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Tereré é o próximo no processo de tombamento

Tereré é o próximo no processo de tombamento

SÍLVIO ANDRADE

23/01/2010 - 08h23
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Inst ituciona l izado em Mato Grosso do Sul como costume, trazido pelos paragua ios no sécu lo 19, o tereré será o próximo bem patrimonial imaterial a ser tombado pelo Estado. Em novembro do ano passado, a cerâmica terena recebeu o registro reconhecido em esfera regional e, nesta quinta- feira, decreto tombou o Banho de São João, de Corumbá. Dos bens de natu reza imaterial do Estado, a viola de cocho, instrumento rúst ico constru ído pelos cururueiros do Pantanal, foi reconhecida nacionalmente em dezembro de 2004. Foi o quinto bem de natureza imaterial a ser registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O Banho de São João deverá ser o próximo. O tombamento do tereré, um ritual de saborear a bebida (erva-mate com água gelada) na guampa de chifre de boi, na roda de amigos no fim da tarde, foi deflagrado pela Prefeitura de Ponta Porã. A cidade fronteiriça se potencializou até os anos 40 do século passado como maior produtora de ervais sob o monopólio da legendária Companhia Matte Laranjeira. Ícone da cultura O pedido encaminhado à Fundação de Cultura de MS, em 2009, será precedido de um projeto de pesquisa que envolve enfoques antropológicos, biológicos, farmacológicos, históricos, entre outros aspectos. O presidente da fundação, Américo Calheiros, disse que a proposta é focar, também, a reconstrução histórica acerca da importância da produção ervateira. “É um fato histórico que precisa ser desdobrado, ter o alcance que merece”, comentou, obser va ndo que o registro do tereré como bem imaterial preservará um símbolo fronteiriço incorporado à cultura sul-mato- grossense. “As pessoas se sentem extasiadas com seu sabor diferente, a roda do tereré é única, o compartilhamento celebra a amizade”, completou. Andor e foguetório O inventário do tereré será concluído até o próximo ano, segundo Calheiros, que esteve em Corumbá para a cerimônia da assinatura do decreto que imortalizou o Banho de São João, uma das maiores expressões culturais do País. Na celebração do ato, um andor reviveu, com emoções e foguetório, o momento da procissão sacro- profana para batizar o santo no Rio Paraguai. No mesmo evento, o Estado liberou R$ 230 mil para as entidades carnavalescas de Corumbá, mas a prefeitura local quer mais verba. A Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal pediu R$ 500 mil para bancar parte do investimento do município em infraestrutura para o carnaval de rua. Divergências políticas, no entanto, destoam a harmonia da folia.

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Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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