Cidades

DIA DA MULHER

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Todos os dias,
12 mulheres são agredidas em MS

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12 mulheres são agredidas em MS

LUCIA MOREL

08/03/2014 - 13h30
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Dados da Polícia Civil mostram que 12 mulheres são vítimas de violência doméstica, em Mato Grosso Sul, diariamente. Entre 1º de janeiro e ontem, foram 832 casos. A média é a mesma do ano passado, quando 4.453 agressões contra mulher ocorreram dentro de casa. Maior parte, 26,4%, em Campo Grande. Uma das vítimas é *Camila. Sete anos foram mais que suficientes para marcar a vida dela para sempre. Entre agressões verbais, físicas, psicológicas e, até mesmo, ameaças de morte, a mulher que queria apenas “paz” encontrou o “inferno”, como ela mesma relatou. Em busca de um relacionamento feliz, a costureira tentou “consertar” o marido durante os anos em que conviveu com ele. Hoje, ela vive escondida, com medo de novas agressões. “Mudei tudo na minha vida. De casa, de amigos. Tive que recomeçar para ele não
saber onde moro”.

Mais de 80% de todos os registros que chegam até a polícia, segundo especialistas, são de maridos e companheiros que violentam as esposas. O restante se refere a enteados, parentes e até filhos agressores. *Camila teve o desprazer de ser uma das que são vitimadas não apenas pelo esposo. “Desde o começo do relacionamento ele bebia muito, era alcoólatra. Daí ele quebrava tudo dentro de casa, me mantinha dentro de casa, mas não encostava a mão em mim. Mas daí os filhos dele começaram a me agredir”, contou. As agressões por parte dos enteados começaram quando ela os denunciou por maus-tratos contra o próprio pai. “Ele era vítima dos filhos e eu fui à polícia. Depois que eu procurei a delegacia, virei vítima de mais três”, lamentou, lembrando que os filhos de seu ex-marido queriam que ela retirasse a queixa que havia feito.

Aos 48 anos, *Camila está há apenas um ano longe da violência doméstica. Apesar de sofrer com agressões verbais e psicológicas desde o início do relacionamento, nos dois últimos anos de convivência é que a situação, conforme ela, “ficou mais grave”, chegando ao ponto de ser violentada fisicamente. “Eles quase me mataram”. Ela procurou ajuda no Centro de Atendimento à Mulher em Situação de Violência “Cuña Mbaretê”, onde passou a ser assistida com acompanhamento psicológico, jurídico e social. Só com esse apoio, ela conseguiu sair do ciclo de violência. Mas não foi do dia para a noite. “A medida protetiva é necessária, mas muitas vezes acaba sendo prejudicial. Depois que eu procurei ajuda, eu fui agredida mais cinco vezes e sofri até uma tentativa de homicídio”.

A costureira relatou que a maior parte das agressões física ocorria depois que o marido e os enteados bebiam, o que era frequente. “Eles me agrediam xingando, com faca, ferramentas, socos”, disse. Atualmente, “escondida” do ex-esposo e dos enteados, ela está “recomeçando” e vai voltar a costurar. “Eu não tinha condições psicológicas de recomeçar. Não sabia como buscar apoio. Agora já me sinto mais preparada”. Para *Camila, depois de ficar quase 20 anos sozinha, após a separação do pai de seus três filhos que moram em Minas Gerais, a carência foi um dos ingredientes que a fez “encarar” um relacionamento fadado ao fracasso. “Vivi muito tempo sozinha. E de repente a carência bate mesmo e faz você se envolver sem pensar. Porque a gente sabe quando não vai dar certo, mas a gente tenta fazer funcionar e mudar a situação. Queria sossego e paz e acabei me atirando no inferno”, ensina.
* Nome fictício. A vítima quis preservar sua identidade. 

Servidores

Governo Lula amplia proposta de reajuste para 9,5% para servidores federais da educação

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%

19/04/2024 14h00

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira. Foto: Gerson Oliveira

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (19) uma contraproposta a técnicos e servidores da educação para 2025 e 2026 em numa nova mesa de negociação.

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%. Além disso, os pagamentos já seriam feitos em janeiro de 2026, não em maio, como é praxe.

