A Vale dá sinais de retomada
da produção de minério
de ferro em Corumbá,
aos patamares de 2008, e
cria uma expectativa em relação
ao projeto de expansão
que adquiriu da Rio Tinto ao
comprar a unidade da angloaustraliana
no município, a
Mineradora Corumbaense
Reunida (MCR).
A empresa projeta a produção
de quatro milhões de
toneladas de minério este
ano no complexo Corumbá
e já contratou em janeiro 128
novos trabalhadores para a
área de operação. Hoje, a Vale
conta com 890 funcionários
na Urucum e na MCR e
abrirá gradativamente novos
postos de trabalho.
“Incorporamos a MCR em
setembro sem demitir um
funcionário, ao contrário,
contratamos 104 para a mina”,
disse o gerente-geral do
Complexo Corumbá, Azemar
Sepúlveda Neto.
O projeto de expansão
que a Rio Tinto pretendia
implantar em Corumbá, estimado
em US$ 2,15 bilhões,
está sendo analisado pela
Vale dentro das variáveis do
cenário, que já são mais otimistas
em relação a 2009,
segundo Sepúlveda. “Mas é
ainda muito cedo pra dizer
que a crise passou”, observa.
Mercado reage
A Rio Tinto projetava ampliar
a capacidade de produção
da mina, dos atuais dois
milhões de toneladas para
12,8 milhões de toneladas
em quatro anos, com investimento
de US$ 700 milhões. A
expansão incluía a construção
de dois portos, no distrito
de Albuquerque, próximo
à mina, e no Uruguai.
O gerente-geral afirmou
que a produção de minério
de ferro prevista para 2010
não depende apenas do mercado,
mas também de logística.
A Vale exporta para o
Mercosul, Estados Unidos e
Europa pela Hidrovia Paraguai-
Paraná, que tem limitações
de calado no período de
seca no Pantanal.
“A capacidade de produção
está diretamente ligada
à demanda mundial, cujo
mercado começa a reagir
com a retomada das exportações
em escala próxima à
de 2008”, disse Azemar Sepúlveda.
“Dependendo dessa
demanda, estudaremos uma
nova logística e investimentos
futuros.”
Pesquisa e prêmio
A Vale e a MMX foram
apontadas como as marcas
mais presentes na memória
dos corumbaenses, no setor
de mineração, entre as
27 pesquisadas pelos acadêmicos
de Administração do
Campus Pantanal, da Universidade
Federal de Mato
Grosso do Sul (UFMS), em
novembro de 2009.
Em parceria com a Associação
Comercial e Industrial
de Corumbá, a UFMS concedeu
o prêmio Mérito Empresarial
às duas mineradoras,
que se destacaram nas áreas
de responsabilidade social
e preservação do meio ambiente.
Os prêmios foram
entregues na noite da última
quinta-feira.