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UFMS deve trocar vestibular de inverno por Enem de 2009

UFMS deve trocar vestibular de inverno por Enem de 2009

Redação

10/04/2010 - 20h32
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Michelle Rossi

 

O ingresso nos cursos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) deve dispensar o vestibular e ser realizado apenas com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – sistema que já vai substituir o vestibular de inverno na instituição de ensino. A proposta será votada em 28 de abril pelo Conselho Universitário da UFMS, "mas existe uma forte tendência da universidade em aderir ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), o qual seleciona novos estudantes exclusivamente com as notas obtidas pelo Enem", disse o pró-reitor de Ensino e Graduação da UFMS, Henrique Mongelli. Aliás, emendou, "a previsão é de que todas as universidades públicas passem a utilizar o sistema. No entanto, no Centro-Oeste, apenas a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) já realizou admissão de seus alunos por meio do SiSU".

Mesmo sem vestibular, um edital de inscrições para os cursos de inverno da UFMS deve ser aberto entre os meses de maio e junho, mas só poderão se inscrever os estudantes que fizeram o Enem em 2009. "Os candidatos que não fizeram a prova no ano passado, não estarão habilitados para o processo seletivo de inverno", informou o chefe de coordenação administrativa e acadêmica da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (Preg), Daniel Santee.

Portanto, quem quiser se candidatar a uma vaga na UFMS para o vestibular de verão em 2011 deverá fazer o Enem neste ano, seja estudante do ensino médio, ou aqueles que já terminaram esta etapa (mesmo os que concluíram um curso universitário e querem pleitear outra vaga na universidade). "Qualquer pessoa pode fazer o Enem", resumiu o coordenador.

A lista completa de cursos a serem ofertados no inverno, com ingresso dos alunos para agosto, ainda não está fechada, mas deve repetir os cursos disponibilizados no vestibular do mesmo período no ano passado, "com o acréscimo de novos cursos em todos os campi da UFMS", descreveu o pró-reitor. Na lista de 2009, constam: para Campo Grande, os cursos de Direito; História (Licenciatura); Música (Licenciatura – habilitação em educação musical) e Psicologia. Aquidauana: Administração e Geografia (Bacharelado). Coxim: História (Licenciatura); Letras (Licenciatura) e Sistemas de Informação. Paranaíba: Administração e Psicologia. Três Lagoas: Direito e Engenharia de Produção. Corumbá: Educação Física, e Nova Andradina: Administração.

 

Novas vagas

Atualmente são ofertadas 4 mil vagas por ano em cursos de graduação na UFMS. Para cumprir metas do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a universidade vai ampliar sua oferta de vagas. "Vamos passar para 5 mil vagas na graduação, conforme metas estabelecidas pelo Reuni para até 2012. Os novos cursos serão abertos em todos os campi da UFMS, inclusive em Campo Grande", continuou o pró-reitor, que preferiu não antecipar quais seriam os novos cursos a serem ofertados na instituição. "Em breve a lista deve sair", disse.

 

Enem

No último vestibular de verão da UFMS, o Enem foi utilizado para a admissão dos estudantes na universidade – as notas do exame tiveram peso de 50%, enquanto a outra metade ficou a cargo do vestibular – sistema que deverá ser extinto a partir de agora. "Acredito que a admissão pelo SiSU, que inclui apenas o exame do Enem, vai trazer para a universidade o perfil de estudante que é esperado pelas instituições de ensino nos dias de hoje. Alunos que demonstrem habilidade em lidar com os conteúdos, com a interdisciplinaridade e que articule os conhecimentos. Assim acreditamos que a evasão e repetência deva cair", opinou o pró-reitor.

Algumas universidades do Brasil já aderiram ao SiSU (confira a lista em: http://sisu.mec.gov.br) e agora a concorrência entre os candidatos é nacional, em virtude do exame ser único no Brasil. No entanto, é o aluno quem opta pela universidade. "Como a tendência é de todas as universidades aderirem ao sistema, vai haver um equilíbrio na oferta de vagas", apontou o pró-reitor.

Greve Geral

Assembleia Geral define se professores da UFMS irão aderir à greve

Com 60% de docentes favoráveis, nesta terça-feira (21) Assembleia Geral irá decidir por meio de votação acerca da paralisação

22/04/2024 17h15

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Assembleia Geral convocada pelo sindicado dos professores (ADUFMS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), definirá na manhã desta terça-feira (23), os caminhos com relação à greve dos profissionais da categoria.

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS. Cada uma delas terá sua assembleia, levando em consideração pontos específicos conforme a demanda de cada campi. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado no dia 9 de abril, ficou definido pela manutenção do Estado de Greve, isto é, a paralisação dos profissionais da educação pode ocorrer a qualquer momento.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IFs) aderiram ao movimento em todo país.

A presidente da ADUFMS,  a professora  Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou que os educadores estão pleiteando pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

São cerca de 1.500 docentes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fora os aposentados.

"Temos uma carreira que não tem um percentual específico entre uma e outra, mas quando se trata do início de carreira do docente, ou um piso na educação superior isto representaria em torno de R$4.900,00, para um doutor em dedicação exclusiva, ou seja, não pode trabalhar em outro lugar", explicou Mariuza Aparecida.