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira.

A proposta foi feita em reunião de lideranças sindicais no Ministério da Gestão e Inovação com integrantes do governo. Em frente à sede da pasta estavam integrantes da categoria em protesto.

Do lado do Executivo estiveram presentes o secretário-executivo-adjunto da Educação, Gregório Grisa, e o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso.

Também participaram representantes da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
De acordo com o governo, há 220 mil pessoas nesta carreira.

"A gente colocou na mesa agora, para avaliação das entidades, para apreciação dos sindicatos, uma proposta de reajuste que representa um avanço expressivo, quando comparada à proposta que o governo fez ainda no final do ano, que era de 4,5% em 2025, 4,5% em 2026", disse Grisa.

"A gente traz a proposta agora, inclusive adiantando para o mês de janeiro de 2025, já ter 9% em 2025. Então a gente dobra a proposta feita anteriormente para essa carreira de técnicos administrativos", completou.

Ao final da reunião, os secretários do governo falaram com jornalistas sobre a proposta. À tarde, a mesa de negociação será com professores.

Docentes de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do Brasil entraram em greve no último dia 15, após o governo não prever reajuste às categorias.
Eles exigem aumento salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% —a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

De acordo com balanço de quinta-feira (18) da Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), há 24 instituições paralisadas e outras 11 com indicativo de greve. Já a Fasubra diz que 66 das 69 instituições aderiram à greve.

Dia do exército

Riedel, secretários e policiais recebem honrarias nos 376 anos do Exército

Cerca de mil militares das Forças Armadas participaram de solenidade no CMO

19/04/2024 13h00

Marcha e desfile de militares do Exército Brasileiro MARCELO VICTOR

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Cerca de mil militares das Forças Armadas comemoraram os 376 anos do Exército Brasileiro (EB), na manhã desta sexta-feira (19), em solenidade realizada no Comando Militar do Oeste (CMO), localizado na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande.

Homens e mulheres fardados, de 13 grupamentos/batalhões, marcharam e desfilaram em alusão ao Dia do Exército, comemorado anualmente em 19 de abril.

Durante a solenidade, foram entregues medalhas, diplomas, certificados e honrarias militares ao governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); comandante-geral da Polícia Militar (PMMS), Renato dos Anjos; comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Frederico Reis; secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira; presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul); entre outras autoridades.

Os convidados foram homenageados em reconhecimento aos serviços que contribuíram para progresso, defesa e segurança de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o governador do Estado, Eduardo Riedel, a parceria entre o governo de MS e EB garante ganhos na infraestrutura, sociedade e segurança pública.

“Estou muito honrado de receber uma homenagem do Exército Brasileiro, é uma instituição que orgulha a todos nós. E para o Mato Grosso do Sul, é fundamental, um estado que faz fronteira com dois países, faz divisa com mais outros cinco estados da federação e a sede do Comando Militar do Oeste é aqui no estado de MS. É uma parceria extremamente efetiva, diante de todas as situações que nós temos no estado, o Exército Brasileiro traz ao estado tranquilidade e parceria grandes em diversas áreas, social, infraestrutura, segurança pública. E a gente fica muito honrado em receber essa homenagem aqui hoje”, disse o governador de MS, em coletiva de imprensa.

Segundo o general de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, a missão do EB é a de contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social.

“São 376 anos de dedicação à Pátria, ao nosso povo, ao nosso Brasil, trabalhando dentro dos nossos princípios de disciplina, hierarquia, valores e ética. Nosso papel é a garantia dos direitos constituídos, a defesa da Pátria, colaborar para o desenvolvimento nacional e estar junto a sociedade, tornando esse Brasil cada vez maior”, ressaltou o general.

O Dia do Exército Brasileiro é comemorado anualmente em 19 de abril, data que relembra o aniversário da Batalha de Guararapes, travada em 1648, quando brasileiros de diversas origens se uniram pela primeira vez em defesa do território contra o domínio holandês.

Neste dia, são realizadas diversas atividades para celebrar e reconhecer o trabalho e a importância do Exército na defesa da nação e na manutenção da ordem e segurança interna.

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