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Um mal silencioso

Um mal silencioso

Redação

26/04/2010 - 22h03
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O Ministério da Saúde estima que a cada cinco pessoas, uma é hipertensa no Brasil porém boa parte desse número desconhece que sofre do mal. A doença é silenciosa e é mais comum na terceira idade, em mulheres após a menopausa e em idosos, sendo que 75% das pessoas acima  dos 70 anos são hipertensas. “O perigo da hipertensão é que ela não se manifesta logo no início e quando os sintomas aparecem muito tarde já existe o comprometimento de órgãos-alvos, como os rins, o coração e o cérebro”, alerta a cardiologista e professora da Universidade Nove de Julho  Josiane Motta e Motta.
A predisposição familiar, ou seja, a hereditariedade corresponde a 95% dos casos da hipertensão primária. Já os outros 5%  ficam por conta da hipertensão secundária, que surge por motivos específicos, como obesidade, gravidez, uso de drogas e de álcool e sal em excesso, idade avançada, sedentarismo, etc. No entanto, independente da causa ou tipo da pressão alta vale ressaltar que ela é a principal responsável por provocar  infarto agudo do miocárdio, um acidente vascular cerebral (derrame) e a falência dos rins”, alerta.

Sintomas
Se você sente dores de cabeça, na nuca, tem sangramento nasal, tonturas, visão turva e vermelhidão facial, corra para o médico, porque é sinal de que você pode estar hipertensa . “Se o aparelho apresentar a pressão acima de 140 x 90 mmHg (leia-se 14 por 9), o paciente é considerado hipertenso”, informa. Josiane lembra ainda que a Sociedade Brasileira de Cardiologia considera pré-hipertensas as pessoas com pressão arterial acima de 139 x 89 mmHg.

Consequências
Mais do que maiores chances de infarto (duas vezes mais do que uma pessoa normal) e acidente vascular cerebral (quatro vezes mais), há perigo de lesão de vários outros órgãos, como rins, cérebro, olhos e as próprias artérias. Se for o caso de uma pré-eclâmpsia, ou seja, pressão alta na segunda metade da gravidez, a atenção deve ser redobrada, porque, se não tratada, a hipertensão da futura mamãe pode levar à morte dela e do bebê. “Nesse caso, os sintomas costumam ser inchaços e excesso de proteínas na urina”, esclarece a médica.
Percebeu que não dá para marcar bobeira, certo? “95% dos casos de hipertensão não têm cura, mas têm, sim, controle”, alerta Josiane. Fique de olho nas dicas e saiba como controlar e prevenir a hipertensão!

Controle
Aos hipertensos é recomendada a mudança do estilo de vida, com a prática de exercícios físicos por, pelo menos, 20 minutos ao dia. Além da atividade física, a médica frisa que diminuir o sal é muito importante. “A recomendação é menos de cinco gramas de sal por dia. Portanto, devem ser evitados alimentos industrializados, responsáveis por 70% do sal que o brasileiro consome, e o saleiro à mesa”, orienta Josiane.
A docente diz ainda que cada nove gramas de sal geram retenção de um litro de água, o que sobrecarrega o coração. É recomendada uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, potássio e em cálcio, com pouco sal e sem gordura saturada  para diminuir a hipertensão.

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

Governo

Lula quer procurar Lira, Pacheco e outros ministros do STF para diminuir tensão entre Poderes

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los

19/04/2024 17h00

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo. Agência Brasil

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O presidente Lula (PT) pretende buscar Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comandam a Câmara e o Senado, respectivamente, além de outros ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), em um esforço para diminuir as tensões entre os Poderes.

Nesta sexta-feira (19), Lula já trata da sua articulação política em um almoço no Palácio do Planalto. Participam os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Secom), além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Também estão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). A reunião acontece logo após a participação da cerimônia do Dia do Exército, no quartel-general da força. O almoço teve início por volta das 12h30.

O petista se reuniu na última segunda-feira (15) com uma ala do Supremo, formada pelos ministros Gilmar Mendes, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O encontro ocorreu na casa de Gilmar. Estavam também no jantar os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Na ocasião, Lula disse que pretendia buscar outros magistrados para conversas. O próprio presidente do STF, Luís Roberto Barroso, por exemplo, ficou de fora do encontro do início da semana. Na mesma linha, o presidente quer conversar com Lira e Pacheco.

Lula e os ministros do Supremo fizeram na segunda uma análise da conjuntura política atual e diagnosticaram que há muitos focos de tensão entre os Poderes é preciso diminui-los.

Embora não conste em sua agenda, há a possibilidade de Lula se reunir com Padilha e líderes aliados nesta sexta. Um dos objetivos do encontro seria para articular algumas dessas movimentações.

De um lado, o Senado e a Câmara têm demonstrado irritação com decisões da corte, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes. Como consequência, ameaçam dar seguimento a projetos que miram o STF. O Senado já aprovou no ano passado uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que restringe decisões monocráticas.

Na Câmara, deputados querem abrir um grupo de trabalho para tratar das prerrogativas parlamentares, para avaliar eventuais exageros do Supremo. Também sugerem que podem abrir uma CPI para mirar o STF e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Atualmente, há oito delas que aguardam a formalização, entre elas uma que pretende investigar "a violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem observância do processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade por membros do STF e do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Lira indicou esta semana aos líderes que deverá instalar CPIs, mas reservadamente deputados acham difícil a ofensiva prosperar.

Em outra frente, parlamentares, incluindo Lira, estão incomodados com a articulação política do governo. O presidente da Câmara chegou a dizer que o ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) é seu "desafeto pessoal" e o chamou de incompetente.

Lula reagiu dizendo que só por "teimosia" não tiraria Padilha do cargo. O presidente, porém, tem pregado um apaziguamento das tensões. O receio do presidente é que o clima acabe por afetar o andamento de projetos prioritários para o governo no Congresso, além de a tensão avançar para uma crise entre Parlamento e Supremo.
 

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