Apesar de não divulgar nomes dos envolvidos, a Polícia Civil informou ontem que três pessoas foram indiciadas em inquérito pelo assassinato do adolescente Júlio César dos Santos Flores, 13 anos, ocorrido no dia 1º deste mês, nas imediações do Córrego Sóter, em Campo Grande. O garoto foi morto a golpes de corrente e de taco de beisebol. O crime está sendo apurado pela 3ª Delegacia e, conforme a assessoria da Polícia Civil, durante as investigações foram ouvidos dois irmãos e dois amigos do adolescente assassinado, todos vítimas de lesões corporais. O grupo foi agredido inicialmente na Avenida Afonso Pena, proximidades de um trailer de lanches, e quando seguia para casa, pela Via Parque, as agressões continuaram, até a morte de Júlio César, que, na tentativa de fugir dos agressores, acabou se separando dos irmãos e amigos. Alguns vendedores de lanches disseram que as vítimas estariam tentando praticar furtos naquelas imediações. Três pessoas já foram indiciadas pelo homicídio e agressões, entre elas dois donos de trailers. Eles foram reconhecidos pelas vítimas. De acordo com o relato de um irmão de Júlio César, ele estava com o irmão mais novo, com outro de 16 anos e dois amigos, ouvindo música nos altos da Afonso Pena, no dia 31 de janeiro, por volta das 22 horas, quando três veículos aproximaram-se deles. Os ocupantes se identificaram como policiais e agrediram os cinco. Houve uma briga generalizada no local. A confusão terminou com a chegada da Polícia Militar, mas ninguém foi detido. Ainda segundo o irmão do adolescente, o grupo foi embora em bicicletas. “Eu moro no Arnaldo Estevão de Figueiredo e fui pela Afonso Pena. Os outros moram no Colúmbia e foram pela Via Parque”, falou o irmão de Paulo César, ao explicar que todos saíram juntos da avenida e depois seguiram por vias diferentes. Por este motivo não testemunhou a morte do garoto. Os agressores perseguiram novamente as vítimas e aproveitaram- se do momento em que o adolescente se separou do grupo para atacá-lo. O corpo do menor foi encontrado no dia seguinte, no córrego.