Servidores técnicos-administrativos

O Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, na sexta-feira (19), e propôs o reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos. Em Mato Grosso do Sul são 1.700 integrantes da categoria que estão em greve desde o dia 14 de março. 

A proposta de reajuste indicada foi de 9% para 2025 e 3,5 para 2026, deixando o ano de 2024 fora da rodada de negociações.

Algumas das demandas relacionadas ao plano de reestruturação de carreira foram acolhidas pelos representantes da pasta.

Além disso, ofereceram aumento nos benefícios que incluem:

  • Auxílio Alimentação;
  • Auxílio-creche
  • Auxílio-saúde

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS), está pleiteando o reajuste de 10,5% referente a 2024, e o mesmo valor referente aos dois anos seguintes. 

IFMS 


Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve. 

 

Os campi da IFMS paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos são:

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã
  • Três Lagoas

"Continuamos com os campus paralisados, ainda mais que o governo deu uma resposta insatisfatória na sexta. Na próxima quinta-feira nós vamos organizar a nossa assembleia. A expectativa, a grande expectativa, é que a contraproposta do governo seja rejeitada. Porque afinal de contas praticamente não atendeu em nada. Principalmente as reivindicações dos técnicos administrativos", explicou presidente do SINASEFE-MS e técnico administrativo Tiago Thomaz de Assis.

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Cidades

Prefeitura autoriza início da instalação de padrões de energia elétrica para comunidade Mandela

Moradoras do Mandela relembram transtornos causados pela falta de energia no local

22/04/2024 16h24

Divulgação: Prefeitura de Campo Grande

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A Prefeitura de Campo Grande autorizou o início da instalação dos primeiros padrões de energia elétrica para os moradores da comunidade Mandela, na área situada no Jardim Talismã. A ação, concretizada com o apoio da concessionária Energisa, proporciona acesso à eletricidade regular para os moradores e também os insere na Tarifa Social, medida que visa aliviar o ônus financeiro das famílias de baixa renda.

“Agora vou ter energia sem medo de queimar minhas coisas. Lá na comunidade os aparelhos queimavam direto devido à instabilidade. Já perdi a conta de quantas TVs dessas de tubo tive que jogar fora, e nem me animava de comprar uma nova com medo de perder também. Chuveiro quente e secador a gente não podia nem pensar em ter porque podia pegar fogo”, disse a auxiliar de serviços gerais, Marlene Salazar de Lima, de 50 anos, que não vê a hora de se mudar para o local.

“Moro sozinha, tenho problemas de saúde e quando preciso meu filho fica comigo. Ter essa casa vai me dar segurança de ter um lar para descansar, é a minha garantia. Antes daqui eu sempre morei de aluguel, sempre tentei conseguir uma casinha. Agora quero reconstruir tudo o que perdi no incêndio”, contou emocionada.

A camareira, Andréia Rolon Argilar, de 46 anos, compartilha uma experiência semelhante. Ela relatou os desafios enfrentados devido à falta de energia, uma ocorrência frequente na comunidade por conta do grande número de pessoas compartilhando da mesma conexão elétrica, o que diariamente resultava na queda de energia.

“Quando começou a me dar muito problema, eu me endividei para comprar fio e fiz uma ligação sozinha para o meu barraco. Às vezes a gente dormia sem luz e era bem ruim sem ventilador por conta dos pernilongos, mas agora com a luz regular em casa será ótimo. Prefiro pagar e ter meus direitos, quando faltar, ter para quem ligar e reclamar, é uma garantia, uma vitória para todo mundo”, disse Andréia.

Andamento das obras

Na área do Jardim Talismã, o processo de fundação já foi concluído, abrangendo escavações, posicionamento de armações de aço e nivelamento das estruturas residenciais.

Até o momento, dez unidades foram totalmente cobertas, enquanto outras 20 encontram-se em estágio avançado de alvenaria, com esquadrias e rebocos já finalizados; as restantes estão em fase de construção do baldrame e contrapiso. Além disso, as portas e janelas já instaladas estão sendo pintadas.

“Estamos muito satisfeitos em ver que as obras seguem a todo vapor, dentro do cronograma estabelecido. Nosso compromisso é garantir que as famílias sejam atendidas dignamente e que tenham a oportunidade de realizar o sonho de todo brasileiro: ter um CEP, uma casa para chamar de sua. Estamos trabalhando incansavelmente para que isso se torne realidade, assegurando que cada família tenha seus direitos reservados e desfrute de um lar seguro e confortável”, afirmou o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), Claudio Marques.

Relembre

No dia 16 de novembro, um incêndio de grandes proporções destruiu cerca de 80 barracos na Favela do Mandela, fazendo com que 187 famílias perdessem seus lares e itens básicos nas chamas.

Poucos dias após o ocorrido, a Prefeitura garantiu que as famílias seriam realocadas para outras áreas da Capital, são elas:

  • José Tavares - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi I - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi II - 30 lotes
  • Talismã - 32 lotes

Os moradores não poderiam reconstruir as moradias no mesmo local onde é a Comunidade do Mandela por se tratar de uma Área de Proteção Ambiental (APP).

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