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Três vão responder por morte de garota em saída de festa

Três vão responder por morte de garota em saída de festa

Redação

11/08/2010 - 07h51
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MICHELLE ROSSI

Três pessoas vão responder pelo assassinato de Juliana Aparecida dos Santos Sales, 19 anos, ocorrido na madrugada do último domingo no Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, depois de um baile na União Campo-Grandense das Associações de Moradores em Favelas e Assentamentos Urbanos e Rurais (Ucaf). Todas já estão sob poder das autoridades policiais. J., de 15 anos, que atirou contra um grupo de amigas, acertando Juliana e a irmã dela, Lilian – também menor, foi apreendida pela polícia no Bairro Monte Castelo enquanto o namorado dela, Jader Leandro Rodrigues, 21 anos, acusado de fornecer a arma foi à delegacia em busca de J. e foi preso. A arma do crime pertence ao pai de Jader, o cabo da Polícia Militar (PM), David Pessoa Rodrigues, e foi apreendida com ele em Camapuã (MS), na segunda-feira, quando ele estava em serviço.
Segundo a delegada Maria de Lourdes Cano, da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), as versões dos acusados dão conta de que J. e sua irmã gêma teriam discutido com Pâmela Alves Reginaldo, de 20 anos, grávida de 6 meses, ainda durante o baile. “Foi lá que houve a ameaça de morte contra Pâmela, que ainda chegou a falar para Juliana que estava com medo e a amiga (que morreu) teria dito a ela que não se preocupasse pois nada aconteceria com ela e nem com o seu bebê”, citou a delegada.
J. teria pedido então para o namorado uma arma para matar Pâmela, sabendo que ele é filho de policial militar. O jovem, com uma moto emprestada, foi até sua casa e pegou a arma do pai, calibre 38 especial, entregando-a para J. Segundo Jader, o pai estava dormindo no momento em que ele entrou na casa para buscar a arma. Os dois saíram então rumo à festa, mas escontraram o grupo de meninas, Juliana, a irmã dela Lilian e Pâmela na rua e foi quando J. atirou contra o grupo de meninas, acertando Juliana. “Pelos relatos até o momento, a garota teria disparado contra o grupo e o tiro poderia ter pego em qualquer uma delas. O que parece é que a Lilian tentou puxar a irmã, tanto é que ela foi atingida na mão. Mas também há a versão de que a Juliana teria tentado proteger Pâmela”, explicou a delegada.
Segundo relatos de Jader e J., ambos viram que a bala teria acertado uma das meninas e foram embora. Para a delegada, não há motivação consistente para o crime que teria acontecido por conta de um desentendimento na festa e provavelmente em outras ocasiões. Mas, segundo a mãe de Juliana, Elis Moreira dos Santos, havia uma disputa entre Pâmela e J. por conta de namorados, conforme matéria na edição de terça-feira do Correio do Estado. Pâmela teria se insinuado para o namorado de J. no referido baile, e no passado, já teria roubado outro namorado da garota.
J.  está apreendida na Deaij e Jader foi transferido, com prisão preventiva decretada, para a 2ª Delegacia de Polícia Civil da Capital. Ambos vão responder por homicídio doloso qualificado por motivo fútil enquanto o pai do jovem deve responder por omissão de cautela. A arma e a moto utilizadas no crime também encontram-se apreendidas. Juliana deixa um filho de 1 ano e 6 meses de idade, enquanto Lilian, ferida na mão, teve alta ainda no domingo.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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