta estavam integrantes da categoria em protesto.

Do lado do Executivo estiveram presentes o secretário-executivo-adjunto da Educação, Gregório Grisa, e o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso.

Também participaram representantes da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
De acordo com o governo, há 220 mil pessoas nesta carreira.

"A gente colocou na mesa agora, para avaliação das entidades, para apreciação dos sindicatos, uma proposta de reajuste que representa um avanço expressivo, quando comparada à proposta que o governo fez ainda no final do ano, que era de 4,5% em 2025, 4,5% em 2026", disse Grisa.

"A gente traz a proposta agora, inclusive adiantando para o mês de janeiro de 2025, já ter 9% em 2025. Então a gente dobra a proposta feita anteriormente para essa carreira de técnicos administrativos", completou.

Ao final da reunião, os secretários do governo falaram com jornalistas sobre a proposta. À tarde, a mesa de negociação será com professores.

Docentes de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do Brasil entraram em greve no último dia 15, após o governo não prever reajuste às categorias.
Eles exigem aumento salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% —a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

De acordo com balanço de quinta-feira (18) da Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), há 24 instituições paralisadas e outras 11 com indicativo de greve. Já a Fasubra diz que 66 das 69 instituições aderiram à greve.

Dia do exército

Riedel, secretários e policiais recebem honrarias nos 376 anos do Exército

Cerca de mil militares das Forças Armadas participaram de solenidade no CMO

19/04/2024 13h00

Marcha e desfile de militares do Exército Brasileiro MARCELO VICTOR

Continue Lendo...

Cerca de mil militares das Forças Armadas comemoraram os 376 anos do Exército Brasileiro (EB), na manhã desta sexta-feira (19), em solenidade realizada no Comando Militar do Oeste (CMO), localizado na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande.

Homens e mulheres fardados, de 13 grupamentos/batalhões, marcharam e desfilaram em alusão ao Dia do Exército, comemorado anualmente em 19 de abril.

Durante a solenidade, foram entregues medalhas, diplomas, certificados e honrarias militares ao governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); comandante-geral da Polícia Militar (PMMS), Renato dos Anjos; comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Frederico Reis; secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira; presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul); entre outras autoridades.

Os convidados foram homenageados em reconhecimento aos serviços que contribuíram para progresso, defesa e segurança de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o governador do Estado, Eduardo Riedel, a parceria entre o governo de MS e EB garante ganhos na infraestrutura, sociedade e segurança pública.

“Estou muito honrado de receber uma homenagem do Exército Brasileiro, é uma instituição que orgulha a todos nós. E para o Mato Grosso do Sul, é fundamental, um estado que faz fronteira com dois países, faz divisa com mais outros cinco estados da federação e a sede do Comando Militar do Oeste é aqui no estado de MS. É uma parceria extremamente efetiva, diante de todas as situações que nós temos no estado, o Exército Brasileiro traz ao estado tranquilidade e parceria grandes em diversas áreas, social, infraestrutura, segurança pública. E a gente fica muito honrado em receber essa homenagem aqui hoje”, disse o governador de MS, em coletiva de imprensa.

Segundo o general de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, a missão do EB é a de contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social.

“São 376 anos de dedicação à Pátria, ao nosso povo, ao nosso Brasil, trabalhando dentro dos nossos princípios de disciplina, hierarquia, valores e ética. Nosso papel é a garantia dos direitos constituídos, a defesa da Pátria, colaborar para o desenvolvimento nacional e estar junto a sociedade, tornando esse Brasil cada vez maior”, ressaltou o general.

O Dia do Exército Brasileiro é comemorado anualmente em 19 de abril, data que relembra o aniversário da Batalha de Guararapes, travada em 1648, quando brasileiros de diversas origens se uniram pela primeira vez em defesa do território contra o domínio holandês.

Neste dia, são realizadas diversas atividades para celebrar e reconhecer o trabalho e a importância do Exército na defesa da nação e na manutenção da ordem e segurança interna.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).