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Transferência de famílias do Morada Verde continua indefinida

Transferência de famílias do Morada Verde continua indefinida

Redação

01/08/2010 - 21h26
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O diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação (Emha), Paulo Matos, deve realizar na próxima terça-feira nova reunião com as famílias que ocupam há três anos, a área pública no Bairro Morada Verde, para definir a transferência provisória dos moradores para outro local até que seja possível reassentá-los em um loteamento. Anteontem, as famílias foram notificadas pela fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e receberam prazo de 24 horas para sair da área (o prazo venceu na manhã de sábado), mas ninguém desocupou o terreno. O próximo procedimento da prefeitura será encaminhar o caso para a Procuradoria Jurídica do Município, que tomará as medidas judiciais para obter a reintegração de posse da área.
O impasse já se arrasta há cerca de 20 dias, desde que as famílias procuraram a Câmara Municipal para pedir a intermediação de vereadores em torno da permanência na área, que será utilizada pela prefeitura para dar continuidade à segunda etapa das obras do Complexo Segredo. De acordo com cadastro da Emha, há dois anos, 21 famílias ocupavam o local e neste ano, ao fazer atualização dos números, foram contabilizadas 68 famílias. No mês passado, uma comissão dos moradores chegou a reunir-se com o diretor-presidente da Emha, que propôs transporte e mão-de-obra para a desmontagem dos barracos e mudança das famílias para outros locais, como por exemplo, residências de parentes, até a prefeitura providenciar de forma emergencial o reassentamento delas em loteamento que está sendo construído no Jardim Santa Emília, ou para outro empreendimento no Bairro Dom Antônio Barbosa. Na época, a proposta não foi aceita e a prefeitura decidiu manter tudo como estava.
No mês passado, ao realizar vistoria aleatória nas moradias da favela do Morada Verde, equipe da Agência de Habitação constatou que 34 barracos estavam vazios. “Efetivamente, há 34 famílias morando ali na área do Morada Verde, mas fizemos um levantamento e verificamos que oito já haviam sido contempladas com o empreendimentos (habitacionais)”, informou Paulo Matos.
De acordo com o diretor  da Emha, o órgão está fazendo cruzamento de informações sobre a situação de outras quatro famílias, que teriam membros já atendidos com unidades habitacionais da prefeitura. “Então será com essas 22 a 24 famílias que vamos fazer a negociação. Estamos priorizando quem realmente não foi contemplado com empreendimento habitacional”, explicou.
A proposta a ser apresentada na terça-feira permanece a mesma e se for aceita, será assinado termo de compromisso, para que dentro de quatro a seis meses, os moradores sejam reassentados em um dos dois loteamentos que serão abertos na Capital.
A perspectiva cada vez mais próxima de ter que sair da área pública divide as famílias, porém a situação se agravou no último mês, por falta de entendimento dos moradores sobre a desocupação.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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