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Trio rende 30 pessoas em assalto a sobaria

Trio rende 30 pessoas em assalto a sobaria

Redação

16/07/2010 - 08h51
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NADYENKA CASTRO

Três homens com armas de fogo invadiram a Sobaria do Beto, localizada no Bairro Amambaí, em Campo Grande, na noite de quarta-feira, renderam as cerca de 30 pessoas que estavam no local e roubaram dinheiro, objetos pessoais, celulares, documentos e um veículo Fox prata, placas HSX-5229, de Campo Grande (MS).
De acordo com relato de vítimas que denunciaram o roubo à polícia, os bandidos entraram no local por volta das 20h30min. Os três estavam com armas de fogos e obrigaram os clientes — homens, mulheres e crianças — a ficarem encostados em um canto da parede e a deixarem sobre as mesas carteiras e objetos de valor. “Primeiro colocaram a gente na parede, depois nos mandaram para um quarto que fica lá nos fundos”, contou um comerciante de 40 anos, que teve roubados o celular e o relógio de pulso. Ele jantava com um amigo, um economista de 41 anos, que teve documentos pessoais roubados.
Enquanto um dos ladrões recolhia os objetos, os outros dois vigiavam as vítimas. Segundo o comerciante, a ação durou de 20 a 30 minutos e algumas mulheres ficaram nervosas e choraram. Havia aproximadamente cinco crianças no local, entre elas o filho de um outro comerciante de 52 anos. A família jantava na sobaria quando houve o assalto. Os ladrões levaram o relógio de pulso do homem.
Os bandidos chegaram ao comércio a pé e fugiram levando um Fox de uma advogada, que também teve roubada uma bolsa com diversos processos judiciais dentro e dois celulares. Até o fechamento desta edição, por volta das 18 horas, o veículo não havia sido encontrado. Os assaltantes tentaram ainda roubar o veículo Corolla que pertence a um corretor de seguros de 34 anos. “Eles abriram o Corolla, mas não levaram”, conta uma das vítimas. Apesar de não terem levado o automóvel, os ladrões roubaram a chave do carro e ainda uma máquina fotográfica digital e dois celulares do corretor de seguros.
Também foi roubado dinheiro do caixa do restaurante. “Mas não foi muito, porque a maior parte do dinheiro estava escondido”, disse um cliente. O local já foi alvo de assalto outras vezes, mas com a atual direção, é a primeira vez.

Os autores
As vítimas contaram à polícia que os assaltantes aparentavam ter entre 25 e 30 anos e estar sob efeito de entorpecentes. Um deles estava com boné e outro de toca. O terceiro tinha barba “rala”. “Eles mandaram a gente ficar de cabeça baixa. Se a gente bobeasse, podia nos matar”, declarou uma das vítimas ao justificar porque a maioria dos clientes não pode reconhecer os autores.
O caso será investigado pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Até o fim da tarde de ontem, os autores do crime ainda não haviam sido identificados.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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