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Unidos da Tijuca é a campeã; Grande Rio fica em segundo

Unidos da Tijuca é a campeã; Grande Rio fica em segundo

Redação

18/02/2010 - 07h05
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A Unidos da Tijuca ficou com o título de Campeã do Grupo Especial das escolas de samba do Rio. O último título havia sido conquistado em 1936. A escola teve 299,9 pontos dos 300 possíveis. A segunda colocada foi a Grande Rio, com 299,4 pontos; a Beija-Flor ficou em terceiro, com 299,2 pontos. A disputa foi acirrada, com equilíbrio entre a Unidos da Tijuca e a Beija-Flor. As duas escolas se mantiveram empatadas durante boa parte da apuração. Foi somente no sétimo quesito, alegorias e adereços, que a Tijuca assumiu a liderança até ser consagrada campeã. Nos últimos quesitos, a Beija- Flor foi superada também pela Grande Rio, que ficou com a segunda colocação. Com o enredo “É Segredo!”, a Unidos da Tijuca inovou e usou efeitos visuais para mexer com a imaginação do público. A escola foi a terceira a desfilar no primeiro dia de apresentações do Grupo Especial do Rio, e foi considerada pelo público a grande sensação da Marquês de Sapucaí. A escola apresentou uma comissão de frente totalmente inovadora, onde as mulheres trocavam de roupa em um passe de mágica. Como o regulamento permite somente 15 componentes, foi usada uma alegoria para esconder os demais integrantes. Coreografada, a comissão fez um show na avenida, e os componentes fizeram uma apresentação com truques do ilusionismo. A Unidos da Tijuca foi criada a partir da fusão de quatro blocos existentes nos morros da Casa Branca, da Formiga e da Ilha dos Velhacos, em 31 de dezembro de 1931, na subida da rua São Miguel. A agremiação é a terceira escola de Samba mais antiga do Brasil. Sobe e desce A tradicional escola de samba Unidos do Viradouro recebeu uma sequência de notas baixas na apuração de ontem, na Sapucaí, e acabou rebaixada para o grupo de Acesso do Carnaval do Rio de Janeiro. A São Clemente foi a campeã do Grupo de Acesso e desfilará no Grupo Especial do Carnaval carioca em 2011. Desde o início da apuração, as notas dadas à Viradouro não eram empolgantes. Com 290,5 pontos, a escola ficou distante da União da Ilha, 11ª colocada, que encerrou sua participação no carnaval carioca com 293,8 pontos. A escola polemizou ao levar para a avenida a pequena Júlia Lira, filha do presidente da agremiação, Marco Lira, como rainha de bateria. A menina de 7 anos chegou a chorar na Sapucaí devido ao assédio da imprensa. Além da polêmica gerada em torno de Júlia, o sambaenredo México, o Paraíso das Cores, sob o Signo do Sol não empolgou os foliões no sambódromo, o que lhe rendeu algumas críticas. O único êxito da Viradouro no Grupo Especial do Rio de Janeiro foi em 1997, quando o Carnavalesco Joãozinho Trinta, afastado da Beija-Flor, levou à Sapucaí o samba-enredo Trevas! Luz! A explosão do universo, abusando do jogo de cores e compassos na bateria em ritmo de funk. Grupo Especial Unidos da Tijuca conseguiu 299,90 pontos; Grande Rio, 299,40; Beija-Flor, 299,20; Vila Isabel, 298,10; Salgueiro, 297,90; Mangueira, 297,60; Mocid ade I ndependente, 296,10; Imperatriz, 295,80; Portela, 295,20; Porto da Pedra, 294,00; União da Ilha, 293,80 e Viradouro, 290,50.

PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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Cidades

Comissão vai analisar pedido de anistia coletivo dos povos indígenas Guarani e Kaiowa de Caarapó

Violações praticadas pelo governo brasileiro aos indígenas no período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade

27/03/2024 17h00

Arquivo/Correio do Estado

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A Comissão de Anistia irá analisar, em sessão histórica o pedido de anistia coletivo dos povos Guarani Kaiowa, da comunidade indígena Guyraroká, protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 31 de agosto de 2015.

Esta será a primeira sessão promovida pelo órgão, criado em 2002, e atualmente vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, para analisar eventual reparação a indígenas que tiveram os direitos humanos violados durante o período da ditadura militar no Brasil, entre 1947 e 1980.

A sessão de apreciação dos pedidos ocorrerá às 8 horas (horário de MS) no próximo dia 2 de abril, no Auditório do MDHC, em Brasília (DF). O procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que subscreve o requerimento, representará o MPF.

Além da comunidade indígena Guyraroká, localizada no município de Caarapó (MS), a cerca de 275 quilômetros de Campo Grande, também serão analisados durante a sessão os pedidos de anistia relacionados aos povos Krenak, de Minas Gerais.

Como o primeiro pedido foi protocolado há quase uma década, o MPF promoveu recentes reuniões com lideranças da aldeia Guyraroká, no intuito de debater e atualizar o documento contendo os requerimentos coletivos, cujo teor será apresentado durante o ato no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Retirada do território

Políticas federais de povoamento do país, implementadas durante o período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai, levaram agentes estatais a promover traslados compulsórios dos indígenas de Guyraroká, provocando mortes e profunda desintegração dos modos de vida destes povos tradicionais.

O propósito era retirar os indígenas das vastas áreas por eles ocupadas segundo os seus modos tradicionais e confiná-los em espaços exíguos definidos unilateralmente pelo poder público. As terras ocupadas anteriormente por eles foram liberadas à ocupação de terceiros, que tiveram a posse dos terrenos legitimada por títulos de propriedade.

Estas violações praticadas à época pelo governo brasileiro aos indígenas de Mato Grosso do Sul foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que esteve em Dourados e ouviu integrantes da comunidade Guyraroká sobre o processo de confinamento territorial que sofreram. Estima-se que mais de 8.300 indígenas foram mortos no período em decorrência da ação estatal ou da omissão do governo brasileiro.

Repercussões das violações

Após anos longe do território, aos poucos, os indígenas buscaram ocupar Guyraroká, num processo que começou em 2004, iniciando pela ocupação da faixa de domínio da rodovia estadual que ladeia a terra indígena (MS-156) e posteriormente ocupando uma parcela do perímetro declarado – 65 de um total de 11 mil hectares.

O MPF destaca, no pedido de anistia, que a principal atividade econômica desenvolvida pelos indígenas Kaiowa é a agricultura e, quando retirados do seu território forçadamente pelo governo brasileiro, ficaram completamente desprovidos do exercício de todas as suas atividades econômicas, merecendo a reparação.

Além disso, a desintegração do grupo e a ausência de acesso ao território tradicional, somada à extrema miséria, provocaram um número significativo de mortes por suicídio na comunidade. Em um grupo de 82 pessoas, registrou-se um caso de suicídio por ano entre 2004 e 2010.

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